Capítulo 76 - O passado me condena

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A aprovação, o reconhecimento das pessoas que você admira muda a forma como a pessoa enxerga a si mesma.

A gente precisava ficar sozinhos para ver o que é o melhor pra nós.

— Lá estava frio, um chalé lindo e confortável. E mamãe estava bem. Eu não tinha mais tempo de fazer coisas de adolescentes normais.

Eu estava na sacada olhando a floresta escura, até que sua presença surge ao local; era como se eu conseguisse senti-la a quilômetros de distancia.

- Passei mais de mil anos buscando respostas, Anna, e só posso lhe dizer uma coisa: não há respostas, apenas escolhas.

A sua voz circunspecta me trazia um certa segurança, e paz. Eu e ele vivemos tantas coisas juntas, que não tem explicações possíveis para tal momento tão extraordinários.

Ele chegou ao meu lado, pegou em minha mão me trazendo para perto dele, sua respiração ofegante fazia com que eu sentisse tudo novamente. Amor, paixão, paz, saudade.

- Acho que meu amor por você é a coisa mais verdadeira que existe em mim. - Diz ele com a voz suave e perto de meu rosto. Consigo sentir seu bom hálito de tão perto que estava. Nem parecia que meu coração estava destruído, acabado, e morto.

— Agora, tudo o que ele quer é uma liberdade modesta. A paz de poder amar sem reservas. Porque onde todo amor existe, não há necessidade de palavras. É tudo. É imortal. E isso bastava.

- Elijah... eu não posso... não agora... - Doía, e doía muito falar isso para ele. Estava com os olhos fechados apenas sentindo sua respiração, que era como um sopro de vida para mim. Ele me entendia, me respeitava, e o mais importante, me conhecia da palma das mãos.

- Claro - me transferiu um beijo suave na testa, e eu sai de seu braço confortante fugindo como um cão perdido com medo de qualquer toque humano.

Deitei-me em minha cama de casal e abracei o travesseiro, estava de fato protegida, mas totalmente perdida. Chega a parte que você não consegue aceitar, mas também não tem como evitar. Acho que ele trouxe parte de mim de volta à vida. Eu nunca mais tinha me sentido assim.

 Eu nunca mais tinha me sentido assim

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|Mystic Falls|

Tarde da noite eu estava andando pela cidade, para me tranquilizar de tudo que estava acontecendo. Meus irmãos tinham razão, cada batalha que lutei, cada erro que corrigi, foi por ela. Ela era a principal razão da minha vida, para que eu lutasse. Ela era o meu lar.

Ainda de cabeça baixa, e sobretudo preto, era horripilante e solitário o grande híbrido cruel andando pelas ruas de Mystic Falls.

Me deparo com uma figura do passado, com que fez meu coração morto acelerar avassaladoramente.

Era ela. A mulher que eu amei no século passado. Uma jovem e bela ruiva, imortal e maldosa. Aurora De Martel.

Eu assassinei sua mãe enquanto ainda era humana, em um ataque de fúria, sendo a ruína de sua família. E mesmo depois de ver quem eu era, ela queria mais do que nunca se transformar em uma vampira, e viver o resto da vida ao meu lado.

"Você é perfeita, do jeito que você é!"

"Poderemos ficar verdadeiramente juntos! Sem nenhuma barreira."

Aurora assombrada por seus demônios, e com seu desejo de se transformar em vampira, ela cortou os pulsos, com esperança de algum dos meus irmãos salvá-la. Sendo assim, minha querida irmã, Rebekah, lhe deu seu sangue. Ficando mais perto do seu desejo, se tornar a primeira vampira da linhagem da Rebekah.

A mesma se joga da janela do quarto mais alto de seu castelo. O que ela não sabia era que isso abalaria nossa relação, porque eu não queria de jeito nenhum transforma-la.

Assim que soubemos que meu pai, Mikael, estava nos perseguindo, fizemos um plano para fugir imediatamente. E Aurora sendo obcecada e dissimulada, queria ir junto.

Elijah sendo o mais correto da família proibiu esse desejo, dizendo que ela não era e nunca iria ser da família.

"Eu vou com vocês"

"Não! Não!"

Mesmo assim, ela tenta convence-lo, que ela era sim da família. Falando algumas bobagens. Elijah compeli ela a lhe contar os meus segredos mais profundos. E foi a partir daí, que meu irmão descobriu também, que eu matei sua mãe violentamente.

Foi um momento horrível, porque ela realmente foi o meu primeiro amor. E mesmo assim, ela conseguiu partir meu coração em pedaços.

"Nós não somos parecidos, eu nunca amaria você!"

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"Nós não somos parecidos, eu nunca amaria você!"

Meu irmão, Elijah, sempre sendo o herói, e sempre querendo salvar nossa família, hipnotiza ela e os seus parentes a fingir ser nós, e chamar a atenção de Mikael enquanto fugíamos por séculos. E séculos depois, eles se libertaram da hipnose e jurou se vingar de nós.

Aurora continua com sua beleza irreal. O que me chamou atenção em Anna, foi sua pequena semelhança há ela. Porém, com o coração totalmente diferentes.

- Rosas são vermelhas como o sol no amanhecer. Como é bom encontrar você.

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