Parte 9

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Passei  o restante do dia resolvendo minhas coisas para a viajem, conversei com minha mãe sobre o acontecido no meu quarto e ela ficou mais calma, quando disse que me machuquei ontem e que o sangue era meu, pois é menti porque não tenho a mínima noção de quem estava comigo ontem a noite, pensei que fosse Amanda que por falar nela, mandei mensagem e liguei mais ela não me atende não sei como saber mais, Cande está mais calma, deixei ela arrumando as malas e agora estou no meu quarto fazendo as minhas.

Fecho minha bagagem e vou tomar banho, termino me seco e visto uma bermuda e uma camiseta, passo as mãos no cabelo e vou até a cozinha, peço a Mônica para fazer pipoca e volto pra sala ligo a tv e fico vendo os filmes para escolher um, olho a hora.
- Já vai assistir sem mim? Levanto a cabeça e Karol está na porta da sala, vestida com um short jeans com suas pernas torneadas de fora e bory preto com um decote v, seus cabelos embolados em um coque e não usa óculos.
- Até que enfim, já ia escolher o filme. Falo rápido desviando o olhar dela.
- Onde estão seus óculos, depois reclama que não está vendo nada.
- No quarto vou dar um descanso a ele, estou usando lentes.
- Lentes? Wow Foi a Valentina que fez isso?
- Não foi eu, cansei dos óculos.
Ela fala e se senta ao meu lado dobrando as pernas no sofá e engulo em seco, estou mesmo babando as pernas da minha amiga.
Karol escolhe um filme de ação e ficamos comentando algumas vezes as cenas, ela rir das cenas idiotas e a observo.
Quando o filme termina.
- Vou sentir falta disso.
- eu também, mas podemos nos falar todos os dias temos internet pra isso. Ela diz.
- Então quando eu ligar é para me atender.
- Sim senhor. Ela fala como um soldado.
- Kah sobre ontem..
- Rugge eu já entendi, eu sou uma irmã pra você e não quer misturar as coisas tudo bem. Ela fala ficando em pé calça os chinelos.
- Suas malas estão prontas? Faço que sim as palavras morreram.
- Eu vou dormir estou cansada.
Entendo fico em pé, ela se aproxima e beija minha bochecha, fecho os olhos tentando me controlar, mas quer saber que se foda, seguro sua cintura puxando seu corpo pra mim, Karol me olha atenta e ataco seus lábios e porra porque não fiz isso antes, não quero me arrepender agora só aproveitar o beijo, Karol envolve os braços no meu pescoço e aperto seu corpo mais no meu, sem parar o beijo, meu pulmão queima em busca de oxigênio, prendo seus lábios no dente recuperando o fôlego e volto a beija-la quando nos afastamos estamos ofegantes.
- Kah... Ela põe o dedo me silenciando.
- Não vou aguentar você pedir desculpas de novo. Ela sorrir fraco.
- Boa noite Rugge. Ela se vai e fico encarando o vazio da sala, decido ir para o meu quarto, me jogo na cama pensando em nosso beijo e no que ela me disse e na sensação que provei, merda Karol como posso ir embora assim, você deve me odiar por ser um idiota, espere então ela queria esse beijo tanto quanto eu... Suspiro e fecho meus olhos tentando dormir.

No dia seguinte minha mãe invadi meu quarto cheia de amor pra dar já que vai ficar longe do seu grande, pequeno homem não sei de onde ela tirou isso mas são suas palavras.
Não vejo Karol, Mônica disse que ela foi para a palestra na universidade, o dia passa e a noite chega e com ela a hora de embarcar, chego no aeroporto e Candelária já está me esperando com sua família que veio se despedir, mas não estou com cabeça, a única coisa que penso é que ela não se despediu de mim.

Meu pai me explica que tem uma pessoa de sua confiança esperando para me dar as chaves do apartamento e me entrega a documentação que pediram na universidade, guardo tudo e vou fazer o check in, anunciam o vôo e abraço minha mãe, depois meu pai, fecho os olhos é a primeira vez que me separo deles assim, quando abro sorrio.
- Rugge... Karol me chama sorrindo e corre, me separo do meu pai e ela se joga em meus braços.
- Vou sentir sua falta.
Ela diz e fecho os olhos controlando as batidas do meu coração, engulo em seco e beijo seu pescoço o seu cheiro entra nas minhas narinas fecho os olhos aproveitando e quando abro vejo uma marca em seu pescoço onde beijei, seu cheiro continua me deixando tonto e cenas me vêem a mente como flashs vou me separando dela com os olhos arregalados sem acreditar.
- Foi você... Ela me encara confusa.
- Era você aquela noite comigo na cama, você...eu a gente transou... Ela arregala os olhos surpresa e uma lágrima escorre por sua bochecha.
- Por isso estava tão nervosa, porque não me contou, porque... aí caralho você era... Levo as mãos a cabeça desnorteado.
- Foi por isso. Ela diz e chamam meu vôo novamente.
- Vamos Ruggero. Ouço Candelária.
- Por isso o que?
- Estão chamando você, boa viajem Rugge. Ela beija meu rosto e aponta para algo atrás de mim.
- Sabe que temos que conversar não sabe?
- Não, não temos, você tem que ir nos vemos em breve.
- Ruggero esta na hora.
- Eu...
- Rugge vai, está tudo bem.
- Porraaaa.
- Mocinho olha a boca.
- Estou nervoso mãe. Falo pegando minha mochila e olho pra Karol mais uma vez, ela sorrir e seca uma lágrima.
Abaixo a cabeça respirando fundo, minha mãe me beija mais uma vez e caminho para o portão entrego minha passagem e olho na direção dela, que está abraçada a minha mãe e faz um sinal com a cabeça me incentivando e entro no avião, encontro meu assento ao lado de Cande e me sento.
- O que você tem?
- Nada, só estou pensando.
- Em que?
- Não enche, só quero dormir um pouco.
- Aí tá bom seu grosso. Viro a cara para o lado e encosto a minha cabeça na poltrona, pego meu celular e escrevo uma mensagem.

Temos uma conversa pendente e vou cobrar..Rugge.

Simplesmente AconteceOnde histórias criam vida. Descubra agora