Parte 28

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Michel não ficou contente, mas entendeu que ainda não estou pronta para esse passo, pedir um tempo pois estava muito confusa com a volta do Ruggero.
Pior foi ver a carinha dele quando disse que precisava voltar urgente por uma conta, disse a ele que não precisava vim comigo que aproveitasse seus dias de férias mais ele insistiu e retornou comigo.
Meu celular descarregou durante a viajem e não consegui falar com ninguém, quando chegamos em casa já era noite, quando liguei o celular várias notificações aparecem, minha mãe, Antonella e Valentina tentaram falar comigo, resolvo ligar para Valentina.
- Meu Deus estou a horas tentando falar com você.
- Descarregou o celular, estou em casa.
- Como assim foi tão ruim?
- Não, Ruggero me fez voltar por conta da conta. Ela fica em silêncio.
- Valentina ainda está aí?
- Sim. Escuto quando respira fundo.
- O que está acontecendo?
- Fodeu Karol...
- Do que está falando?
- Ele descobriu Kah, ele ligou as datas com a idade de Alice e...
- Não... Não me diga isso por favor... Suplico.
- Eu queria muito está mentindo, Ruggero esta transtornado e com raiva de todos nós, até dos próprios pais que aparentemente já sabiam.
- Sim os meus também, Antonella me confessou esses dias, o que vou fazer?
- Não tenho ideia, ele só não pode colocar a culpa de tudo nos avós, só eu e você sabiamos.
- Vou procura-lo amanhã.

Não estava preparada para nada, e fiquei no chão ao sair da Pasquarelli, arrasada, Ruggero estava devastado nunca o vi assim, e saber que fui eu quem o deixou assim, me deixa pior.
Tento me recompor tenho que entregar esse contrato e participar de uma reunião.
Quando chego a noite para pegar Alice na minha mãe, ela me abraça forte e seca minhas lágrimas.
- Eu sinto muito mãe, pensei que estava fazendo o melhor mais fiz tudo errado.
- Oh meu amor, é com os erros que a gente aprende não fique assim, precisa ter forças para levantar.
- Ele não vai me perdoar nunca mãe.
- Vai meu amor, seja paciente e dê o tempo que ele precisa.
- Como foi a viajem?
- Legal, o lugar é incrível.
- E como foi Alice com Michel?
- Terrível ela não deixa ninguém se aproximar.
- Com Ruggero foi diferente.
- Talvez pela ligação, acho que de alguma maneira ela sente quem ele é. Falo.
- E você, como se sente em relação a Michel?
- Ele me pediu em casamento?
Minha mãe leva a mão cobrindo a boca.
- Você vai se casar com aquele cara?
A voz de Ruggero esbraveja pela cozinha me levanto e vejo seu maxilar travado ele está furioso.
- Ruggero...
- Não quero minha filha na companhia de outro homem Karol.
- Você não pode decidir minha vida Ruggero. Ele estreita os olhos pra mim e com o tom duro diz.
- A sua não, mais a dela sim.
- O que está querendo dizer com isso?
- Meu advogado vai entrar em contato com você.
- Sabe que não precisa de advogado Ruggero.
- Se você vai se casar eu preciso sim, não vou permitir que outro homem cresça a minha filha, já basta o tempo que eu perdi. Ele se vira pra sair e Antonella vem entrando com Alice no colo que ao vê-lo já se joga toda sorridente, ele a pega no colo e some.
- Pronto agora mais essa, estou perdida.
- É verdade o que ele disse, você vai se casar?
- Não, quer dizer não sei, eu não quero tomar uma decisão errada, já basta a que eu já fiz e olha só no que deu.
- Dê um tempo a ele Karol e tudo vai se ajeitar.
- Duvido muito ele quer resolver com advogado tia como pode se ajeitar.
- Fique calma, Ruggero não vai ficar com raiva para o resto da vida.
- E se ele quiser tirar minha filha de mim, foi isso que ele deu a entender.
- Karol você tem que se acalmar, porque não toma um banho e descansa um pouco.
- Eu queria ir pra casa. Olho para a porta e depois para elas.
- Mas não quero ir buscar Alice, acho que ele precisa desse momento com ela.
- Então fique aqui, e descanse.

Levanto e vou para o meu quarto, tomo um banho e consigo relaxar um pouco, vou até a cozinha e não encontro ninguém, pego a mamadeira da Alice que mamãe deixou pronta e subo as escadas paro em frente ao quarto de Ruggero, sem saber se bato ou entro de vez.
Dou três toques na porta e abro.
Ele está saindo do banheiro e para ao me ver, antes que ele me mande para puta que pariu pois sua cara quer me dizer exatamente isso, levanto a mamadeira para que ele veja que estou aqui por ela.
- Você dar ou quer que eu...
- Pode dar, mais quero dormir com ela hoje.
- Tudo bem. Respondo e me sento ao lado de Alice, tiro sua chupeta e ponho a mamadeira, ela mama tranquilamente.
Não arrisco olhar para Ruggero mais sei que seu olhar queima a minha pele.
- Quero que ela tenha meu sobrenome.
- Por mim tudo bem.
- E quero participar de tudo. Assinto.
Alice termina e ponho a chupeta de volta, levanto e vou para a porta.
- Você pode fazer o que quiser Ruggero esta no seu direito, só não pode tirá-la de mim.
- Seria um direito meu também, já que não sou a favor que ela cresça com um desconhecido dentro de casa.
- Ela não vai crescer com um desconhecido.
- Boa noite Karol. Ele me corta e conto até mil para não explodir.

Na manhã seguinte vou trabalhar tenho cliente pela manhã.
Paro na minha mesa e abro meus e-mails checando e um me chama atenção, abro e começo a ler, e não acredito que ele fez isso mesmo.
- Karol. Ei o que houve? Seco uma lágrima e olho para Michel que está parado na porta do meu escritório.
- Ei linda, quer me contar o que está acontecendo?
- O pai da Alice, ele marcou uma reunião com advogados pra amanhã, eu posso perder minha filha.
- Eu não vou permitir, vou te representar.
- Não acho que seja apropriado Michel.
- Eu insisto Karol não vou deixar que perca Alice você me ouviu. Assinto e abraço ele que me conforta.

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