Capítulo 75 - Familiaridade

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Faça suas escolhas e aceite as consequências. Mas, eu estava começando a acreditar que muitas vezes em sua vida, se você tiver sorte, você pode conhecer alguém que seja exatamente certo para você. Não porque ele é perfeito, ou porque você é, mas porque suas falhas combinadas foram arranjadas de uma maneira que permitia dois seres separados para somar juntos. 

Saí da sala apressadamente e estressada, porque tinha que ser tão difícil? Eu sei que errei, mas quem nunca errou? Eu precisava me redimir com a minha mãe que eu não dava noticias tinha um tempo. Precisava conversar com o Alex e pedir perdão, e todos que eu fiz mal. Mas não, eu estava ocupada em um triangulo amoroso. Mas a ausência de lagrimas não era a mesma que a de sentimentos.

Fui até minha casa onde minha mãe estava, seus olhos lagrimejaram ao me ver. Ela estava tão linda, mas estava mais velha. Notei algumas linhas de expressão. Ela estava tão triste comigo, eu nunca tinha feito isso com ela. Ela não sabia de muita coisa, mas estava com um buraco enorme no peito, por eu e papai ter abandonado ela.

- Mamãe, sente aqui comigo. - Falei puxando ela até o sofá, a mesma estava com um semblante tristonho. - O que foi? Está assustada? - indaguei.

- Não... é só que você se tornou uma pessoa... - Ela falava me analisando de cima em baixo. Achei que ela iria me renegar, mas ela continuou. - Essa pessoa forte e independente. - Um sorriso surgiu ao meu rosto, era a felicidade que eu estava esperando fazia tempo.

- Obrigada. - E ela sorriu com lagrimas nos olhos. - A gente nunca conversou assim. - Falei com a voz tremula. - Nunca... e agora isso é muito importante pra mim.

- E pra mim. - Ela retrucou limpando os olhos. Peguei em sua mãos e passei a mão no seu cabelo. Olhei no fundo de seus olhos tristes.

- Eu sei, que confia em mim - falei acariciando-a - Mas você nunca vai confiar nas minhas escolhas de vida - continuei - Você vai para a casa no lago por um tempo, e vai esquecer que eu te abandonei - ela repetiu o que eu disse no traze da hipnose - Vai se lembrar que se separou do papai, e que arrumou sua vida depois disso - lagrimas desciam de meus olhos, era tão difícil fazer isso - E eu estava com você o tempo todo, fazendo uma comida horrível no almoço - limpei o meu nariz que escorria - E nós brigávamos por causa disso - ela prestava atenção em cada palavra - E aí a sua filha egoísta, que ama você mais que tudo no mundo, voltou a rotina da faculdade. E tudo entra nos trilhos - E ela me abraçou fortemente, e a compulsão funcionou.

Elijah estava na porta escutando tudo o que eu disse. Era melhor ela ir para a casa do lago, do que ficar sozinha aqui em casa. Lá ela tinha uma senhora que morava ao lado e que cuidava de mim desde criança.

Abri a porta da sala e me deparei com ele.

- Quer que eu vá com você? - ele pergunta com pesar nas palavras.

- Sim, claro - eu não pensei, eu só queria ajuda de alguém que estava se importando nesse momento, e que estava lá comigo. Preciso que ele preencha as lacunas, embora às vezes a menina que ele descreve pareça uma desconhecida. Não podia recusar ajuda de ninguém agora. Ela estava arrumando as coisas dela, enquanto Elijah ajudava colocar as coisas no porta-malas. 

Ao se passar algumas horas, pegamos estrada a noite, e o silencio pairava sobre o ar, e só a música antiga do carro tocava baixo. Às vezes eu sentia que estava morrendo, ou que a terra estava se desfazendo debaixo de meus pés, ou que o céu poderia me engolir inteira.

A última DuplicataOnde histórias criam vida. Descubra agora