A última Duplicata

Capítulo 59 - Amor e confusão

Cheguei ao salão onde estava superlotados de vampiros e seres sobrenaturais, sem me sentir ameaçada. Muito pelo contrário, eu me sentia muito forte, e ao lado dele eu era mais ainda. Quando entramos e ele me encarou, e seus olhos estavam cheios de amor. Uma ternura preencheu meu coração. Minha heroína seria eu, só que disfarçada.

Um garçom ofereceu-me um champanhe. — Muita gente venderia um rim só para poder experimentar um pouquinho do tipo de vida que tenho.

- Com licença, irei falar com a Rebekah. - Sai de perto de Elijah o deixando sozinho no bar de bebidas.

Ele bebericou seu champanhe me observando de longe como um protetor.

- Eu não avisei que viria hoje...

- Porque eu não deixaria. - Elijah interrompe Marcel no meio de sua explicação.

- É, usou a palavra certa. - Seu sorriso sem vergonha era implicante!

- Elijah, eu tentei me redimir. Mas a sua família não aceita. Então tenho que explorar minhas opções.

- As suas opções como se diz, são uma sentença de morte. - Ele é sério e firme nas sua decisão. - Eu suponho que você irá embora, se não eu vou ter que destruir o meu terno. É uma pena, porque eu tenho ele há mais de um século, ele já se provou mais confiável do que você.

Marcel bate em seu ombro saindo de seu campo de visão. Ele foi inteligente. Não sobraria muito dele por aqui.

Todos os dias, centenas de dezenas de pessoas ao redor do mundo acordam com a esperança de, naquele dia, encontrar o amor da sua vida. E poucas conseguem.

Elijah me chamou para dançar. — Aquele sorriso, que só ele tinha, poderia até iluminar o mundo.

Klaus bebia seu champanhe conversando com alguns amigos. Ele não tirava os olhos de mim.

- Me concede essa honra? - O mesmo nos interrompe, de que importava o idioma quando os olhos dele se fixavam nos meus, sua mão forte pegava minha mão e o calor preenchia o espaço que nos separava.

Infelizmente, nós, seres sobrenaturais, temos o dom terrível de machucar as pessoas, especialmente as que amamos.

Eu estava diferente, pronta para fazer qualquer escolha que eu queria. Eles me deram esse espaço. Eu e Elijah se distanciou a partir do momento que eu parti — O mundo queria que eles superassem, os amigos também, mas era como se, dentro deles, houvesse sempre uma música melancólica que lhes lembrasse a tristeza que tocava bem lá no fundo. Às vezes, esse som ressoava baixinho, mas em outras, rugia de forma ensurdecedora. A pior parte de tudo é que eu não podia chegar até ele e dizer o que pensava.

- Tudo bem? - Rebekah pergunta a Elijah enquanto dançávamos.

- É uma coisa extraordinária quando conhecemos alguém com quem podemos dividir a nossa alma. Quem nos aceita como somos. Eu tenho tentado pelo o que parece um tempo muito longo superar o que eu sou e com a Anna sinto que finalmente posso começar. - Elijah abre seu coração para sua irmã pela primeira vez em mil anos. — Eram os pequenos gestos do dia a dia que faziam a diferença, ela acreditava.

E eu finalmente achei que tinha encontrado algo de humano naquele coração de pedra. Ele segurava firme em minha cintura, e me conduzia para lá e para cá. Seus olhos intimidava os meus, e todo salão conseguiria notar nossa química inigualável.

Notando que todos nos olhava descaradamente, sai dos braços de Klaus e fui em direção a saída.

Minha cabeça estava com um turbilhão de pensamentos e sentimentos. Ofegante, andei para lá e para cá.

- O que aconteceu com você? - Klaus chega ao local. Era impressionante o quanto as coisas agiam de acordo com o destino!

Eu o olhei, desnorteada, com raiva, com amor, com fúria, com vontade, com todos os sentimentos embaralhados. Mas, era mais forte que eu.

— Lhe beijei como jamais havia beijado alguém com tanta vontade e intensidade.

— O sabor dos seus lábios nos dela, a sensação da respiração em seu pescoço, as mãos fortes em torno dela... parecia que fazia milhões de anos que ela o conhecia.

- Você me ensinou a te amar, mas não posso amar uma alma tão sombria. - Ao mesmo tempo eu sabia a gravidade da situação que eu causei. Estava brava e confusa com ele.

- É mesmo? ... Então você não sente atração por alguém que é capaz de fazer coisas terríveis? E por algum motivo só se importa com você? - Ele me confronta até me tirar as palavras.

E era isso que eu e Klaus era: amor e confusão.