Capítulo 24

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- Tudo bem, agora é só esperar. - falei pra mim mesma e me sentei no chão do quarto de hotel.

Meus poderes tinham ido embora, isso é fato, mas é impossível perder a ligação com o místico. Com o contato sobrenatural que eu tinha no sangue, como primogênita dos Mikaelson.

Fechei os olhos, senti o cheiro de incenso invadir as minhas narinas e rezei pra dar certo.

Quando senti algo diferente, alguém bateu na porta e e eu abri os olhos.

Ótimo. Simplesmente, ótimo.

Me levantei, abri a porta e encontrei um Dean sorridente do outro lado, mas assim que percebeu a fumaça no meu quarto, tossiu e me olhou atônito.

- Está se drogando, Clarie? - ele perguntou.

- Ah, com certeza! Porque agora, maconha cheira à lavanda! - revirei os olhos. - O que você quer, Dean?

- Pensei que talvez, você quisesse sair pra relaxar. - Dean disse.

Eu sorri e disse:

- Está me convidando para sair, Dean?

- Se você entendeu desta forma, então sim, estou convidando você pra sair. - ele sorriu.

- Uma pena, porque eu estava... - procurei as palavras certas para descrever o que estava fazendo. - Uma ligação.

- Com incensos? - ele perguntou, cruzando os braços.

Suspirei e o puxei para dentro.

- Preciso conversar com a minha mãe, que você sabe, morreu há uns anos, mas deu um jeito de voltar em outro corpo. Coisas de bruxas. - falei.

- Vai entrar em transe. - Dean deduziu.

- Isso! Ponto pra você, caçador! - eu sorri.

- Mas você não tem mais os seus poderes de bruxa, achei que só pudesse fazer feitiços com eles. - Dean disse.

- Sim. Graças a Deus, não possuo mais aquela desgraça, mas isso não significa que eu não seja filha de Esther Mikaelson e que seja um pouco bruxa, do mesmo jeito. - falei.

- Pensei que odiasse a sua mãe. - falei.

- E odeio, mas tem uma coisa do passado dela que só eu sei, inclusive, sei o quão importante isso é pra ela. Pode ser a única maneira de ajudar Marie. - falei.

- Posso te perguntar uma coisa? - ele perguntou, se sentando no chão, à minha frente.

- Se eu disser que não, você vai perguntar do mesmo jeito. - falei.

Dean riu e perguntou:

- Por que você se importa com a Marie, de verdade?

- É complicado, Dean, eu só... quero que ela tenha uma vida normal, sabe? Longe de toda essa maluquice, porque às vezes, eu gostaria de ter tido o poder de escolher o tipo de vida que eu iria viver. - eu sorri de lado. - Talvez, até fosse uma caçadora de demônios, como você.

- Como eu? Não sabia que você me admirava tanto assim, Clarie. - ele sorriu ironicamente.

- Hahahaha, muito engraçado. - falei e ergui as mãos. - Vamos, me dê suas mãos.

- Eu não! Sabe se lá o que você vai fazer! - Dean escondeu as mãos.

- Minha nossa, Dean! Não vou te amaldiçoar ou algo parecido! - revirei os olhos. - Você será a minha âncora aqui.

- Desculpe, mas você me chamou de âncora? - Dean perguntou.

Eu ri e disse:

- Não, Dean! É que dá última vez que entrei em transe, quase não consegui voltar. Uma bruxa amiga minha, Ally, me ajudou a voltar e me aconselhou a sempre ter uma âncora.

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