Parte 14

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Não consegui dormir direito a noite e tudo por culpa dele, que merda.
Entramos na empresa lá perfum e nos levam direto para a sala de reuniões.

A apresentação do perfume começa, e por duas horas todos os cinco diretores falaram sobre o que queriam na campanha, fizemos uma pausa e fomos para o almoço, quando voltamos  o diretor geral expôs o que queria e então nos mostraram um vídeo.
Onde aparecia uma mulher nua, e com vários homens ao seu redor.
- O que tem de errado nessa publicidade?
Vejo Jorge pensar, e Valentina franze o cenho, pigarreio.
- A mulher nua. Falo e todos me encaram e começa um burburinho.
- Senhores é simples a questão aqui, vocês tem uma marca de perfume, o que uma mulher nua tem a ver com isso, é interessante os homens ao seu redor, mas a publicidade se baseia no perfume não no corpo exposto, o corpo ganha mais do que o perfume aqui.
- Como se chama senhorita?
- Karol Sevilla.
- Karol em todos esses anos nunca conheci alguém explicar algo tão abertamente, ser sincera isso é a verdade.
- Obrigado Senhor.
- E o que propõe? Olho para Valentina e para Jorge nos levantamos e fomos até retroprojetor, Jorge colega o computador nele e nosso projeto aparece.
- A ideia é uma mulher elegante vestida apenas com um sobretudo e uma enxarpe passeando pela cidade, e ao passar deixa seu perfume atraindo os homens. Falo.
- O intuito é que o perfume seja exalado, ela pode perder a enxarpe enquanto caminha. Valentina diz.
- E os homens todos atraídos pelo perfume. Jorge finaliza. Eles ficam em silêncio, o diretor olha para os demais fazem um aceno entre eles.
- Gostamos da ideia, quero esse portifólio bom trabalho garotos.
Nos seguramos para não gritar, e com muita cordialidade nos despedimos, saindo da empresa.
- Aí meu Deus conseguimos, paramos na frente do hotel eu e Valentina fizemos nossa dancinha maluca com as mãos e Jorge tenta nos acompanhar enquanto Angel só dava risada.
- Não sei vocês mais estou morta, quero dormir.
- Ah não quero noite do pijama precisamos. Valentina fala e Jorge estreita os olhos pra gente.
- tudo bem no meu quarto porque não quero sair da cama.
- ótimo vou pedir comida.
- Quero pizza, com muito queijo estou salivando por isso. Jorge rir e entramos em nossos quartos, tomo um banho e ponho meu pijama.

Você não me ligou, então presumo que nosso jantar melou mas não quero desculpas amanhã, vou te levar em um lugar legal chame seus amigos. Rugge.

- Depois de tudo que falamos ele ainda me manda mensagem. Reviro os olhos e vou abrir a porta, Valentina e Jorge entram e comemos a pizza, mais dispenso o vinho que Valu me oferece, ficamos conversando, não sei que horas fui dormir só sei que acordei com o celular tocando e Valentina resmungando e escutamos um bummmmm.
- Aí minhas costas ... Abro os olhos e vejo Jorge no chão. Valentina joga a cabeça pra trás gargalhando e eu caiu do mesmo jeito.
- Como foi que você caiu? Pergunto.
- E eu vou saber estava dormindo.
- Cara não sei que horas dormi.
- Você dormiu no meio do filme Karol, acho que estava muito cansada.
- Pois é ainda estou com sono.
- Credo garota levanta daí. Valentina me chama.
- Não eu quero dormir tudo que não dormir e vocês fora do meu quarto já roubaram meu espaço a noite. Eles riem da minha cara.
- A noite podemos ir em algum barzinho o que acham? Valentina fala.
- Pode ser agora tchau. E não estava brincando, um sono de outro mundo não é possível eu apaguei e quando acordei eram quatro horas da tarde, me arrastei até o banheiro tomei um banho e lavei os cabelos, enxuguei com o secador e passei a prancha para ficar bem liso, fiz uma maquiagem bem esfumada com marrom destacando a cor dos meus olhos e um delineado, caprichei na máscara de cílios  e um blash natural, passei um batom vermelho e fui me vestir, coloquei um vestido verde escuro de veludo, com alcinhas finas pretas, meia calça preta e minhas botas com salto, peguei a bolsa e sobretudo já que aqui fazia frio por ser inverno, e sai do quarto encontrando Valentina no corredor.
- Chama os bombeiros produção que a garota hoje vai colocar fogo.
- Besta, você está maravilhosa. Falo e ela se curva fazendo graça.
- Cadê o Jorge? O celular dela toca.
- Esperando a gente na recepção. Ela mostra a mensagem.
- Me encontre nesse endereço.
- Ruggero mandou uma  mensagem com um endereço, mas não sei se quero ir até ele.
- Você quer dar um basta?
- Não sei se consigo dar um basta Valentina.
- Então nós vamos até lá mostrar pra ele o que está perdendo.
- Sério isso?
- Sim e o Jorginho vai nos ajudar.
- O que tem eu?
- Vamos fazer ciúmes em um otario. Jorge franze o cenho.
- Ah vamos logo, antes que eu desista. Falo.
A van nos deixa em frente a uma boate.
- Droga tenho fobia a esses lugares.
- Manda a fobia pra puta que pariu Kah. Valentina resmunga.
- Vamos nos divertir está me ouvindo. Ela fala seria e faço que sim.

Entramos em fila no local que estava lotado, e nos aproximamos do bar, Jorge pede bebidas e eu peço uma água com gás, ele faz careta.
- Qual é vamos nos divertir.
- Não consigo beber, aquela comida no avião me deixou com o estômago revirado. Reclamo.
- Vamos dançar quero muito dançar. Falo e tiro meu sobretudo.
- Você tem uma tatuagem nas costas? Jorge pergunta, sim é minha mais nova tatuagem gostei do coração no dedo e resolvi fazer um colibri nas costas quase no pescoço. Ele afasta meu cabelo para o lado e alisa a tatuagem, escutamos alguém pigarreia atrás da gente e nos viramos dando de cara com Ruggero e dois caras com ele.
Arqueio a sobrancelha e ele olha para a mão de Jorge no meu pescoço, bem na hora nossas bebidas chegam e Jorge se afasta para pegar, o olhar de Ruggero percorre todo o meu corpo até chegar nos meus olhos, os amigos falam algo pra ele e se aproximam do bar.
- Quem é o cara? Franzo o cenho.
- Está falando comigo?
- E com quem mais eu falaria?
- Ah oi boa noite Ruggero como vai? eu estou muito bem obrigado por perguntar. Falo debochada.

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