Capítulo 13

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Depois de muitas horas de viagem, Stefan parou em um abismo e disse:

- Foi aqui que passei meses.

- Nesse abismo? - perguntei.

- Não, não. Lá em baixo. - ele apontou.

Olhei e vi um rio ali, fiquei confusa e Stefan continuou:

- Silas me trancou em um cofre e como se isso não bastasse, me jogou no rio. Fiquei me afogando e revivendo durante o verão inteiro.

-Silas, sua duplicata malvada? - perguntei.

Ele assentiu e eu disse:

- E quando você saiu?

- Tive minhas memórias queimadas por uma viajante maluca. - disse ele.

- E eu achando que a minha vida era complicada. - falei.

Stefan riu e disse:

- Vem, tenho que te mostrar mais coisas.

Ele usou a velocidade de vampiro e eu o segui.

Paramos em uma ponte, e eu disse:

- E aqui?

- Aqui é onde sua irmã matou Elena, transformando-a em vampira. - disse ele.

- A Rebekah fez isso? - perguntei animada.

- Por causa de um feitiço que a sua mãe fez. - disse ele.

- Qual feitiço? - perguntei.

- Ela criou outro caçador de vampiros, ele precisava matar os Originais e seus irmãos não deixaram. Alaric era imortal, a vida dele estava ligada à uma vida humana, a vida dela. - disse ele.

- Mamãe é inteligente, pena que use isso pra destruir todos os filhos. - falei.

- Posso falar uma coisa? - ele perguntou.

Eu assenti e ele disse:

- Você é diferente de todos eles, me desculpe, mas talvez eles mereçam isso. Menos você.

- O que me torna diferente deles? - perguntei.

- Você não é louca por poder, ou mata as pessoas porque foi magoada. Você é você, gentil e ajuda à todos. E faz isso, porque quer, e não porque vai se beneficiar com isso. - ele disse.

Me encostei em uma árvore e disse:

- Já fiz muito isso, Stefan. Não sou boa ou má, eu sou neutra.

- Eu sei, mas todo mundo aqui já matou. Isso te faz diferente. - disse ele.

- Onde quer chegar? - perguntei brincando com o esmalte que descascava na minha unha.

- Em lugar algum, Clarie. Só quero fazer você entender que se alguém tivesse que morrer, esse alguém não seria você. - falou.

- Obrigada. - falei parando de olhar minhas mãos.

- Por dizer que você não merece morrer? - ele perguntou.

- Não, só por ser meu amigo mesmo. Tenho poucos amigos e não sou nada como as outras garotas, então obrigada. - falei.

- Agora, tem a mim. - ele disse sorrindo.

- Fico feliz de estar com você agora, Stefan. - falei sorrindo.

- Eu também, Clarie. - disse ele.

Eu sorri e o telefone dele tocou, tava sendo tudo bom de mais pra ser verdade.

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