- Filha, está tudo bem? Minha mãe pergunta ao me ver na mesa revirando o café da manhã, faço que sim com a cabeça.
- Eu te conheço mocinha o que está acontecendo?
- Mãe posso dizer uma coisa mais não conta pra ninguém nem para o papai.
- É claro meu amor não vou contar para o seu pai nem sob tortura.
- Sabe que eu cresci né, não precisa mais falar assim não tenho mais quatro anos. Falo quando ela faz uma voz de criança.
- Eu esqueço que você agora é uma mulher feita de dezoito anos. Reviro os olhos.
- Mas me conta, é algum garoto? Encaro minha mãe surpresa.
- Sim é, mais sou invisível pra ele a muito tempo. Minha mãe parece entender o que estou falando.
- E esse garoto é muito lindo e você o conhece como ninguém? Faço que sim.
- Mãe não quero ir para Havard. Ela fica confusa.
- Desde quando entrou no ensino médio você não fala em outra coisa, porque mudou assim?
- Candelária... Ela vai, e não só para mesma universidade como vai dividir a casa com a gente, não sei se consigo, prefiro aqui, mãe por favor me ajuda? Uma lágrima cai dos meus olhos.
- Oh meu amor é claro, você não é obrigada a fazer o que não quer ok?
- Sério? Não quero decepcionar os senhores Pasquarelli eles são tão bons comigo.
- E não vai, eles só tem orgulho de você assim como eu e seu pai, me conta o que pensou em fazer posso ver como te ajudar.
- Bem eu quero tentar uma bolsa de estudos e vou fazer a prova hoje a tarde.
- Bolsa?
- Sim, desculpe não quero que eles paguem pelos meus estudos a vida inteira se eu consegui a bolsa vai ser perfeito eles vão receber o dinheiro de Havard que já gastaram quando eu pedir o cancelamento.
- Tem certeza que é isso o que quer?
- Sim mãe a Unicampus tem um curso ótimo de publicidade e propaganda é o que quero fazer.
- E o Ruggero já sabe?
- Não, e nem vai saber até eu ter o resultado da bolsa, por favor não conte.
- Tudo bem, mas sabe que ele vai ficar bem triste com isso.
- Ele vai superar, terá a namorada ao seu lado, não precisa de mim.
- Se você está dizendo.
Volto para o meu quarto e conecto a minha playlist, meus olhos param no mural de fotos em cima da minha escrivania, a maioria delas estou com Ruggero, nossos aniversários, anos escolares e viagens, a última foi em nossa formatura na escola.
- Vai ser mais difícil do que pensei.
Entro no banheiro tomo um banho, pego uma calça jeans simples e uma camisa de botão, azul folgada e ponho um cassaco em cima, penteio meus cabelos e faço uma trança, passo um gloss e procuro por meus óculos, ajeito tudo em minha bolsa e pego meu celular, dou um beijo em dona Mônica e saiu de casa, quando estou passando pelo jardim escuto vozes e barulho de água, paro ao ver Ruggero e Candelária se beijando na piscina.
- Caminha Karol, caminha.
Eu tenho que parar de nutri esse sentimento só me faz mal que merda.Depois do beijo a três anos atrás, não vim pra casa com Ruggero, mandei mensagem avisando que tinha esquecido minha última aula e que ele fosse embora, peguei ônibus e fui pra casa me tranquei no meu quarto e a noite quando a casa estava em silêncio ele deu três toques na porta era nosso código secreto.
Com um pote de sorvete e duas colheres, comemos em silêncio.
- Kah quero me desculpar por hoje, não devia ter beijado você, foi só porque aquele idiota iria ficar torrando a minha paciência.
- Está tudo bem.
- Não, não está, não podia fazer isso com você é minha irmãzinha eu tenho que te proteger não te atacar.
- Não sou sua irmã Ruggero, somos amigos e não preciso de proteção, acho que esqueceu que temos a mesma idade e crescemos.
- Eu cresci você não, continua do mesmo tamanho. Dou um tapa em sua mão.
- Chato. Dou língua pra ele.
- É sério, desculpa.
- Não tenho que desculpar Ruggero foi só um beijo. Era o que minha mente estava repetindo na minha cabeça.
- Foi, só não quero que isso estrague nossa amizade.
- Não vai, fica tranquilo.
- Sabe eu conheci uma garota, ela é nova na escola. Reviro os olhos.
- Você já pegou?
- Não, sei lá ela é diferente.
- Se está dizendo.
- Voce vai gostar dela, acho que podem se dar bem.
- Porque?
- Porque estou pensando em namorar com ela e quero que minha melhor amiga, seja amiga da minha namorada também.
- Rugge não é assim como você quer, ela deve ser ciumenta igual as outras, é melhor eu ficar na minha.
- Não Kah, eu preciso de você na minha vida, lembra somos Karol e Ruggero pra sempre.
- Não temos mais cinco anos Rugge, sabe que uma hora vai seguir seu caminho sem mim.
- Espero que não chegue nunca.Respiro fundo voltando a realidade e pego um táxi até a a Unicampus onde vou fazer a prova, no caminho dentro do carro peço o cancelamento da minha matrícula na Harvard sei que logo logo os senhores Pasquarelli vão receber uma notificação.
Pago o táxi e entro no campus, peço informação na secretaria e me direcionam para a sala, cumprimento o auxiliar de classe e entrego meu documento.
Sento com a prova em mãos e começo a responder.Três horas depois entrego minha prova e vou para a saída, procuro meu celular na bolsa e acabo trombando em alguém uma pasta cai no chão e me abaixo para pegar, e entrego para...
Uma garota loira sorridente dos olhos azuis brilhantes.
- Oi. Ela diz.
- Desculpe é ...oi desculpe eu sou bem desastrada.
- Não foi nada.
- Foi sim me...me desculpe eu...
- Ei calma, está tudo bem.
- Sério?
- Sim porque não estaria, eu também estava distraída.
- Bom mas me desculpe mesmo assim.
- Só se você me desculpar também.
- Eu..
- Sim, você estuda aqui? Pode me ajudar a chegar na secretaria?
- Não... Quer dizer, eu não estudo mais posso te ajudar eu fui lá mais cedo.
- Ótimo vamos lá então. Ela engancha seu braço no meu.
- Sou Valentina muito prazer mais pode me chamar de Valu meus amigos me chamam assim.
- Eu.. é sou a Karol.
- Combina com você, então Karol o que faz no campus?
- Eu estou tentando a bolsa integral, acabei de fazer a prova.
- Entendi, gostei de você quem sabe não possa te ajudar.
- Não se preocupe, não quero te atrapalhar.
-Kah, posso te chamar assim?
- Po-pode...
- Você está nervosa ou é impressão minha?
- Si-sim, não.
- Ah a secretária. Ela me arrasta para entrar com ela.
- Olá me chamo Valentina Zenere o diretor está me esperando.
- Sim senhorita Zenere vou avisar que está aqui.
- Pode entrar. A secretária fala.
- Vamos Karol.
- Valentina é acho melhor eu ficar aqui.
- Não senhora vamos. Ela me arrasta para a sala do diretor.
- Olá titio.
- Minha coelhinha, que saudade. Um homem de cabelos grisalhos abraça a loira.
- Trouxe todos os documentos que pediu.
- Ótimo vou pedir a Lívia que coloque na pasta de matrículas e sua amiga quem é?
- Tio essa é Karol, minha melhor amiga.
- Muito prazer Karol.
- Tio, Karol acabou de fazer a prova para bolsa integral. Ele me olha curioso.
- Onde estudou Karol?
- No manrathan.
- Um ótimo colégio.
- Tenho certeza que pode fazer algo por ela não pode tio? Eu não quero ficar sem minha amiga plis...
Ela faz bico e o diretor ou seja seu tio se derrete.
- Claro que sim, espere um minuto, Lúcia pode me trazer as provas para a bolsa. Lucia entra com uma pilha de papel em mãos.
- Seu sobrenome Karol..
- Sevilla. O diretor encontra minha prova e olha no computador depois assina alguma coisa e me estende a folha.
- Aí tem um email para entregar os documentos, mais traga e entregue a Lúcia, certo Lu.
- Sim senhor, pode deixar comigo aqui na secretaria Karol vou confirmar sua inscrição.
- Ah é obrigado de verdade muito obrigado.
- Obrigado titio. Ela dar um beijo no rosto do tio e nos despedimos.
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Simplesmente Acontece
Fiksi PenggemarSe tem problemas em ler clichê, não adicione em sua biblioteca, pois essa é uma dessas histórias bem clichê, mas se você é como eu que adora uma história de amor seja bem vinda a vida de Karol, adiciona aí e espero que curta cada capítulo.