Parte 31

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Resolvi montar um quarto pra Alice, e tirei a manhã de folga, escolhi as cores e contratei uma equipe para reformar um dos quartos de hóspedes, e fui até o shopping comprar algumas coisas, eu queria fazer isso eu mesmo.
Volto para casa na hora do almoço, estava mostrando para Mônica tudo, quando seu telefone toca.
- Oi Valu.
- Não, não falei com ela hoje, até estranhei que ela ainda não chegou para deixar Alice.
- O que está acontecendo?
- Valentina queria saber da Karol, disse que ela não atende o telefone e não apareceu a manhã inteira. Meu coração se aperta e largo tudo na cozinha.
- Onde vai Rugge?
- Na casa dela, se não está atendendo o telefone pode ter acontecido alguma coisa.
- tem razão me mantenha informada meu filho.
- Pode deixar. Beijo sua testa e saiu.

Dirijo feito um louco até o condomínio e assim que estaciono vejo Valentina saindo do seu carro, desço rápido e corro até ela.
- Aí que susto, o que está fazendo aqui? Ela pergunta.
- Estava com Mônica quando ligou.
Ela assente e entramos mais o porteiro me barra.
- Desculpe senhor não pode subir.
- Como?
- Tenho ordens da dona Karol para não deixar nenhum homem subir somente o seu pai.
- João ele está comigo. Valentina intervém.
- Porque ela faria isso?
- Não sei senhor ela apenas me pediu.
- João quem esteve aqui antes dela pedir? Valentina questiona.
- Um senhor... Seu nome espere um minuto. Ele olha no computador.
- Michel Velasquez. Meus punhos se fecham.
- Obrigado João, eu me resolvo com a Karol, ele é o Ruggero o pai da Alice, não se preocupe está tudo bem eu assumo a responsabilidade.
- Tudo bem dona Valentina.
- Não tenho ideia do que possa ter acontecido, só espero que elas estejam bem.
Não falo nada, o elevador para no andar e corremos até a porta toco a campanhia, mais Valentina tira da bolsa as chaves e destranca a porta.
- Karol... Ela chama mais está tudo escuro as cortinas estão fechadas, Valentina vai até a janela e abre eu já sigo para o corredor a porta do quarto de  Alice está aberta mais ela não está ali olho a outra porta.
- É o quarto da Karol. Giro a maçaneta mais está trancada.
- Kah sou eu abre a porta. Silêncio.
- Você não tem a chave? se não vou arrombar.
- Não espere temos uma chave reserva de todas as portas vou pegar. Ela corre até o início do corredor e abre uma porta escondida e tira uma chave de lá.
Destranca a porta e o quarto está escuro, só com a luz da tv acesa com a musiquinha de Alice, olho para a cama e as duas estão dormindo agarradas, a mamadeira de Alice está na cabeceira da cama, Alice se mexe coçando os olhinhos e levanta a cabeça quando ver Valentina, tira a chupeta da boca e fala.
- Dindin. Valentina sorrir e pega Alice no colo.
-  me aproximo e beijo o rostinho de Alice que apoia a cabeça no ombro de Valentina.
- Vou trocar ela. Assinto e me aproximo da cama sentando ao lado de Karol, seu cabelo está caído sobre seu rosto e afasto, mais percebo um mancha e levanto com tudo acendendo a luz o que faz com que Karol se assuste e se sente rapidamente ela olha ao redor procurando.
- Alice... Sussurra.
- Ela está bem, Valentina está trocando ela. Me aproximo.
- Ruggero... O que está fazendo aqui, como entrou?
- A pergunta é o que aconteceu aqui. Aponto para o seu rosto, estou sentado de frente para ela que abaixa a cabeça.
Seguro sua mão e levanto seu queixo com a outra.
- Foi aquele idiota que colocou as mãos em você, não foi? Ela tira minha mão do seu queixo e levanta.
- Por favor vá embora.
- Não, eu não vou sair daqui nem adianta me mandar embora eu não vou.
Me aproximo dela e acaricio seu rosto vendo a marca roxa.
- Foi ele não foi? Ela faz que sim e lágrimas caem dos seus olhos puxo Karol para os meus braços, ela encosta o rosto no meu peito e chora, a abraço mais forte e carrego em meus braços de volta para a cama, fico encostado na cabeceira enquanto Karol chora apoiada em mim.
Quando está mais calma, ajudo ela a ir ao banheiro para tomar banho e vou até a cozinha, encontro Valentina na sala brincando com Alice no tapete.
- Eu pedi comida, já deve está chegando, conseguiu descobrir o que aconteceu, a cadeira da Alice de comer estava quebrada e no chão.
- Aquele babaca encostou nela.
- Quem?
- O tal de Michel o advogado ele tocou na Karol. Valentina deixa Alice e corre para o quarto mais Karol já estava chegando na sala.
- Ah mais isso não vai ficar assim, eu vou acabar com ele. Karol segura sua mão.
- Não, você não vai fazer nada.
- Karol... Chamo.
- Nem você. Ela fala sério.
- Eu já resolvi e ele não vai se atrever nem olhar na minha cara.
- Não vou ficar calada Karol, meu pai vai saber disso.
- Valentina não, deixe o Michel pra lá, quero distância dele.
O interfone toca e vou atender, é a comida que Valentina pediu, e a ajudo colocar a mesa.
- Porque não me ligou. Valentina protesta.
- Queria ficar sozinha.
- Você não respondia ao telefone eu tive que vim aqui.
- Acho que foi o remédio para dor que tomei, depois que dei a mamadeira de Alice ela dormiu e eu apaguei.
Karol mal toca na comida e depois do almoço, Valentina fala para ela ir descansar.
Fico na sala com Alice enquanto as duas conversam e quando Valentina volta.
- Ela dormiu, eu vou levar Alice comigo assim ela descansa.
- Eu posso perfeitamente cuidar da minha filha. Falo irritado.
- Calma aí GQ, que tal você cuidar de outra pessoa. Ela pisca o olho pra mim.
- Sei que ainda pode está chateado com tudo, mais você a ama e ela também te ama então chega de tanto mímimi e se resolvam de uma vez.
Tenho que rir da careta que ela faz.
- A princesinha vem comigo, para o papai ter uma noite quente com a mamãe.
- Você filtra o que diz? Pergunto.
- As vezes... Quase nunca...
Ela vai até o quarto de Alice para arrumar sua bolsa e quando volta pega minha princesa no colo que se despede me dando um tchau e vai.

Guardo os brinquedos na caixinha e tiro o sapato é isso que tem que fazer Ruggero deixar de lado o orgulho.
Entro no quarto e observo Karol dormir, levanto a coberta me deitando na cama e puxo seu corpo para mim ela aconchega a cabeça no meu peito e abraço seu corpo era tudo o que eu precisava.

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