Capítulo 23

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Acordei suando, com a respiração acelarada e meus batimentos cardíacos estavam acelerados.

Esse era o resultado de sonhar com o meu irmão, Kol.

Kol e eu sempre tivemos uma relação conturbada, não é como eu e Klaus. Nós dois vivíamos brigando, certa vez, Elijah teve que apartar uma briga feia entre nós dois, porque eu ia acabar o matando.

Estávamos em um restaurante macabro e por algum motivo, eu não conseguia mover minhas pernas, o que fazia ser impossível sair dali. E as pessoas em volta, estavam paradas com um sorriso aterrorizante no rosto, todas olhando para mim.

- Olá, maninha. - Kol sorriu. - Está confortável?

- Minha bunda... dói. - eu murmurei. - Achei que você fosse mais sofisticado, Kol.

- O quê? Não gostou daqui? - ele fingiu estar ofendido. - Eu te trouxe aqui porque este lugar é exatamente, a sua cara.

- Se eu pudesse me mover... você estaria encrencado. - eu rosnei.

Meu irmão quase se engasgou com o líquido que estava bebendo e depois, gargalhou.

- Oh, céus, Clarisse! - ele riu novamente. - Abaixe um pouco a guarda, eu juro que vim em paz.

- Kol, eu passei anos da minha vida tentando não te matar, porque você tem problemas na definição de "paz"... - eu disse. - Por que eu teria que acreditar em você agora?

- Porque eu estou tentando salvar a merda da sua vida perfeitinha, Clarisse. - ele ficou sério. - Se quer morrer, tudo bem, eu não ligo. De verdade.

- Salvar a minha vida? - perguntei.

- Mamãe está maluca. - ele disse.

- Me conta uma novidade, Kol. - eu revirei os olhos.

- É sério, eu até estava a apoiando esse plano dela, de tentar nos fazer... bruxos, mas chegou a um certo ponto que... eu realmente tô preocupado. - ele disse.

- Só porque não pode mais ter o seu próprio corpo? Precisa roubar de um bruxo? - perguntei, sorrindo sarcasticamente.

- É um dos motivos, admito. Aquele corpo não faz tão sucesso com as garotas quanto o antigo, tinha um ar mais sexy, sabe? Meninas inocentes gostam disso. - Kol se gabou e eu tive vontade de vomitar. - Mas o fato é que mamãe sabe que você encontrou os Winchester.

- Espere, como ela sabe? - perguntei.

- Estranho seria ela se ela não soubesse, Clarie. - ele disse. - Ela está contando que você e Dean se envolvam, afetivamente.

- E por que diabos eu me interessaria por um caçador que pode muito bem, me matar enquanto eu durmo? - perguntei.

- Por que diabos você não se interessaria, Clarie? - ele revirou os olhos. - Você gosta do perigo, admita que as possibilidades de ele enfiar uma estaca no seu coração te excitam.

- O quê!? - eu ri. - Kol, eu não te dei essa intimidade toda.

Ele sorriu e disse:

- Fique longe dele, Clarie. Mamãe está ansiosa para que algo aconteça, estou tentando entender o motivo.

- Kol, isso é só um sonho... nada disso é real. - eu disse.

Kol pegou um garfo e furou a minha mão.

Eu gritei de dor e assim que removi o garfo de lá, eu o olhei abismada.

- Por que fez isso? - perguntei.
- Você vai ficar com uma cicatriz, quando acordar verá que não foi só um sonho. - ele disse. - Fique longe do Dean.

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