XXXIX

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Juliana


- Você ficou doido? – perguntei nervosa.


Se eu tivesse como jogar alguma coisa na cara do Samuel agora, eu jogaria. Se eu pudesse matá-lo sem ser presa, eu mataria. Ou até sendo presa, pra ser bem sincera. Se eu conseguir alguma coisa que vai matá-lo assim que o atingir, eu faço sem pensar meia vez nisso.

Samuel estava me olhando com uma expressão implicante e provocativa, mas também estava com raiva de alguma coisa, a respiração entregava que ele estava tão puto quanto eu naquele momento. Mesmo que eu não fizesse ideia do motivo para que ele, que jogou minhas roupas no rio, esteja com raiva. Logo ele.

Samuel testa todos os meus níveis de ódio por ele.


- Não, eu não fiquei.

- Samuel, eu vou arrancar os seus olhos. Eu vou te matar! – falei nervosa e teria tudo acabado aí se ele não tivesse rido.

Quer dizer, se ele não tivesse gargalhado de uma forma extremamente debochada, com um olhar de desafio e eu simplesmente voei nele. Estapeei seus braços e peito com toda a força que o ódio me permitia ter, mas ele me segurou muito facilmente (e o desgraçado é forte!) e me olhava provavelmente com a mesma fúria que eu o estava olhando.

- Me solta.

- Não.

- Eu vou gritar.

- Mais?

- Samuel, me solta. Agora. Ou você pretende me bater?

- Deixe de ser idiota, eu não vou te bater! Eu quero que você pare de me bater, sua idiota. Você mereceu isso, Juliana.

- E eu vou ficar sem roupas aqui porque você JOGOU A PORRA DA MINHA MALA DE ROUPAS NO RIO! VOCÊ VIROU MINHAS ROUPAS NA ÁGUA SEU IDIOTA DO CARALHO! Como, por um caralho, eu mereci isso?

- Você fez por merecer desde Los Angeles, quando aquele inferno de furacão começou.

- Tornado.

- Foda-se o nome daquela merda. – respondeu, me olhando muito puto. – E eu dirigi pra cá, porque eu sou um otário. Você tem ignorado toda a minha educação e agido como uma troglodita!

- Eu tenho ignorado sua educação? – perguntei uma oitava mais alto, sentindo a garganta arder pelo aumento da voz. – Vamos recapitular essas últimas semanas em que eu fiz de tudo pra ser civilizada e você simplesmente enfiou no cu a sua decência e me tratou mal pra um caralho! Eu apenas revidei suas provocações e todas as coisas estúpidas que você falou! Para pra pensar e você vai se lembrar perfeitamente que eu não fiquei atiçando, não falei nada! Eu sei que estou aqui de favor, Samuel, mas eu nunca te pedi pra me trazer pra cá!

- Eu devia ter deixado você em Los Angeles tendo uma síncope mesmo!

- Se é pra ficar jogando na minha cara que me fez um favor, deveria mesmo! Eu preferia estar lá, encolhida embaixo do edredom do Harry do que aqui, agora, tendo essa briga estúpida porque você enfiou no rabo o bom senso e jogou minhas coisas no rio! – berrei e tentei me soltar, mas foi em vão. – Se for pra você ficar jogando as coisas que faz na cara dos outros, não faça! Eu não te pedi pra me trazer, em momento nenhum eu pedi isso! Eu sei que estou de favor na sua casa, mas isso não te dá o direito de ser um escroto do caralho e agir feito um idiota!

- Você deveria ter vergonha nessa cara de ficar falando essas coisas. Fica querendo pagar de santinha, mas, na verdade, foi tão idiota quanto eu!

- Ah é?! Quando? Me fale quando eu fiz alguma coisa enquanto estamos aqui e eu vou assumir minha culpa, Myers. Eu sinceramente não consigo ver como eu fiz algo ruim o suficiente pra você jogar todas as minhas roupas no rio!

- Você ferrou meu lance com a Kelly hoje cedo, por exemplo! – falou exasperado.

Mas ele não parecia estar bravo por aquilo. Não era aquilo.

- E eu ia lá saber que você estava acompanhado? Eu levantei e fui fazer o café da manhã, porque você ainda estava dormindo, como tem sido desde que chegamos aqui! Eu estava simplesmente fazendo a porra do café da manhã e ela surgiu na cozinha, depois surtou e saiu pra te xingar sem que eu fizesse nada pra provocar! Como eu disse hoje cedo, espero que você transe muito pra ver se deixa de ser um otário do caralho! Agora principalmente.

- Você quer que eu acredite que ela me xingou de tudo aquilo à toa? Que você não abriu a sua boca pra ser a porra da pessoa mais desnecessária que sempre é e criou esse problema?

- Sim, eu quero, porque é a verdade! Vá perguntar pra ela, seu imbecil! Deveria ter ido antes de jogar a porra da minha mala de roupas na água e me deixado sem o que vestir aqui. Seu imbecil do caralho! – falei, voltando a me contorcer para me soltar e estapeá-lo com força suficiente para matá-lo.

- Fica quieta ou vai acabar se machucando, sua estúpida. – Samuel falou, tentando não apertar tanto como me segurava.

- Me solta. Agora.

- Eu não vou te soltar, porque você vai me bater e já basta todas as outras vezes que fez isso.

- Eu deveria ter te matado quando tive a chance. Me solta, Samuel. Se não me soltar, eu vou gritar.

- Você já está gritando, sua idiota. – respondeu raivoso. – Fala logo que porra você falou pra Kelly, porque eu quero ver o tamanho do estrago que você causou!

- Eu já te falei que não disse nada, Samuel! Ela perguntou meu nome, eu respondi, perguntei se ela queria café e ela saiu da cozinha e foi te xingar.

- Claro que é mentira! Ela nunca falaria aquilo se você não tivesse feito alguma coisa.

- Eu não tenho culpa se ela é burra e não notou que eu não tive reação de namorada traída. E, principalmente, deveria ter se lembrado que a gente se odeia!

- Fale por você!

- Como é que é?

- É isso mesmo.

- Falar por mim o que, imbecil do caralho?

- Eu não te odeio, Juliana, sua idiota.

- Ah, não? Então esse olhar furioso que você está dando e me segurando assim, sem deixar eu me mexer é o quê?

- Vontade de te fazer calar a boca. – Samuel falou sério e antes que eu pudesse responder, ele me beijou.

-

Nota da Autora: Oioi!

Eu nem vou me demorar aqui, vocês provavelmente querem me matar por acabar logo aqui.... espero que tenham gostado, não esqueçam de votar e comentar no capítulo dizendo o que acharam e eu volto em breve, palavra de escoteiro.

Beijinhos <3

Make You MineOnde histórias criam vida. Descubra agora