Parte 16

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A merda foi feita, eu não resisto a ele não mesmo sou fraca, dessa vez estávamos os dois bem concientes, transamos três vezes duas na cama e uma no banheiro e se não fosse a exaustão teríamos virado a noite assim.
Mas a manhã chegou e com ela a dura realidade eu tinha que levantar tomar banho e me vestir, meu vôo sai em quatro horas e vou deixá-lo aqui, é isso foi uma despedida.
Consigo levantar e tomo um banho, quando vou sair Ruggero entra no banheiro, beija minha testa e vai tomar banho, quando ele sai estou vestida penteando os cabelos.
- O seu vôo...
- Ainda tenho três horas.
- Kah...
- Não vamos estragar o momento está bem, foi maravilhoso e está tudo bem.
- Não, não esta olha pra mim e diz que vamos continuar sendo amigos, diz pra mim Karol que não vai me ignorar.
Ele fala segurando meus ombros e abaixo a cabeça.
- Eu não me arrependo da nossa noite, mais te perder por conta de uma noite é demais pra mim.
- Você não está me perdendo por uma noite Ruggero.
- E então porque ? Respiro fundo.
- Porque eu amo você, é por isso que está me perdendo, porque eu não consigo mais fingir o que sinto, porque eu não posso te amar e ser sua amiga sem sofrer, porque eu prefiro ficar longe a me machucar, e por  isso desejo que seja feliz, que siga sua vida eu vou ficar bem e vou continuar seguindo a minha, só não me faça cobranças.
Ele está surpreso e atônito.
- Vo-voce...
- Sim Ruggero.
- Desde quando?
- Desde o primeiro beijo.
- Isso foi a...
- Sim.
- E você não me disse nada, eu te contava coisas que machucavam ouvir, porque não me falou?
- E do que iria adiantar, eu sou sua amiga e nada vai mudar, só preciso de tempo eu vou te esquecer.
Ele faz uma careta como se minhas palavras lhe causasse dor.
- Karol me perdoa por não ter percebido antes, eu poderia ter evitado que sofresse.
- Não tenho nada pra perdoar Rugge, como disse está tudo bem, me promete que vai ficar bem?
- Não posso te prometer isso?
- Pode sim e você vai.
- Eu vou me casar. Ele confessa e aquilo causa um desconforto dentro de mim que preciso me segurar na cômoda para não cair.
- Vo-voce o que?
-  Eu prometi a Cande depois da formatura, como vou me casar sabendo que você...
- Não sou eu que importa aqui, e sim o que você sente ainda não percebeu, eu tenho certeza do que sinto, e acredito que Candelária também mais e voce? Meu telefone começa a tocar e atendo.
- Oi Angel..... Ok eu já estou indo.
Fecho minha mala e pego minha bolsa.
- Se eu ficar sem responder não fique chateado estou digerindo tudo isso.
- Karol eu amo você e não queria te magoar.
- Não como eu amo você, então pra que insistir nessa conversa, estávamos tão bem, podemos deixar isso pra lá e tentar viver. Ele respira fundo e me abraça forte.
- Te vejo no natal? Ele pergunta.
- Acredito que sim.
- Só não some, me diz ao menos que está viva. Ele pede.
- Tudo bem eu prometo.
- Adeus Ruggero.
- Adeus não, até logo. Deixo ele terminando de se vestir e caminho rápido para o elevador, quando chego eles já estão entrando na van, ponho os óculos escuros e entrego a mala.

No aeroporto vou no banheiro, paro em frente a pia e vejo Valentina atrás de mim pelo espelho, desabo e ela me abraça.
- Vocês transaram de novo?
Não respondo só soluço e choro, choro tanto que não tenho forças para ficar em pé, em meio as lágrimas meu estômago revira e sinto a bile subir corro para o vaso e me abaixo vomitando, vômito tanto que acho que vou por um órgão pra fora assim.
Quando consigo ficar em pé Valentina me estende uma toalha gelada e ponho na testa tentando acalmar, ela abre a bolsa e tira de lá um comprimido.
- Para o enjôo, vai te ajudar a aliviar e conseguir dormir um pouco.
Consigo dormir o vôo inteiro, chego em casa e só quero minha cama, meu corpo inteiro dói.
- Aí que saudade de você meu amor. Mamãe me aperta em seus braços e sorrio mais uma lágrima escapa dos meus olhos.
- Oh filha o que aconteceu com você? Desato a chorar, e soluçar de novo e ela me abraça, quando consigo falar.
- Não foi nada mãe, só saudade de casa, preciso me deitar acho que peguei um resfriado estou com o corpo todo doido.
- Vou fazer um chá pra você meu amor, vai tomar um banho quentinho e deitar vai.
É o que faço ponho um pijama quentinho e me deito, pego o celular e vejo as mensagens.

- estou com você não esquece, fica bem. Valentina.

- Fiquei preocupado Karola, você estava muito tristinha não gosto de te ver assim seu sorriso ilumina nosso dia, fica bem. Jorge.

- Quando chegar me avisa. Te adoro Rugge.
- Cheguei.

É tudo que falo, minha mãe trás o chá e tenta arrancar de mim mais alguma coisa, e falha porque não consigo falar só quero dormir, e apago muito rápido.

Na manhã seguinte é uma dificuldade para levantar o sono não me deixa, mais consigo, fico pronta e respondo Valentina que está vindo me buscar, preciso de um carro chega de andar de táxi.
Chego na cozinha e encontro meus pais, abraço os dois.
- Pai, pode me levar naquela loja de carros que vimos uma vez, agora com meu estágio consigo fazer um financiamento quero um carro.
- Filha eu posso pegar pra você, te levo lá mais tarde quando voltar da faculdade pode ser?
- Pode sim.
- Aqui meu amor seu café. Faço uma careta e minha mãe se assusta, tapo o nariz e levanto correndo para o quarto entro no banheiro e fecho a porta jogo tudo o que não comi pra fora.
Que merda é essa...

- Você está bem? Minha mãe pergunta e meu pai está assustado.
- Estou bem, eu comi alguma coisa estragada no avião quando fui, vou tomar uma água de côco daqui a pouco passa.

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