Capítulo 35 - Parte pra outra.

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Aqui era um lugar onde a fantasia superava a vida real, onde era escuro demais para ver cicatrizes e o silêncio não era apenas aceito, mas imposto. A vida não é tão simples como pensam. As coisas que quero lembrar, não consigo, e as coisas que faço de tudo para esquecer não param de voltar à minha memória. Klaus não saia da minha cabeça, e isso me fazia querer surtar. Se eu pudesse esquecer oque ele fez, ou esquecer dele, eu faria. Dá para imaginar? Ter alguém te querendo tanto que arriscaria tudo por você, tipo tudo? Até a honra familiar?... Elijah e Klaus era encrenca, o tipo de encrenca pela qual eu vinha esperando por toda a minha vida. Eu não era quem pensava ser.

Hoje a saudade falou mais alto, ligo para Elena. Precisava ir pelo menos um dia lá, ver minha mãe, meus amigos, minha família.

- Estou morrendo de saudade de vocês! - Falo conversando com ela por ligação

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- Estou morrendo de saudade de vocês! - Falo conversando com ela por ligação. Contei tudo que tinha que contar pra ela, para que todos ficassem alarmados. E ela me contou algumas novidades também.

— Acontece que: eles entrou na minha vida para nunca mais sair.

Recebi uma mensagem imprevisível, era a Cami, me chamando para ir no bar a noite. Ela estava sendo uma boa amiga, para alguém que era de fora. Bom, às vezes a vida é dura, mas eu tenho muita coisa para agradecer. Hoje ia ter música ao vivo, e eu iria.

Tomei um banho vaporoso, coloquei uma calça jeans boca de sino, um croped preto não tão curto, um all star preto, os cabelos ruivos soltos, e estava pronta;

- Oi, você veio. - Diz Cami me servindo uma bebida, ela estava conversando com a Davina.

- Não posso ser uma prisioneira no castelo pra sempre. - Ambas rimos.

- Então, como está sendo ser vigiada? - Davina pergunta. Ela sabia muito sobre isso, pelo oque parece Marcel não a deixava sair para nada.

- É complicado. - Respondi virando o drink.

- Complicado pela parte de Elijah ou Klaus? - Cami fala limpando o balcão.

- Elijah é fácil de conviver. Agora, Klaus é complicado.

- Sabe oque eu acho, Anna? É que ele faz tanto esforço pra conquistar você, mas sempre que chega perto você o afasta. - Semicerrei meus olhos para ela - Sou formada em psicologia.

- Não tem essa. Eu gosto do Elijah, eu e o Klaus só temos uma amizade meia conturbada. - A dúvida era: se seria melhor deixar as coisas como estavam ou tomar alguma providência.

- Você é a razão disso tudo. Klaus e Elijah correndo pela cidade. É tudo por você, estou com inveja. - Diz Cami rindo e viramos uma dose.

- Estava precisando disso. Viver cercada de vampiros não é tão bom assim! - Eu já estava ficando meia embriagada.

Ao decorrer da noite, vejo alguns vampiros e Marcel chegando. Já vi que teríamos problemas;

- Anna... que surpresa te ver aqui, sem seus seguranças. - Marcel chega se sentando e pedindo uma dose de whisky. Eu achava ele muito forçado, não conseguia confiar. Sabemos que seus inimigos são numerosos.

Apesar disso tudo, eu já estava meia alegre, como eu costumada ficar em Mystic Falls;

- Olha você, sem ser pau mandado. - Respondi lhe dando um sorriso implicante. Escuto alguns "uou" de seus amigos que sentara com a gente. Ele da um sorriso, no fundo não tinha gostado do que eu havia falado.

- Por isso eu gosto de você. - Ele continua sem muita expressão - Você tem garra, tem beleza. E o mais importante: tem capacidade de não se deixar ser levada pelo medo.

- Obrigada, eu acho. - Brindo com ele com nossos copos de vidro pela metade.

Ficamos em silêncio por um tempo, depois começamos a rir.

- Marcel, preciso falar com você. - Klaus chega atrás de nós, tirando sorriso, e medo de todos á nossa volta.

Ele se despede de mim fechando sua feição e tomando seu último gole do copo saindo com ele.

- Meu irmão sabe que está aqui? - Ele se refere a mim esta pergunta.

- Seu irmão não é meu dono. - Mesmo que tenha parecido grosseiro, não tinha sido minha intenção. Mas o fato dele achar que Elijah mandava em mim, me tirou toda a educação.

Os dois saem do bar e andam pelas ruas escuras de New Orleans

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Os dois saem do bar e andam pelas ruas escuras de New Orleans.

- Então... pode falar. - Diz Marcel esperando a bronca.
- Oque pensa que está fazendo? - Ele para o Marcel e olha em seu rosto.
- Virando amigo dela? ... - Ele faz uma expressão completamente de tolo - Oque mais você pensou que fosse? - Ele não deixou que Klaus desse sua opinião- Ela é sim uma mulher e tanto. Mas não sou fura olho.

Isso tinha deixado Klaus tão enraivecido. O fato de gostar da garota do irmão. Não era oque ele queria, mas como ele pode negar algo que está tão na cara? Não mandamos nos sentimentos. Não temos culpa.

- Ela nunca irá retribuir esse amor, Klaus. - Marcel fala na total certeza do que estava dizendo, como se tivesse experiência em todo tipo de amor. Mas não tinha, não nesses que são tão conturbados. - Parte pra outra, irmão. - Ele bate em seu ombro e volta ao bar.

- Espera, Marcel! - Ele fala mais grosso do que costumava ser. Marcel se vira para ele. - Eu não vim falar da duplicata. Vim falar sobre outra coisa. - Ele fica cara a cara com o vampiro, que se não precisasse dele, eu diria que mataria ele agora - Encontra comigo e minha família no Quartel. Chama seus amigos, AGORA! - Ele fala suas últimas palavras e entra pra dentro do bar, e aí de alguém entrar no caminho dele agora.

Todos me fazem olhar pra trás com medo, diria que se não fosse amada pelo seu irmão, minha morte seria na certa agora.

- Você vem comigo! - Ele me segura pelos braços me puxando para fora - Entra no carro. - Abre a porta do passageiro, eu entro calada e revoltada. Mas sem tirar sua paciência, sabe se lá oque ele pode fazer.

E fomos ao destino final, que era no Quartel, num silêncio ensurdecedor, se eu fosse sobrenatural acho que estava escutando seu coração pulsar daqui, de tão exasperação.

A última DuplicataOnde histórias criam vida. Descubra agora