A última Duplicata

Capitulo 22 - O ritual

Elijah me deixou em casa. Ele era um homem de poucas palavras, mas de muito afeto.  A amizade era em si um tipo especial de amor, e ele era meu amigo. Ou eu queria acreditar que sim.

Estavam todos na mansão Salvatore. Aflitos, esperando qualquer sinal vindo de Klaus.

Cheguei onde todos estavam;

- Oi, onde estava? Tudo bem? - Elena era a mais preocupada e tensa. Ela não devia se preocupar comigo, mas sim com ela.

- Sim, estou bem. - Falei me sentando em uma das poltronas.

Bonnie chega as pressas com seus grimórios.

- Oque foi? - Stefan estranha sua inquietação.

- Temos um problema. - Todos nós se olhamos - Hoje é lua cheia, o dia que o Klaus deverá fazer o ritual, que está falando no grimório.

- Ninguém tocará na Elena. - Damon já estava armado esperando um ataque. Era até inconveniente, sabendo que ela namorava seu irmão, e estava na cara seu amor.

- Como podemos adiar isso? - Falei desnorteada com pensamentos á mil.

- Não tem como. Ele só precisa do sangue da duplicata, que seria a Elena. E se a Elena falhar, ele tem você, Anna. Que também é uma duplicata e também pode fazer o processo da transformações dos híbridos.

- Elena se esconda, pegue o carro e vá para minha casa de férias. - Como eu poderia deixar minha melhor amiga morrer?

- Você está doida? Logico que não. Se ele não me encontrar, ele usará você, Anna. - Ela abominou essa ideia.

- Talvez pode ser uma ótima ideia. - Diz Stefan e todos o olharam - Pensem bem, Elijah prometeu proteger a Anna, se Elena sumir, só ficará a Anna, e com o Elijah aqui, não terá como fazer o ritual.

- Não temos mais tempo! Klaus vai atrás da Elena, e voltaremos na estaca zero. - Diz Damon.

- Na verdade - Intromete Bonnie - E se o Stefan der seu sangue para Elena, Klaus não poderá mata-la, se não ela viraria vampira, e o ritual não iria funcionar. E ele não poderá usar o sangue da Anna, porque Elijah, não deixará.

- Vale a pena tentar.

- Olá doce, Elena. Estou te esperando aqui fora, de preferencia sozinha.

- É, não vai ter como. -  Damon sai lá fora na mesma hora.

- Oque quer dizer com isso? - A feição de Klaus muda radicalmente enfurecido.

- Ela está com sangue de vampiro no organismo. - Damon faz uma cara de pena para o vilão. - Sabe como é, acidentes acontecem.

- Você não fez isso. - Ele duvidava, e estava fervendo de ódio - Tudo bem, eu tenho o plano B, e o plano C... - Ele entra dentro da mansão, e me puxa pelos braços.

Klaus agia por impulso. Ele odiava ser contrariado ou passado pra trás. E quando isso acontecia, não importava quem iria se machucar, ele fazia oque ele queria. Mesmo sabendo oque iria fazer comigo e o tamanho da guerra que iria ter, ele fez. Para não se mostrar fraco diante os outros. É uma pena ser assim, até os mais poderosos tem que se redimir. 

Estávamos na floresta, onde seria o ritual, tinha uma alcateia de lobos prontos para serem transformados. E onde estava o Elijah nessas horas?

Eu estava lutando para não ser arrastada, e para arrancar de seus braços.

- Me solta, Klaus! - Coisa que adiantaria eu falar.

- Pode começar, Niklaus. - Sua bruxa lhe da a demanda.

- Não leva pro pessoal. - Ele passa a mão em meus cabelos ruivos tirando os de meu rosto.

- Vai pro inferno. - Fecho os meus olhos e sinto minha artéria sendo invadida. O aperto dele era forte e fez com que eu se sentisse pequenina e leve enquanto ele possuía meu sangue limpo e puro. Eu só podia ver alguns se transformando com o meu sangue em taças. A minha sorte era que; estava sendo doloroso, mas não era algo insuportável. Entretanto, nessa altura do campeonato, a dor não era nada para mim. Nossas lembranças são curiosas. Às vezes são fiéis, mas outras vezes se transformam no que querem que sejam.

Elijah chega rapidamente com sangue nos olhos, estava mais furioso do que nunca.

- Niklaus! - Ele grita.

- Oque você fez?

- Calma, Elijah - Ele responde, pela primeira vez com medo do irmão - Ela está viva.

Elijah me pega em seu colo, e me leva para a mansão dos Salvatore. A lua é responsável por muito do que acontece na superfície da terra. Não farão nada além de cometer os mesmos erros que cometeram dessa vez.