Capítulo 15

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- Então, a gente só vai olhar pra cara um do outro mesmo? - perguntei sentada na mesa.

Damon deu de ombros e Elena disse:

- É, acho que sim.

- Caroline? - perguntei.

Mas não obtive resposta, ela tava dormindo no sofá.

Ótimo.

- Acho que vou dormir também.

Depois de um tempo sem fazer nada, Damon falou do Enzo de novo.

- Eu estou preocupado com ele. - Damon disse.

E eu estou começando a ficar nervosa.

- Relaxa, vai ver ele liga pra você qualquer dia. - eu disse.

Damon assentiu e disse:

- Querem ver uma coisa incrível?

Todos se reuniram em volta de mim e disseram que queriam ver.

Então, eu me concentrei e fiz um feitiço simples, fiz uma flor crescer na minha mão.

Todos olharam e Caroline disse:

- Achei que só lesse pensamentos.

- E só lia, mas minha mãe me deu um bônus. - eu sorri e então comecei a tossir. - Pena que isso pode me matar.

- Se pode te matar, por que diabos você não tira? - Damon perguntou.

- Tirar como? Me matando? - perguntei. - Não é assim que funciona, Damon. Levaria tempo até eu achar uma forma e talvez, até lá, eu não esteja mais viva.

- Ai, não fala isso. - disse Caroline.

- É, Clarie. - Stefan disse. - Você vai encontrar uma forma de se livrar da sua mãe, você verá.

Eu sorri e assenti, mesmo não tendo muita certeza disso.

Então, Elena disse que ia tomar banho e nós não ligamos.

Minutos depois, Klaus ligou e eu fui lá pra fora atender:

- Oi Klaus.

- Liguei pra saber como você tá. - ele disse.

- Eu tô bem, mamãe me devolveu meus poderes... - parei pra tossir. - Mas isso não tira o fato de que eu vá morrer.

- Do que tá falando, Clar? - ele perguntou.

- Esses poderes estão consumindo minha energia e cada vez que eu os uso, fica pior. - digo.

- Esther se supera a cada momento que se passa. - Klaus suspirou. - O que pretende fazer?

- Esperar a morte eminente. - falei e suspirei. - Da última vez, quando tentei recuperar meus poderes, não deu certo. Qual será a certeza de que dessa vez vai ser diferente?

Klaus suspirou e disse:

- Vou ter que mexer meus pauzinhos e fazer alguém acabar com isso. Ser uma Original não é suficiente?

Eu ri e disse:

- Sim, é.

- Então, eu não vou te deixar morrer. - disse Klaus, tão convicto que acendeu um pouco de esperança que eu tinha.

- Obrigada. - falei.

- Até mais e evite usar esses poderes. - disse ele.

Eu ri e disse:

- Ok, então até mais.

E depois, encerramos a conversa.

Damon e Stefan pigarrearam atrás de mim.

- Ouvir a conversa das pessoas é uma coisa muuuito feia. - falei me virando.

- Omitir coisas também. - Damon recrutou.

Semicerrei os olhos e Stefan disse:

- Por que não nos contou que talvez não tenha jeito?

- Com tantos problemas, eu achei melhor omitir um. - falei.

- E então, você morria e ia deixar por isso mesmo? - perguntou Damon.

- Provavelmente, não morreria inteiramente. Voltaria no corpo de uma bruxa, mamãe não me deixaria morrer. - falei.

- Não? Eu tenho sérias dúvidas sobre isso. - disse Damon.

- Pior que eu também tenho. - falei e fiquei pensando no assunto.

- Talvez os viajantes tenham alguma coisa pra isso. - disse Stefan.

- Ah, tá querendo que eu faça um trato com os vilões da história? - perguntei.

- Talvez sim, né. - disse Stefan.

- Claro que não! - comecei a tossir. - Klaus vai atrás de um jeito e se eu tentar falar com a minha mãe, talvez ela ceda.

- Sua mãe é do mal! - disse Damon.

- Quer parar de dar chiliques, Damon? - perguntei.

- Não! Você vai morrer e vai ficar sentada esperando? - perguntou Damon.

- Quem vai morrer sou eu! Por que diabos você se importa tanto? - falei.

- Por que eu me importo? - Damon riu ironicamente. - Por que você não se importa?

- Vão brigar, é isso mesmo? - perguntou Stefan.

- É ele! - falei.

- Na verdade, somos eu e Stefan! - disse ele. - Porque nós nos importamos demais!

Antes que eu pudesse responder, ouvimos um barulho e eu arregalei os olhos.

Entramos e fomos até o quarto, onde ela tava tomando banho.

Ela tava toda molhada e respirava com dificuldades, fiquei olhando da porta e os Salvatore foram até ela.

- Gente, ela vai voltar a respirar!  - digo.

- Foi você? - perguntou Stefan.

- Olha bem pra minha cara e diga se eu tenho todo esse poder. - falei e cruzei os braços.

- Ok, não foi você. - disse Stefan.

Elena explicou que tinha sido empurrada pra dentro da água e eu disse:

- Um espírito.

- Fala sério! - disse Damon. - Os espíritos do outro lado não podem tocar.

- Só se... Meu Deus! - arregalei os olhos.

- Pode compartilhar com a gente, por favor? - perguntou Stefan.

- O outro lado tá desmoronando, e agora, Markos está de volta e é só questão de tempo até acharem vocês, então, precisamos checar o bruxinho. - falei.

Stefan veio comigo e quando vimos, Luke tinha sumido e eu suspirei.

- Stefan! Precisamos procurar por ele. - falei.

- Foi o Enzo. - ele disse.

- Temos que contar. - eu falei.

- Eu conto. - disse ele.

- Então, você e Damon vão procurar Luke pra lá e eu e Caroline vamos pra cá. - suspirei. - Melhor Elena ficar fora.

Ele assentiu e me puxou, depois me beijou.

- Prometa que vai ficar tudo bem. - ele falou.

- Não costumo fazer promessas que não posso cumprir. - torci meus lábios.

- Essa você, e vai cumprir. - ele colocou as mãos no meu rosto. - Não vamos estragar tudo, vamos?

- Por que existem promessas? - suspirei e sorri. - Eu te dou a minha palavra de que vai ficar tudo bem.

Ele sorriu e me beijou mais uma vez.

- Então, até mais. - disse ele.

Eu assenti e depois, eles foram embora.

Eu sorri e tossi de novo.

Não posso morrer, pelo menos não agora.

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