Capitulo 13 - Quem é ele?

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|Mystic Grill|

Cheguei ao Grill onde eu já estava à caminho, e lá estava Matt com Tyler e companhia do time de futebol.

- Até que enfim. - Diz Matt me abraçando.
- Voltou? Vou buscar uns drinks. - Tyler fala indo ao balcão.

Continuava cheio, a cidade era muito movimentada, e os jovens não davam trégua para a noitada. Se eles ao menos soubessem de um terço que existe, não sairiam nem se fosse de manhã.

- Sinuca? - Matt me oferece.
- Quer perder? - Falei pegando um taco.

Já estávamos alegres. Parei de beber por saber que iria ter que enfrentar o dia de amanhã.
Mas eu precisava daquilo, dos meus amigos, de bebida, de jovens, precisava saber que por agora, eu estava viva.

- Preciso de uma dose... - Fui até o balcão pedir para o barmen.

Eu acho que há várias razões pela minha inflexibilidade. Ou teimosia. Ou obstinação. Ou determinação.

- Com licença. - Um homem muito bonito e educado chega ao meu lado - Posso me sentar ao seu lado? - Eu respondi sem o olhar, "claro", falei educadamente mas sem reflexos de quem quer que fosse.

- Posso te oferecer outra bebida? - Seu sorriso tímido reluzia mesmo sob aquela fraca iluminação do Grill. Aceitei a bebida um pouco tímida e sem jeito. "E qual é o seu nome?", perguntei dando um gole no whisky caro que ele me ofereceu.

- Eu sou novo na cidade - Ele solta uma risada baixa, por incrível que pareça era tão bonito.

A presença dele me acalmou, me relaxou, me fez sentir como se talvez as coisas não fossem tão duras quanto elas parecem ser. Sabe quando você se sente em um filme que é em câmera lenta? Era o que tinha acontecido.

- Se quiser, posso te levar em casa. É perigoso para uma garota andar sozinha, tão tarde. - Ele disse colocando uma gorjeta no balcão. Às vezes nós não temos uma segunda chance, e por isso aceitei.

Tenho certeza que se fosse qualquer outro cara eu não aceitaria tão facilmente. Acontece que ele tem os olhos mais hipnóticos que eu conheci. A voz mais sedutora que eu já ouvi. E a aparência mais elegante que eu já tinha visto.

- Aí, quem é aquele que a Anna está indo embora? - Matt para sua tacada para conversar com Tyler que também não fazia ideia de quem era. Bom, nem eu.

Minha casa era perto, e nós fomos caminhando. Naquela noite o céu estava completamente negro. Talvez não houvesse lua, e sim um eclipse lunar, eu tremi embora não estivesse com frio. Eu tinha que ter medo, tinha que ter negado, ainda mais com tudo que estava acontecendo, ele poderia ser qualquer um. Mas, ao invés disso, parecia que ele tinha azas. Sabe quando você nunca viu a pessoa mais tem uma conexão com ela? Quando você sabe que não está em perigo e que essa pessoa não é ruim? Bom, eu sentia. Eu acho que ele poderia ser uma daquelas pessoas que são boas em tudo que fazem.

- Bom, é aqui que eu moro. - Paramos enfrente minha calçada e eu esperava seu nome.

- Eu espero ver você de novo - Ele me conforta com seu sorriso misterioso. De um jeito estranho eu não me sentia em perigo com ele, nem um pouco, porque é a primeira vez que sinto como se alguém realmente tivesse me achado. —De repente, ela teve a estranha sensação de que tudo que estava acontecendo eram apenas os primeiros capítulos de um livro ainda sem conclusão.

Tomei coragem para enfrentar o que estava por vir. Eu me fiz de forte. Enfrentaria o que surgisse.

Entrei dentro de casa e tomei um banho.  Não levou nem uma hora e já estavam todos aqui. Inclusive o professor de história, Rick.

- Quem era ele Anna? - Pergunta Elena.

- Uau, entrem - Eu sabia que o Matt ia contar para eles. Mas não sabia que ia ser tão rápido.

- Conte-nos tudo. - Diz Damon se sentando no sofá aparentemente nada preocupado.

- Do que estão falando? - Não estava nem um pouco afim de discussão.

- Não se faz de desentendida Anna, sabemos que você saiu com alguém. E ele não é da cidade.  - Stefan temia pela vida de todos, principalmente de sua namorada.

- Ele é novo na cidade. Foi gentil e me trouxe em casa. - Respondi colocando suco em um copo.

- Como ele era, Anna? - A amiga de Stefan, Lexi diz se sentando ao meu lado.

- Ele é muito educado. Estava de terno...- falei e a mesma me segurou firme.

- Terno? - ela olha para Stefan - Era ele Stefan, era o Elijah - Ela tinha medo dele - Anna, ele te falou alguma coisa? - o irmão bonzinho perguntou.

- Não, ele foi gentil - Respondi odiando esse interrogatório.

- Mas ele é assim. Ele é nobre, mas é perigoso - Me recusava a acreditar nisso.

Fui para o meu quarto sem querer terminar essa conversa, e Elena veio atrás de mim;

- Como ele é? - Pergunta Elena.

- Normal. Um homem, aparentemente normal. Mas alguma coisa nele me chama atenção. — Ele não iria sair da minha cabeça tão rápido.

- Fico feliz que esteja bem. Me sinto culpada por tudo isso. Por ter te trazido pra essa vida louca.

- Não é sua culpa. Eu também tenho uma duplicata. Nós duas temos esse fardo. E vamos enfrentá-las juntas. - Lhe abracei e ficamos em silêncio... - Elena... - Ela me olha - Tenho um pressentimento de que ele dará um jeito de entrar nos meus planos. Como um penetra. - Ela me olha com pesar, ela me entendia, era a única que me entendia.

- Essa é a nossa maldição! - Ela responde por ser apaixonada por dois vampiros.

Coloquei a cabeça no travesseiro e comecei refletir sobre o dia de hoje. Eu nunca disse a ninguém o que se passa pela minha cabeça quando eu vou dormir a noite. Existem pessoas que você encontra e passa a conhecer, e existem pessoas que você encontra, mas parece que já as conhece...

A última DuplicataOnde histórias criam vida. Descubra agora