Capítulo 69 - Perdida

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A história era colorida, mas nesse momento estava em preto-e-branco.

Fiquei zonzo ao vê-la. Ela não estava mais boa e não gostei disso. O som da sua voz quase me fez cair de joelhos. Meu Deus, como eu sentia falta da voz dela. — Aquilo que provavelmente perdi e finalmente tive que ver, veio no entanto me deixar carente como uma criança que anda sozinha pela terra.

Eu o olhei e meu coração parou por segundos, se é que ele batia ainda. Só porque alguém te machucou uma vez, não significa que tem que excluir totalmente de sua vida. As coisas mudam. Pessoas crescem. Eu olhei para Elijah e Klaus instantaneamente. Mas, nenhum sentimento foram expostos.

- Eu sou a garota que vocês amam. Vocês nunca fariam nada para me machucar. Então porque eu deveria sentir medo? - As feições estavam meio contorcidas, como se estivessem passando por um conflito interno.

— Eu a amava apesar da razão, das promessas, da paz, da esperança, da felicidade, apesar de todas as oposições que houvessem. — Elijah pensava seriamente enquanto fuzilava meu corpo com pesar.

- Viemos te ajudar. - Rebekah comunicava enquanto todos me olhavam.

- Única pessoa que precisa de ajuda aqui ,é você. Que até hoje não conseguiu um homem que a suportasse - A respondi precipitadamente.

Bonnie fez um feitiço do qual fazia minha cabeça querer explodir, caí rapidamente no chão.

- Não tem mais ninguém. Só você, a sua mente insegura, e uma lembrança que você odeia passando.

- Bonnie, para! - Klaus ordenou. Eles queriam achar outro jeito de me trazer de volta sem que me machucasse.

Damon quebrou meu pescoço ligeiramente, sem se importar com o que os outros iriam pensar. Era a melhor coisa a se fazer na cabeça dele.

- Vamos tirá-la daqui

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- Vamos tirá-la daqui. - Eles pegaram a Caroline que estava fraca e sem força. E os Mikaelson me levaram até a mansão Salvatore.

É que, quando amávamos, eu não sabia que o amor estava acontecendo muito mais exatamente quando não havia o que chamávamos de amor

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É que, quando amávamos, eu não sabia que o amor estava acontecendo muito mais exatamente quando não havia o que chamávamos de amor. O neutro do amor, era isso o que nós vivíamos e desprezávamos. — Ela não faz ideia de que é linda e completamente altruísta.

Eles me colocaram no porão da mansão como uma solitária. Estava perdida e sozinha. Sem emoções e completamente no fundo do poço, se é que existe mesmo. Depois das primeiras horas, eu já tinha me acostumado tanto que nada me chamava mais atenção.

- Acho que isso é coisa de família, tudo que amamos, vira cinzas. - Rebekah coloca um copo de whisky e se senta em uma das poltronas.

- Acham que vai adiantar esse isolamento? - Stefan profere chegando perto de Caroline que estava bem triste com a situação.

- Temos esperanças. - Elijah fala civilizadamente. Dava pra ver a dor em sua voz.

- Vou levar um pouco de sangue para ela. - Elena se levanta até o frízer.

Os sorrisos mais doces guardam os segredos mais sombrios, e ela tinha essa sombra com ela agora. Abri a porta do porão e lá estava ela quase sem vida, pálida, e totalmente desumana.

- Eu trouxe uma coisa. - Mostro para ela a garrafinha de sangue. - Sem trapaças. - Falo apaziguando o momento.

Ela bebeu em minutos, e já estava satisfeita. Me doía ver o que ela estava passando, por saber que eu já passei também.

- Eu sei que não é certo o que estão fazendo, mas eu concordo que precisa retomar sua humanidade. - Me explico e a mesma não esboça emoção.

- Porque você passa a mão na minha cabeça mesmo depois de tentar matar o seu irmão? - Ela me questiona friamente.

- Eu não vou desistir de você, Anna. Ninguém vai. - Pego em sua mão e olho nos teus olhos azuis e sem vida.

- Você já percebeu o quanto sua imagem de santinha é chata e fora de moda? Deve ser por isso que Stefan não gosta mais de você. E ninguém mais. - Ela tirou sua mão da minha e me olha aguardente.

- Eu sei que essa não é você. Fale o que quiser, mas não vai mudar o fato de que vamos trazer você de volta. - Me levanto.

- Seus guarda-costas não vão me deixar matar você, mas eu posso rasgar sua garganta pra não ter que ouvir sua voz. - Ela fala me deixando com mais raiva do que já estava.

Stefan chega até a porta para ver a demora. "Façam o que for preciso, ela está perdida", olhei pela ultima vez para ela, e desconsolada, saio de seus aposentos.

A última DuplicataOnde histórias criam vida. Descubra agora