Capítulo 58 - O fim da luta

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Agitada é como eu me sinto normalmente. Eu me acostumei a ficar agitada. Ainda mais nesse mundo onde nada se encontra no estado normal. 

Começo a sentir o coração acelerar e um zumbido nos ouvidos, estou prestes a matar alguém. Mas estranhamente, bem quando o pânico começa a se instalar, surge um instinto de sobrevivência. Então eu apenas me esqueci de tudo. Acho que todos nós esquecemos.

Explodo tudo á minha volta, matando todos que são fracos.

Ainda no ar, eu pego no rosto de Jadelyn agressivamente, canalizando todo poder que tínhamos. Todo fogo ficava ainda mais quente, e a mais forte sobreviveria. Os originais tentavam chegar perto, mas era impedidos pelo calor e a brasa.

— Elijah então se da conta que o maior medo dele era perder o amor de sua vida. Ele tenta de todo jeito, mas era segurado pelo irmão que também a amava.

E eu só podia pensar nele, e em quem amo. Ele apenas olhou para mim daquele modo silencioso que me fazia inexplicavelmente querer me ajoelhar aos seus pés e colocar a cabeça em seu colo. Eu o amava — o bastante para três vidas.

E o olhar dele, me deu ainda mais forças para acabar de vez com o mal que minha ancestral estava fazendo. Vejo ela virando cinzas em minhas mãos.

- Não me mate - Era o que ela me falava, com seus olhos piedosos, e sua voz tremula, eu podia jurar que via todo seu passado e o medo tomando conta de seus olhos azulados. Eu quase podia ter piedade. Mas, Klaus me mataria se eu não terminasse o trabalho.

- Eu sinto muito, mas você precisa morrer.

O sorriso dela é triste e lamentável, não exatamente o que eu esperava

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O sorriso dela é triste e lamentável, não exatamente o que eu esperava. Mesmo na morte, ela continua plena, é assim que vamos lembrar dela. O vento está batendo no cabelo dela, e então ela parece uma feiticeira mística, poderosa e assustadora ao mesmo tempo.

Caímos no chão, e o fogo vai se apagando lentamente. Fazendo com que todos vivos consigam ver o que estava acontecendo. Jadelyn estava com o nariz e a boca sangrando, fria como uma estatua. A morte dela fora rápida e indolor. Caí ao seu lado com o nariz sangrando sem forças nenhuma. Nunca usei tanto poder em minha vida. Mas eu tinha conseguido. Eu tinha salvado quem eu amava, e não ao contrário. Acho que por fim, eu tinha um propósito — matar minha duplicata.

- Anna... - Elijah coloca minha cabeça em seu colo e se emocionava como um menino que havia perdido seu pirulito. Pela primeira vez eu vejo ele se desmoronando.

- Calma, Elijah, ela está viva. - Freya sente minha forte presença no local. - Vamos embora, ela precisa descansar, está muito fraca. - Uma leve esperança começa a flutuar no espaço entre nós— Ela me amava. Eu confiava nela. Ela estaria ali. Sempre e pra sempre.

A última DuplicataOnde histórias criam vida. Descubra agora