Parte 8

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Ruggero.

Que porra eu só faço merda, desde que beijei Karol naquela brincadeira, que venho reprimindo meus instintos.
Karol é minha melhor amiga, minha irmã nos conhecemos desde os cinco anos, crescemos juntos como irmãos foi sempre um pelo outro, claro ela cobre mais o meu lado do que o contrário, porque Karol não é como as garotas comuns ela é doce, delicada, tímida e tem um coração enorme e eu bem eu sou um grande babaca mas não quero magoa-la, não me perdoaria nunca se isso acontecesse, só que quando nos beijamos senti algo diferente e os lábios dela são tão macios e o beijo tão gostoso que vivo com ele na minha cabeça.
O problema é que Karol resolveu deixar de lado um pouco da timidez e começou a curtir a vida e eu não estava pronto para isso, principalmente com ela andando por aí em um mini vestido, porra eu sou seu melhor amigo mais antes disso sou homem e não sou de ferro, nunca tinha olhado pra Karol dessa forma, mesmo depois do beijo, e agora não consigo tirar os olhos dela, do corpo dela, das pernas dela, da bunda dela, dos seios caralho Ruggero.
Na praia pensei que teria um infarto quando ela ficou de biquíni na minha frente, a última vez que Karol ficou assim tínhamos doze anos fora a noite em que estava bêbada e tirou a roupa, precisei sair do quarto rápido ou poderia fazer besteira e já estava fazendo a poucos minutos atrás, quando entrei em seu quarto e ela estava perfeitamente sexy, e quase deixei que o desejo ordinário que tenho nela tomasse conta, mas ouvir que ela também queria isso foi demais pra mim, meu pai sempre pegou no meu pé em relação a Karol.
- Ela não é o tipo de garota que você pega por aí, tenha cuidado com ela ou acabo com você.
Poderia ter crescido com ciúmes da Karol, por meus pais gostarem dela como uma filha, mas não tenho, porque sinto o mesmo, só que não posso fechar os olhos mesmo querendo.
Meu celular toca e o nome de Cande aparece na tela, ela está me enchendo o saco o dia todo, não sei porque não termino a porra desse namoro, não consigo ser fiel mesmo.
Não respondo e ela me manda uma mensagem atrás da outra, me irritando mais ainda, decido sair se ficar aqui vou explodir, de um lado Karol e seu surto que me deixou muito surpreso e do outro Candelária.

Cheguei no barzinho de sempre e já pedi logo um whisky duplo.
- Sozinho gato.
- Na verdade não, você chegou, traz uma bebida para minha acompanhante.
Amanda descobrir seu nome enquanto conversávamos, é estudante de psicologia e tem vinte um anos, baixinha cabelos castanhos e olhos verdes a perfeita cópia de Karol se fosse tímida, mas não é Amanda além de não ter vergonha de falar o que pensa é safada, rolou uns amassos, enquanto estávamos bebendo, nem sei o quanto bebi.
- Ei Rugge já chega por hoje, vou chamar um táxi pra você. Humberto o barman fala.
- Eu vou com ele. Amanda fala, mais só consigo rir, não acompanho o que eles estão dizendo.

Não sei quanto tempo levou não me lembro de ter entrado em um táxi ou como cheguei na minha cama, ou como acordei pelado, não me lembro de porra nenhuma, e o fato de minha mãe está estérica gritando nos meus ouvidos quando meu cérebro ainda não está funcionando.
- Mamma per favore Shiuuuh shiuu.
- Por favor, você me desobedece Ruggero olha isso? Eu não acredito onde está Candelária?
- Que? Me jogo de volta na cama e cubro minha cabeça com o travesseiro, escuto minha mãe falar com alguém e depois seus passos.
- Rugge... A voz de Mônica.
- Ei o que houve aqui? Tiro o travesseiro do rosto.
- Minha cabeça Moni está doendo.
- Você bebeu não é?
- Sim.
- Tá eu vou pegar um remédio enquanto você toma um banho.
Ela sai do quarto e jogo as cobertas de lado percebendo que estou nu, olho ao redor tentando entender como vim parar nu na minha cama, nunca mais bebo assim, fecho os olhos com força tentando lembrar de algo mas desisto uma hora ou outra eu lembro, então tomo uma ducha e quando saiu vejo o remédio e tomo, e minha cama que já está arrumada, me deito sem bagunçar o trabalho de Mônica.

Quando acordo me sinto muito melhor, então coloco uma camisa e vou comer alguma coisa.
- Hum essa carinha já está bem melhor, está com fome? Monica pergunta.
- Faminto. Ela beija minha testa quando me sento e sorrio, tenho um carinho enorme por eles, Mônica prepara um sanduíche pra mim.
- Moni sabe porque mamãe estava tão irritada comigo?
- Voce trouxe sua namorada pra dormir aqui Rugge, o que sua mãe já falou sobre isso.
- Mas eu não estava com a Cande.
- Então foi com outra, o que fez a noite passada?
- Não lembro direito, de onde ela tirou que Cande dormiu aqui?
- Tinha sangue no seu lençol. Franzo o cenho.
- Sua mãe acha que é menstruação, você não está machucado não é?
- Não, e Candelária não dormiu comigo, e não está naqueles dias.
- Então você trouxe outra garota Ruggero é a única explicação, embora pra mim você tirou a virgindade dela.
- Moniiii como assim?
- O Sangue não era grosso pra ser menstruação eu conheço.
- E desde quando virou entendedora de sangue. Ela rir.
- Eu sei meu bem, só procure lembrar, deve ter alguma garota esperando um telefonema seu.
- Droga. Esfrego o rosto frustrado.
- Karol saiu? Pergunto.
- Não acabou de chegar, ela dormiu na Valentina.
- Na doida?
- Não fale assim, é uma garota maravilhosa.
- Sei... Levanto e vou até o quarto de Karol dou três toques na porta mas não escuto nada abro e entro me encosto na soleira e admiro a garota a minha frente, Karol está com fones de ouvidos escutando não sei o que, mas está dançando eu nunca há vi dançar como agora, então só observo por um tempo, e quando ela me ver arranca os fones dos ouvidos.
- O que está fazendo aqui?
- Bom dia pra você também. Me aproximo da sua cama e me jogo nela.
- Folgado. Ela resmunga e volta para o computador.
- O que está fazendo?
- Selecionando uns livross que vou precisar.
- Suas aulas só começam na semana que vem. Lembro.
- Eu sei, tenho uma palestra hoje e outra amanhã.
- Pensei que teria um tempo pra mim. Ela fica em silêncio.
- Sua mãe está mais calma? Pergunta.
- Porque está mudando de assunto?
- Não estou, temos tempo, podemos ver um filme juntos a noite.
- Ótimo. E respondendo sua pergunta, não sei ela ficou furiosa.
- Imagino..
- Você viu a garota? Pergunto.
- Eu? Karol fala um tanto nervosa.
- Porque eu?
- Só fiz uma pergunta?p
- Não, eu cheguei a pouco, o que aconteceu?
- Bebi demais, e não tenho muitas recordações de ontem. Karol parece aliviada.
- Você quer me contar alguma coisa?
- Não. Ela grita e aí tem coisa conheço bem.
- Porque está mentindo?
- Não estou mentindo, não tem nada acontecendo.
- Está mentindo de novo.
- Porque eu mentiria? Sobre o que?
- Não sei me diz você? Meu celular vibra e vejo um número desconhecido.

-Espero que tenha dormido bem lindo, foi bom te conhecer boa viajem. Amanda.

Leio a mensagem novamente e repito seu nome, Amanda, flash da noite de ontem me vêem a mente me dando a certeza de que era Amanda que estava comigo mas porque não estou tão convencido.

-Dormi como uma pedra gata, você deve ter acabado comigo.
- Se não tivesse bebido tanto talvez eu teria mesmo, o importante é que conseguiu chegar na cama sem cair...
- Como assim? Não foi você que estava comigo na cama?
- Não gato não era eu que pena, desculpe tenho que ir agora beijinhos.
Que porra é essa.

- Candelária te enchendo? Karol pergunta.
- Não é a garota de ontem a noite.
- A- ga-ro-ta de on-tem? Ela gagueja, levanto e vou até ela girando a cadeira ela me encara e estreito os olhos.
- Que porra você tem?
- Na-na-da. Então a voz de Mônica invade meus pensamentos.
Você tirou a virgindade de alguém.
Não, porra não é possível.
- Onde passou a noite, melhor em que cama você dormiu?
- Na- na... Ela pigarreia. - Na cama com a Valentina, no quarto dela porque estou sendo interrogada agora?
- Porque você está mentindo e gaguejando.
- Não estou mentindo... Ela para de falar quando a porta do quarto se abre e Valentina entra.
- A mais bonita esta entrando. Reviro os olhos.
- Vim te buscar lindona, nossa palestra começa em meia hora, ah e trouxe seu telefone você esqueceu em cima da minha cômoda.
- Ah obrigado, imaginei que tinha esquecido no seu quarto. Karol fala olhando pra Valentina.
- Então GQ, pronto para mudar?
- Vai me chamar assim agora?
- Você está adorando admita? Dou risada negando.
- Sua amiga me abandonou então vou ter que me virar sozinho na mudança.
- Já se questionou o porque ela te abandonou?
- Valentinaaaaaa. Karol repreende.
- Ops.. te espero lá fora vou roubar os pãezinhos que a tia Moni está fazendo. Ela sai do quarto e fico sem entender.
- O que ela quis dizer?
- Ela é doida não liga pra ela. Karol solta o cabelo, e entra no banheiro e quando sai está maquiada coisa que não é costume dela, e só agora reparei em sua calça jeans colada e uma camiseta preta, ela põe a bolsa atravessada no ombro.
- Estou saindo nos vemos mais tarde?
- Sim, não me dê bolo estarei esperando. Ela sorrir e beija minha bochecha.
Porque tenho a sensação que está escondendo algo e que eu sei o que é só não lembro.

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