Parte 29

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Sei que posso está me precipitando mais não vou pagar pra ver, Karol não me deu opções e se ela quer ficar com aquele cara, não posso fazer nada, mais não vou deixar minha filha nas mãos dele.
Por enquanto quero só acertar os detalhes e pedir a guarda compartilhada, mais se esse casamento for acontecer entrarei com o pedido da guarda total.

Deixar Alice hoje foi um grande sacrifício mais tinha uma reunião importante.
Dois toques na minha porta e falo um entre enquanto ajusto o material para apresentar ao cliente.
- Posso ou vai expulsar seu velho pai.
- Pode entrar pai.
- Então tudo certo para apresentação é a primeira vez que vai fazer isso e estou orgulhoso de você.
- Está tudo certo, só estou terminando uns últimos detalhes.
- Filho podemos conversar, eu e sua mãe estamos muito preocupados com você.
- Deveriam ter pensando isso antes não acha? Agora o resultado são só consequências.
A porta se abre num rompante.
- Mas que porra é essa?
- Nada de palavrões comigo mocinho sou sua mãe e ainda posso arrancar suas orelhas.
- Mãe estou trabalhando não pode entrar aqui assim.
- Não me interessa, agora senti aqui que vamos ter uma conversinha. Ela ordena.
- Não quero conversar.
- É mesmo? Não perguntei oh pais. Ela aponta para o meu pai e para si mesma.
- E filho agora senta esse rabo aí, deixei você ter seu tempo e fazer sua birra agora é a vez da mamãe e o papai agir como sempre foi não é?
credo parece até Alice quando quer morango ou aquele troço de música, chora até não poder mais.
De alguma maneira ela me arranca um sorriso ao falar da minha filha e me sento de frente aos dois.
- Rugge sei que erramos por não contar, mas não cabia a nós contar e sim a Karol, não estou jogando culpa nela e nem que aprovo o que fez, ela escondeu sim mais pensando em você. Papai fala.
- Quando conversamos você lembra, no último natal eu pedi para se colocar no lugar dela.
- E eu fiz, tanto que a deixei em paz mesmo que isso doesse tanto.
- Coloque-se no lugar dela, a última vez em que estiveram juntos o que você disse, só deixou ela mais quebrada ainda.
- Meu casamento.
- Quando ela descobriu ficou sem chão, Karol vivia trancada no quarto por horas e sempre triste e não sabíamos o porque e depois de cinco meses ela teve coragem de contar, a tristeza em seu olhar era evidente, quando mencionamos o pai ela sempre o defendeu dizendo que ele foi embora e que era melhor assim pois ele tinha muitos planos e um bebê só iria atrapalhar, só que em momento nenhum ela estava pensando em si mesma.
- Se ela tivesse me procurado mãe...
- Você teria largado tudo...
- Essa garota se fez em quatro Ruggero, estudando o dobro para terminar o semestre antes da neném nascer, trabalhando o dobro para ter onde morar, porque Miguel aquele cabeça dura se voltou contra ela.
- O que?
- Sim filho, se não fosse por nós ele teria mandando Karol pra rua, só que ela já havia se organizado, estava esperando a reforma do apartamento acabar e ficou com a gente por mais um tempo.
Meu pai explica e não consigo acreditar.
- Claro depois ele se arrependeu e pediu perdão a ela, e você conhece Karol, ela tem um coração que não cabe no peito.
Porque estou te contando tudo isso, para que você pese na balança, ela escondeu sim e errou, mas também se sacrificou muito e sofreu muito mais e olha o que ela nos deu com todo seu sacrifício.
- Alice é a alegria de nossas vidas e graças a Karol. Meu pai confessa todo bobo.
- Eu nunca vou poder agradece-la por tudo, fora que se dedica dia e noite, então pense bem no que vai fazer, enquanto ao casamento...
Minha mãe dar duas batidinhas na minha perna.
- Não vai acontecer.
- Como sabe disso?
- Sou Antonella meu bem, como deixei claro para Karol sua loucura com Candelária, que eu não permitiria tal coisa, digo a você Karol sempre vai ser minha princesinha e se ver que está indo pelo caminho errado puxo as orelhas dela também.
- Mas oh pense bem no que vai fazer, e dê um tempo nesse seu mau humor principalmente com ela, chega de grosserias e tratá-la mal ela não merece tudo isso.
Abaixo a cabeça tentando assimilar tudo que eles me disseram e meu pai segura minha mão.
- Só queremos o seu bem, e se você a ama lute por ela até o último minuto.
Ele fica de pé e abraça minha mãe, sempre admirei o amor que eles tinham um pelo outro.
- Pronto agora você já pode voltar a trabalhar. Mamãe fala me fazendo rir e eles abrem os braços como sempre fizeram e vou até eles abraçando.
- Nós amamos você meu amor, sempre será nosso pequenino.
- E eu amo vocês, me perdoem não queria magoa-los.
- Não nos magoou, Rugge somos seus pais e te amamos.
- Eu amo vocês. Eles são meu chão e não suportaria viver sem eles.

Trabalho até mais tranquilo e concentrado, quando vou pra casa, entro na cozinha.
- Que cheiro delicioso o que fez pra gente hoje Moni. Ela se vira pra mim sorrindo e abre os braços.
- Meu menininho que bom ouvir me chamar de Moni novamente.
- Desculpe Moni fui estúpido.
- Não querido você reagiu como um pai, e te entendo, não vou passar a mão na cabeça da minha filha por ter escondido de você, mas ela já pagou por isso, só eu sei o quanto minha menina sofreu em silêncio para não me preocupar.
- Sinto muito se fui injusto, e não percebi isso antes de ter falo mas...
- Você estava chateado Rugge é mais que normal não te julgo e não tenho nada para desculpar vem aqui me dar um abraço, senti sua falta fuçando nas minhas panelas.
- Eu também, meu estômago então nem se fala, aquela comida do restaurante não chegam perto da sua estou faminto.
- Pois se sente aí que vou colocar o seu prato.
- Onde está Alice?
- Karol veio buscá-la hoje mais cedo.

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