A última Duplicata

Capítulo 98 - Dois tipos de amor.

Ele aparecera na porta aceleradamente, e presumo que todos ficaram com medo do que poderia acontecer, porque percebi mais pessoas da família chegando para interromper qualquer coisa que poderia acontecer...

- Eu preciso te dizer apenas uma vez...

- Não, não diga nada.

- Nunca consegui amar ninguém além de você.

- Independente do que queira dizer pra mim, por favor não diga.

Klaus chegou atrás dele na porta, e parece que sucessivamente o resto da família também.

- Eu sei que é egoísmo. Eu sei que parece que eu estou enrolando vocês dois... Mas, eu não sei o que fazer. Porque se eu escolher um de vocês, eu vou magoar o outro.

Um silencio ensurdecedor pairou sobre a gente nesse momento;

- Eu só quero ser feliz, Elijah. - Pude ouvi-lo engolindo seco, e com dor em seu coração.

- Não importa o que aconteça, eu quero que você saiba que eu sou muito grato, porque no fim de tudo eu posso dizer como é ter amado alguém. Ter amado de verdade, porque eu amei você.

Elijah saiu do meu quarto estupidamente rápido, e consequentemente Klaus vai também. Deixando-me sozinha. Era muito triste o que estava acontecendo, foi um longo dia, e mesmo assim sempre acaba em dramas como esses. Entretanto, não se ama menos um lugar pelo fato de nele se ter sofrido, a menos que tenha havido apenas sofrimento, nada além de sofrimento.

- Eu passei a minha vida toda aprendendo a não ser ferida, e isso não é jeito de viver. Mas, mesmo com toda dor que eu sinto agora, eu não me arrependo de nada. Porque eu os amo. - Falei assim que percebi a presença de Rebekah e Freya. Elas eram as irmãs que eu não tinha, quando estava longe de Mystic Falls.

- Quanto mais eu conheço o mundo, mais estou convencido de que nunca verei um homem que eu realmente possa amar. Eu preciso muito! - Ela soltou uma risadinha, e me deu um abraço.

- Anna, precisamos reativar seus poderes. - Freya mudou o assunto, eu tinha ate me esquecido disso.

- Claro, faremos isso.

Freya fez alguns feitiços para voltar meus poderes, sinto que tudo que fui até agora, foi em vão.

Klaus foi até Elijah, porque apesar de suas desavenças, atualmente sua familiaridade vinha em primeiro lugar.

- Elijah, eu não quis...

- Não importa, Niklaus. Já estávamos condenados.

- Elijah, você não é fraco assim. Porque apesar do que você possa pensar, você amou muito ela, não por causa de uma rixa familiar, por causa DELA.

- Você não engana ninguém. Você ainda a ama, Niklaus.

- Eu amo. Achei que podia ganhar ela de forma limpa, mas ela não me escolheu.

- Acho melhor todos nós dar tempo ao tempo.

Mais tarde nesse mesmo dia longo, Freya conseguira reativar meus poderes, e eu já podia sentir tudo novamente. Ainda por cima, meus sentimentos estavam aflorados novamente.

E antes que eu pudesse tentar dormir, ligo rapidamente para Elena, a única cuja me entendia, por amar dois vampiros irmãos.

- Anna? Tudo bem? - Ela estranha a hora em que eu acabara de ligar, e minha voz custou sair um sequer oi.

- Preciso de uns conselhos que só você pode me dar. - Ainda com a voz falhada, eu tentava engolir o choro, sem que demonstrasse muito.

- Chegou a hora, não é mesmo? Eu sabia que esse dia chegaria. - Ela entendia perfeitamente o que estava acontecendo, e sabia exatamente o que falar.

- Dói. Tudo dói. Entende? - Eu simplesmente não sabia explicar uma coisa que só sabia sentir.

- Eu sei. - Ela falou cuidadosamente e generosamente. Eu sabia que ia vir bom conselho, pois ela acabara de passar por isso. - Escute, Anna... Na vida existe dois tipos de amores. Existe aqueles que você encontra em mensagens de bom dia, sorrisos tímidos... aquele que te faz sentir borboletas na barriga e olhares roubados. É doce, simples, honesto, — puro —. Eai, tem aquele cara que te acha com as chamadas de madrugadas, lagrimas no travesseiro. O tipo que vem junto com uma guerra, entre seu cérebro e seu coração. E nada consegue te deixar mais feliz quando está com ele. Apaixonante, pesado, intenso, — verdadeiro—. Mas a maioria de nós sempre terá dois grandes amores. Aquele que deu certo, e aquele que a gente gostaria que tivesse dado.

No entanto, ela quis me dizer que tudo bem ter sentimentos, por mais que doessem. Que as emoções é o que nos torna humanos. E a não perder a esperança.

Escutar aquilo dela me deu um certo tipo de alivio. E me fez perceber que não tem nada de errado em amar o Elijah, mas sim, que não podemos deixar um amor tão puro ser danificado por atitudes humanas. E sobre isso, eu o amo mais do que imaginei amá-lo. — Mas não, ele não foi o amor da minha vida.

Esta é uma velha história de um jeito novo, veremos o quanto seremos surpreendidos pelos nossos sonhos e fantasias que nós próprios criamos. Deitei minha cabeça em meu travesseiro e procurei descansar a mente, pegando em um sono pesado.