Parte 5

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Tirar a roupa estava fora de cogitação, eu não sei o que fiz ontem para ter os olhos de Ruggero cravados em mim, ele sorria e negava com a cabeça, uns amigos dele se juntaram a nós, e agora não sabia onde me enfiar.
- Karol vamos aqui rapidinho.
Valentina me chama ela não tinha tirado a roupa também, não por vergonha mas para não me deixar constrangida, e Deus como isso me faz gostar ainda mais dela, é uma amiga de verdade.
Entramos no banheiro do kiosque na praia.
- O que está acontecendo?
- Eu não sei está no meio de tanta gente principalmente de garotos.
- E o idiota do seu amigo sabe, e mesmo assim convidou aquele bando de tarados. Ela bufa com raiva e depois para como se tivesse uma ideia genial.
- Sei que é tímida e morre de vergonha mas não aguento aqueles caras.
- Nem eu...
- Então você vai entrar no jogo e fazer exatamente o que eu faço.
- Como assim, Valu por favor eu não tenho coragem pra fazer nada você sabe.
- Mas está na hora de sair desse lugar obscuro que você se enfiou. Ela me coloca de frente para o espelho e solta meu cabelo.
- Vê como é linda, não precisa ter medo de expor sua beleza, sabe as vezes me pergunto porque seu amigo é tão solto e você assim, se cresceram juntos.
- Quando o Ruggero começou a chamar atenção das garotas na escola eu meio que me escondi um pouco porque era alvo delas, ninguém queria minha amizade se aproximavam por conta dele, fora que me odiavam por ser sua amiga.
- Eu te entendo mas você cresceu e virou uma linda mulher e tem que enfrentar a vida, vai para faculdade não pode se esconder.
- Tudo bem você tem razão eu tenho que ter força e coragem.
- É assim que se fala.
Voltamos para onde os garotos estavam bebendo e Valentina pede duas espreguiçadeiras, na hora não entendi o que ela pretendia.
- Moço pode colocar bem ali obrigado. Ele posicionou na frente da mesa e só segui os movimentos de Valentina, ela apoiou a bolsa na cadeira e eu segui apoiando a minha na outra, sentou tirando as sandálias e fiz o mesmo, então ficou em pé e tirou a blusa congelei e ela me olhou feio, enfiei os dedos na barra da camiseta e tirei, Valentina fez um gesto para que olhasse pra ela e não ao redor e sustentei seu olhar, que abria o botão da bermuda e devagar fui fazendo o mesmo ela sorrio e me estendeu a mão.
- Vamos tomar banho garotos. E merda todos eles estavam com os olhos esbugalhados e a boca em forma de o pra gente. Valu dar de ombros como se não fosse nada e eu tenho vontade de abri um buraco e cair dentro de cabeça.

A água do mar estava maravilhosa e fez meu corpo relaxar.
- Como consegue?
- O que?
- Não se importar?
- Lembro quem eu sou e o que eu quero e tudo fica mais fácil, quem é você?
E o que você quer me responda?
- Sou Karol e quero viver minha vida, sem pensar na opinião dos outros.
- Então é isso você é Karol e quer ser livre e foda-se o que os outros pensam. Repete pra mim, eu sou Karol e foda-se o que os outros pensam.
- Eu sou Karol e foda-se o que os outros pensam. Fiquei repetindo aquilo na minha mente como um mantra e quando Valentina me chamou pra sair fiz uma careta.
- Quem é você? Sorrir.
- Levanta esse queixo e empina o nariz jamais abaixe pra ninguém mesmo que esteja morrendo por dentro ninguém precisa saber.
Ela fala com tanta segurança e aquilo me eletriza.
Saímos falando da festa de ontem de um carinha que ela ficou, pego a toalha na bolsa e seco um pouco meu cabelo e meu corpo, Valentina pede para que ponha um pouco de protetor nas costas dela, e depois ela faz o mesmo comigo e nos deitamos para pegar sol.
É a primeira vez que fico de biquíni na frente de Ruggero desde que crescemos, é a primeira vez que pego sol nessa posição, ponho os óculos escuros que me deu Valentina e percebo o olhar de um dos amigos de Ruggero sobre mim, ele dar uma tapa no pescoço do amigo e isso me faz, prender o riso, Valentina pede umas bebidas pra gente e quando o garçom chega Ruggero dar um pulo pegando o copo da minha mão.
- Ah me devolve o copo Ruggero deixa de besteira.
- Você não está acostumada a isso.
- Eu bebi ontem e gostei me devolve. Ordeno.
- Deixa a garota beber cara. O garoto que estava de olho em mim fala.
- Fica na tua Sebas. Ruggero rebate.
- Se você não devolver eu vou até o bar. Falo.
- Kah. Valentina me chama e estende um dos copos.
- Deixa ele beber aquela tem mais aqui. Mordo o lábio sorrindo e vou até ela, seguro o copo e levanto em sua direção.
- Saúde. Falo sorrindo debochada e viro tudo de uma vez.
Ruggero fica indignado comigo, mas seu humor piora quando o telefone toca e ele se afasta para atender.
- Kah quer ir a uma festa comigo hoje?
- Festa de novo?
- Dessa vez é mais por apoio moral, meu pai está dando uma festa e só tem velhotes preciso de companhia.
- Ah claro tem bebida de graça, eu vou.
- Está aprendendo garota. Ela rir e começamos a nos vestir.

- Vocês já vão, é cedo. Um dos amigos de Ruggero fala.
- Não fofo não é, temos uma longa noite de garotas. Valentina fala piscando pra ele.
- O Ruggero? Pergunto.
- Ah ele saiu puto para atender a Cande e não voltou. Olho pra Valentina que dar de ombros.
- Avisa pra ele que já partimos. Valentina fala e tiro o celular da bolsa enviando uma mensagem pra ele.
Valentina para em uma loja para pegar o vestido dela, e vem com dois um rosa nude com um decote em renda justo até a cintura e soltinho batendo na coxa e me entrega.
- Esse é seu.
- Não posso aceitar você já me deu um lembra?
- Deixa de ser besta, você vai precisar pra hoje, prometo que vamos torrar seu cartão de crédito amanhã. Dou risada e pego o vestido, e ela me deixa em casa.
- Passo as oito pra te pegar dar um beijo na tia Moni. Sorrindo aceno já está íntima da minha mãe.

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