Parte 3

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- Ei dorminhoca. Sinto pingos de água no meu rosto e abro os olhos devagar me virando na cama, meus olhos embaçados vêem a figura de Ruggero so de toalha, eu já o tinha visto assim não é novidade, o que é novidade é o pequeno formigamento no meio das minhas pernas, e puta merda não bastava gostar dele ainda fico excitada, ele não pode tomar banho no meu banheiro e sair assim não de jeito nenhum, posso ter dezoito anos e ser virgem mais isso não quer dizer que não sei como um corpo se comporta quando se sente atraído.
Coçando os olhos bocejo disfarçando minha cara de tarada no corpo dele e tentando esconder minhas bochechas que estão vermelhas com certeza.
- Você tem banheiro porque está usando minhas toalhas seu folgado. Faço bico e ele gargalha.
- Bom dia pra você também, é só para não perder o costume.
- Chato.
- Descabelada. Faço careta e vou para o banheiro, tomo banho e Ruggero não está mais no meu quarto, me ajeito e vou comer alguma coisa tenho que passar na faculdade para entregar meus documentos.
- Bom dia mocinha dorminhoca.
- Bom dia mamãe.
- Espere já vamos almoçar, toda vez que dormem juntos acordam tarde e perdem o café. Minha mãe resmunga.
- Ficamos conversando, ele não reagiu muito bem.
- Eu já imaginava.
- Ai está você, a culpa é toda sua, sua esquisita. Candelária invadi a cozinha me acusando de sei lá do que.
- Não vai falar nada.
- Senhorita se acalme, do que está falando, do que precisa? Mamãe pergunta.
- A cínica da sua filha fez Ruggero desistir da faculdade dele.
- O que? Quando decidiu isso?
- Não se faça de desentendida porque eu liguei pra ele a noite e sei que estava com você, a mim não engana Karol sei que gosta dele e...
- Que gritaria é essa aqui? Tia Antonella aparece.
- Sogrinha...
- Candelária porque está gritando desse jeito, minha filha tenha modos não vou admitir que grite com minha família.
- Sua família, desculpa sogrinha mas eu só vejo empregados.
- Já chega, pode ir embora.
- Sogra está me expulsando?
- Estou mandando você ir pra casa. Ela bufa e sai batendo os pés.
- Que garota, não sei onde Ruggero esta com a cabeça para aguentar essa criatura. Mamãe troca um olhar comigo.
- Onde ele está tia, ele não pode desistir da faculdade assim.
- Karol eu já lavei minhas mãos o Bruno já falou, ele está no quarto.
Dou três toque na porta e abro, Ruggero esta sentado na frente do computador.
- Posso saber o motivo do menino rebelde desistir de tudo agora? Ele gira a cadeira e me encara.
- Não quero ir, sem você não tem graça.
- Ruggero já falamos sobre isso.
- Eu sei, e entendi mas quem não quer ir sou eu.
- Não, voce não pode fazer isso, sabe o quanto seus pais se empenharam pra isso, não pode decepciona-los.
- Eu sei...
- Então não desista, você será um grande arquiteto tenho certeza, me deixe orgulhosa. Ele vem até mim e me abraça.
- Que tal sairmos hoje, só eu e você. Me afasto e abro um sorriso amarelo dando de ombro.
- Sinto muito hoje eu não posso. Ele arquea sobrancelha.
- Vou a uma festa com uma amiga.
- Você em uma festa? Com uma amiga. Ele parece incrédulo e sorrio convencida.
- Viu só arrumei uma amiga pra ficar no seu lugar. Ele estreita os olhos e faz um bico. Gargalho.
- Sou insubstituível.
- Sabe agora que penso, você tem toda razão, ela não é tão irritante e convencida. Ele faz careta e rir.
- E onde será essa festa?
- Oh não tenho ideia.
- Karol como aceita ir a uma festa com alguém que acabou de conhecer e não sabe onde?
- Eu confio na Valentina.
- Eu vou com você.
- Nem pensar é a minha primeira festa e ainda vou te levar de penetra de jeito nenhum.
- Kah você não está acostumada só quero garantir que vai ficar bem.
- Eu vou ficar bem tenho a Valentina.
- Porque já odeio a Valentina.
- Não seja ciumento, aproveite e vá jantar com seus pais eles querem isso a muito tempo lembre-se que já viaja na próxima semana, não terá muito tempo com eles.
- Como não vou ter com você.
- Tudo bem prometo que passaremos um dia juntos satisfeito, agora tenho que ir.
- Mas já?
- Sim Ruggero já, e ligue para sua namorada ela saiu daqui uma fera, pensei que iria me matar.
- O que ela disse a você?
- Não importa já passou só ligue. Dou um beijo em sua bochecha e saiu do quarto, ando até a cozinha.
- Resolvido tia ele parou de fazer birra.
- Santa Karol, vou lá falar com ele. Ela salta do banquinho e corre.
- Você está bem com tudo isso?
- Não, mas vou ficar, estou indo deixar meus documentos e vou sair com a Valentina não me espere mamãe.
- Hum vai sair é? Não chegue muito tarde ok, e divirta-se. Pego minha bolsa e vou para a universidade deixo meus documentos e depois direto para casa da Valentina.

- Aí você veio mesmo. Valentina parecia surpresa ao me ver. Encolho os ombros.
- Confesso que repensei um milhão de vezes.
- Imaginei, vamos para o meu quarto vou te ajudar a se arrumar, ela não brincou quando disse vou te ajudar a se arrumar, primeiro fez uma maquiagem que quando olhei no espelho não era eu refletida ali, depois me veio com um vestido preto com alças quadrada e o decote era apenas o contorno dos seios nada vulgar mas bem colado desenhando meu corpo no qual eu morria de vergonha.
- Valentina eu não consigo sair assim.
- Faz um esforço Kah, está tão linda vai.
- Tem certeza, não me vejo assim.
- Eu vejo, uma mulher muito linda e gostosa e que vai arrasar corações hoje. Abaixo a cabeça.
- Eu não sei, não estou preparada para isso.
- Kah eu sei, tá vamos devagar e quando se sentir desconfortável te levo embora.
- Promete.
- Prometo, vamos?
- Você está muito bonita. Digo.
- Obrigado amiga você também. Sorrio.
E fomos para o carro que nos deixa em uma mansão muito bonita e luxuosa.
Valentina me apresenta para alguns amigos, vamos até o bar e ela pede duas bebidas.
- Eu nunca bebi nada alcoólico o que é?
- Uma caipirinha de maracujá você vai gostar.
- Tá bom. Provo e... Bebo novamente.
- É docinha.
- Viu não é tão ruim vai ajudar a relaxar.
- Então pega mais uma. Ela dar risada e pede mais.
- Depois de um três copos ela me arrasta para dançar, é terrível não sei dançar, certo eu fiz dança com o Ruggero quando era pequena mais isso aqui não tem nada a ver com o que aprendi.
- Ok vem cá eu te ajudo.
Ela põe as mãos na minha cintura e grudar o corpo dela no meu.
- Relaxa e segue meu movimento. E faço o que ela pede no final não é tão difícil, acabo aprendendo e estou movendo meu corpo no ritmo da música, me sinto tão livre sem amarras, sem precisar me esconder de mim mesmo, não sei porque me privei de tudo isso.
Voltamos para o bar e pedi mais um daqueles trecos lá.
Quando paramos em frente da minha casa, Valu pergunta se quero ajuda pra chegar em casa. Abano a mão que não, e ela diz que me liga amanhã.
Tiro o celular da bolsa enquanto caminho pelo jardim, são duas da manhã, ela disse que vai me ligar amanhã, ou hoje dou risada com o pensamento.

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