- Tudo bem, agora é só esperar. - falei pra mim mesma e me sentei no chão do quarto de hotel.
Meus poderes tinham ido embora, isso é fato, mas é impossível perder a ligação com o místico. Com o contato sobrenatural que eu tinha no sangue, como primogênita dos Mikaelson.
Fechei os olhos, senti o cheiro de incenso invadir as minhas narinas e rezei pra dar certo.
Quando senti algo diferente, alguém bateu na porta e e eu abri os olhos.
Ótimo. Simplesmente, ótimo.
Me levantei, abri a porta e encontrei um Dean sorridente do outro lado, mas assim que percebeu a fumaça no meu quarto, tossiu e me olhou atônito.
- Está se drogando, Clarie? - ele perguntou.
- Ah, com certeza! Porque agora, maconha cheira à lavanda! - revirei os olhos. - O que você quer, Dean?
- Pensei que talvez, você quisesse sair pra relaxar. - Dean disse.
Eu sorri e disse:
- Está me convidando para sair, Dean?
- Se você entendeu desta forma, então sim, estou convidando você pra sair. - ele sorriu.
- Uma pena, porque eu estava... - procurei as palavras certas para descrever o que estava fazendo. - Uma ligação.
- Com incensos? - ele perguntou, cruzando os braços.
Suspirei e o puxei para dentro.
- Preciso conversar com a minha mãe, que você sabe, morreu há uns anos, mas deu um jeito de voltar em outro corpo. Coisas de bruxas. - falei.
- Vai entrar em transe. - Dean deduziu.
- Isso! Ponto pra você, caçador! - eu sorri.
- Mas você não tem mais os seus poderes de bruxa, achei que só pudesse fazer feitiços com eles. - Dean disse.
- Sim. Graças a Deus, não possuo mais aquela desgraça, mas isso não significa que eu não seja filha de Esther Mikaelson e que seja um pouco bruxa, do mesmo jeito. - falei.
- Pensei que odiasse a sua mãe. - falei.
- E odeio, mas tem uma coisa do passado dela que só eu sei, inclusive, sei o quão importante isso é pra ela. Pode ser a única maneira de ajudar Marie. - falei.
- Posso te perguntar uma coisa? - ele perguntou, se sentando no chão, à minha frente.
- Se eu disser que não, você vai perguntar do mesmo jeito. - falei.
Dean riu e perguntou:
- Por que você se importa com a Marie, de verdade?
- É complicado, Dean, eu só... quero que ela tenha uma vida normal, sabe? Longe de toda essa maluquice, porque às vezes, eu gostaria de ter tido o poder de escolher o tipo de vida que eu iria viver. - eu sorri de lado. - Talvez, até fosse uma caçadora de demônios, como você.
- Como eu? Não sabia que você me admirava tanto assim, Clarie. - ele sorriu ironicamente.
- Hahahaha, muito engraçado. - falei e ergui as mãos. - Vamos, me dê suas mãos.
- Eu não! Sabe se lá o que você vai fazer! - Dean escondeu as mãos.
- Minha nossa, Dean! Não vou te amaldiçoar ou algo parecido! - revirei os olhos. - Você será a minha âncora aqui.
- Desculpe, mas você me chamou de âncora? - Dean perguntou.
Eu ri e disse:
- Não, Dean! É que dá última vez que entrei em transe, quase não consegui voltar. Uma bruxa amiga minha, Ally, me ajudou a voltar e me aconselhou a sempre ter uma âncora.
VOCÊ ESTÁ LENDO
New Original
Vampir#15 em vampiro Clarie é uma vampira original, só que ninguém nunca ouviu falar sobre sua existência. Mas agora, ela tem um propósito e nada vai fazê-la mudar de opinião. Ela quer se reaproximar dos irmãos, só que ela não pensava que a história ia a...