Parte 25

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Acordei e a cama estava vazia, levanto e não vejo a bolsa delas, pego meus sapatos e o paletó e chego na cozinha.
- Oh filho, não sabia que tinha dormido aí, quer um café?
- Sim obrigado, onde elas estão?
- Ah Karol já foi pra casa, ela tinha umas coisas pra arrumar antes de viajar.
- Viajar?
- Sim, o Michel a convidou não sei o lugar mais parece um chalé nas montanhas.

Não sei mais isso me incomoda mais do que imaginei, ela tem a vida dela e daí que está com esse cara.
Mas porque isso me irrita tanto e a Alice será que ela gosta dele?
- Como é a relação da Alice com ele?
Monica para o que está fazendo e se vira pra mim.
- Com o Michel?
- Sim a Karol me disse que ela não é de ir pra outras pessoas além de vocês dos meus pais e da Valentina.
- Ele não tem contato com Alice, Karol nunca permitiu que nenhum homem com quem saiu tivesse.
- E foram muitos? Até eu me surpreendi com a pergunta que me escapuliu. Monica sorrir.
- Na verdade não, Michel é o segundo, o outro não deu certo.
- E porque?
- Ele foi embora, não se envolvia sabe.
- É o pai da Alice?
- Isso o pai da Alice. Ela responde em um tom como se tivesse me recriminando e não sei se foi pela pergunta.
Resolvo subir e tomar um banho, trabalho um pouco em uma planta e nem vejo a hora passar, a noite chega, e fico pensando em Karol e Alice na verdade desde que voltei não penso em outra coisa.
- Filho.
- Oi papai se sente melhor?
- Sim muito melhor amanhã volto ao trabalho.
- Isso é ótimo, preciso de você naquele lugar fico um pouco perdido. Ele sorrir e se aproxima.
- Você está se saindo bem. Suspiro.
- Tem algo que quer me contar, por exemplo o que está passando aqui. Ele aponta para o meu coração.
- Eu não sei o que está a se passando aqui esse é o meu grande problema.
- O que é tão confuso pra você?
- Karol... Ele sorrir.
- Vocês sempre foram ligados Rugge, você a defendia com unhas e dentes, e não deixava nenhum garoto se engraçar com ela.
- Era proteção.
- Era mesmo? E quando o garoto pediu para acompanhá-la a festa da escola, vocês tinha quatorze anos e você respondeu por ela dizendo que já tinha um par e olha que você já tinha chamado uma garota, mas desmarcou em cima da hora para levar Karol.
- Eu sempre a vi como uma irmã pai.
- Isso foi o que eu disse a você filho, mais quando disse isso foi que você tivesse cuidado com ela como uma irmã, como alguém da família pois gostamos muito dela e dos seus pais, não que você fizesse isso de escudo, não mandamos aqui Ruggero ele é quem comanda.
- Não quero magoa-la de novo.
- Então entenda o que se passa no seu coração Ruggero.
- Eu não paro de pensar, na verdade desde que nos beijamos a primeira vez.
- Eu lembro você me contou, e ali já tinha percebido.
- O que?
- Que estava apaixonado, ninguém fica atordoado como você ficou com um beijo filho.
- Pai eu não estava...
- Somos muito inteligentes, mas quando se trata do coração parecemos lesmas filho eu demorei uma eternidade para admitir que amava sua mãe e quase fiquei sem ela, você consegue ver Karol com outro homem, vai ficar feliz vê-la se casando e construindo uma família.
- Se ela estiver feliz...
- A pergunta é você vai ficar feliz?
- Não.
- Então já tem sua resposta, agora é o que vai fazer, entregar os pontos ou lutar por ela. Ele aperta meu ombro e sai do meu quarto, fico pensando em suas palavras e vejo a foto na minha escrivania tínhamos dez anos foi no aniversário da Karol.
Eu sempre a amei só era idiota o bastante para não reconhecer isso.
Levanto rápido e troco de roupa, pego as chaves do carro e desço até a cozinha.
- Moni, pode me dar o endereço da Karol? Ela franze o cenho.
- Preciso muito de verdade. Ela faz que sim e escreve o endereço.
Coloco no GPS e dirijo até o condomínio, falo com o porteiro que me deixa entrar, vou até o prédio e pego elevador.
- O que está fazendo aqui?
- Sabia que acordar sozinho hoje foi horrível, não vai me convidar para entrar?
- C-claro entra, como chegou aqui?
- De carro. Sorrio com sua expressão.
- Subornei sua mãe. Escutamos a risada de Alice e ela pula do sofá, tropeçando nas pernas e corre em minha direção, me abaixo e pego no colo.
- Ei pequenina também estava com saudades. Karol desaparece e volta com pratos na mão arrumando a mesa
- Você quer jantar? Pergunto.
- Adoraria, o que você aprontou por aí? Ela faz uma cara debochada.
- Esqueceu de quem sou filha, sou uma master chefe.
- Sua mãe é, não me lembro de você ter esse dom.
- Cale a boca. Dou risada.
- Hum.. digo está muito boa.
- Confesse está maravilhosa.. falo.
- É comestível... Ela faz uma cara que seguro o riso.
- Está deliciosa, realmente muito boa.
- Alice devagar você se engasga filha. Karol fala com a filha e observo o quanto é dedicada.
- Eu vou trocar ela. Ela diz e some no corredor, tiro os pratos da mesa e levo para a cozinha encontro a máquina de lavar louça e começo a organizar os pratos quando ela aparace.
- Ah obrigado.
- Não é nada. Respondo e vejo Alice se contorcer em seus braços.
- Não mocinha você vai pra cama dormir. Seco as mãos e chego perto das duas chamando Alice para mim.
- Vem o tio coloca você na cama meu amor. Que vem para os meus braços se aconchegando em meu peito, o carinho que sinto por ela já enorme.
- Pequena traidora. Escuto Karol resmungar e entro no quarto de Alice e posso ver que aqui tem o dedo da minha mãe, ela adora decorar, as fotos espalhadas de Alice recém nascida está por todo lugar, com meus pais, os pais de Karol, Valentina e tem uma até daquele cacheado amigo delas.
Alice aponta para uma cadeira e sento balançando, a pequena não demora a dormir, coloco ela na cama e beijo sua bochecha, deixo o abajur ligado e volto para a sala, encontro Karol sentada com uma coberta nas pernas e uma taça de vinho na mão.
- Você quer?
- Não obrigado estou bem assim, o que está assistindo?
- Ah uma série policial.
- Você e a ação. Ela sorrir.
- Viu só nem tudo mudou. Ela responde e me sento ao seu lado bem perto dela mesmo passo o braço em volta do seu ombro, por um instante ela fica receosa mais então encosta a cabeça.
- Senti muito, mais muito mesmo sua falta, e não parei de pensar em você um dia se quer. Desabafo e ela fica em silêncio.
- Desculpe por ser idiota e não perceber...
- Perceber o que? Ela se afasta me encarando.
- Que eu também te amo. Sua expressão vai de surpresa a uma risada nervosa, bem essa não era bem a expressão esperada, mais estou em desvantagem com o tempo e não posso exigir nada.
Ela bebe de uma vez a taça de vinho e levanta entrando na cozinha, vou atrás dela.
- Você não vai dizer nada?
- O que quer que eu diga? Ela continua pegando sei lá o que no armário.
- Não sei, não espero que ainda me ame só queria que soubesse.
- Não acha que é um pouco tarde para me dizer algo assim.
- Não, nunca é tarde quando se ama.
- Você não pode aparecer aqui depois de anos e dizer que me ama e esperar que eu pule em seus braços Ruggero.
- Bem não esperava isso, mais se quiser...
- Não tenho tempo para gracinhas.
- Não estou brincando com você Karol.
- Acho melhor você ir embora, amanhã acordo cedo.
- Você vai viajar. Ela estreita os olhos para mim, mais depois reflete.
- Minha mãe.... Sim vou.
- Com ele, o cara que está conhecendo. Faço aspas com as mãos.
- Sim com o Michel que é alguém muito gentil e bacana e gosta de mim, e quer tentar ter uma convivência com minha filha. Me aproximo dela e seguro seus braços puxando Karol para mim que se assusta.
- Me larga Ruggero.
- Não... Olha nos meus olhos e diz que me esqueceu, que já não sente nada por mim, que não me ama mais... Ela engoli em seco e vejo uma lágrima cair dos seus olhos e solto seu braço secando a lágrima encostando minha testa na sua.
- Eu preferia te odiar, mais você sempre foi o meu melhor amigo e até para te odiar fica difícil.
- Eu sei... Mas não quero ser só seu melhor amigo eu quero você Karol.
Ela se afasta seca as lágrimas e guarda tudo.
- Sinto muito Rugge eu não sinto mais nada. Começo a rir.
- Você menti muito mal sabia, a sua sorte é que te conheço tão bem mais tão bem, que vou te dar um tempo, eu vou embora mais eu volto, mais antes...
Prendo seu corpo na geladeira com meu, e beijo sua boca com todo desespero que estava contendo todos esses anos e quando me afasto Karol está ofegante igual a mim.
- Só me promete uma coisa, não vai deixar ele encostar em você.. ela arqueia uma sobrancelha.
- Se eu não vou te tocar por enquanto, você não vai deixar que ele toque.
- Você é muito presunçoso.
- Não, quero cuidar do que é meu.
- E quem disse a você que eu sou sua? Você teve sua chance Ruggero...
A interrompo.
- E estou correndo atrás de outra, me prometa Karol.
- Não vou prometer nada... A calo com outro beijo e ela bate em peito mais logo cede.
- Prometa... Falo ofegante.
- Posso continuar... Ela se afasta rapidamente e abre a porta pra mim.
- Vá embora, não consigo lidar com você e seus Argh.
Ela resmunga fechando a cara e sorrio, ainda mexo com ela já é alguma coisa, antes de sair roubo um selinho deixando-a furiosa ela bate a porta com força e penso se não acordou Alice, agora tenho que correr contra o tempo e já tenho algo em mente.

Simplesmente AconteceOnde histórias criam vida. Descubra agora