Simplesmente Acontece

Parte 30

Terminei com último cliente e fui correndo buscar minha filha estava com saudade dela e queria ficar grudadinha.
Coloco Alice para dormir na minha cama, e quando estou pronta para entrar no banheiro o interfone toca e vou atender.
- Pode deixar subir seu João.
Michel aqui estranho, abro a porta.
- Oi linda. Ele se aproxima e planta um beijo nos meus lábios, ok vou precisar dizer a ele que não temos nada, mais como? não quero magoa-lo.
- Onde está nossa pequena?
Nossa?
- Eh.. hum está dormindo, você não me avisou que vinha eu...
- Não se preocupe só passei para ver como estavam e te dar um beijo.
- Há.
- Amanhã temos a tal reunião com o advogado lembra? Ele lembra.
- Sim, não sei o que pensar. Me sento no sofá e Michel me acompanha e me abraça de lado.
- Vai dar tudo certo não se preocupe.
- Obrigado de verdade.
- Não precisa agradecer, faria qualquer coisa por vocês.
Encaro seus olhos e ele se aproxima me beijando pede passagem com a língua e vai deitando meu corpo no sofá, quando sua mão desce do meu rosto pelo meu corpo levanto rápido e me afasto um pouco.
- O que aconteceu, eu te machuquei?
- Não você não fez nada, eu não estou muito bem com tudo isso, desculpe.
- Tudo bem meu amor eu te entendo. Ele beija minha testa.
- Bem eu já vou, encontro você no advogado me manda o endereço.
- Sim até amanhã.
Acompanho até a porta e ele volta para me dar um selinho e vai embora.

Acordar é maneira de falar nem dormir, apavorada que Ruggero peça a guarda de Alice, não vou sobreviver sem ela.
Me arrumo e Valentina aparece para ficar com Ali e depois a leva para minha mãe, coloco o endereço no GPS e quando chego em frente ao prédio percebo que seu advogado é nada mais nada menos que Mike, porque não olhei o endereço antes.

- Olá Karol como vai? Mike pergunta.
- Já estive dias melhores. Avisto Michel que fecha cara quando vê Mike.
- Michel oi, este é Michael o advogado de Ruggero e um amigo meu, que ironia. Mike rir e encara Michel.
- Já nos conhecemos. Mike fala.
- Sim. Michel faz cara feia.
- Ok.
- Vamos meu cliente já está esperando. Seguimos Mike até uma sala e quando entro Ruggero esta sentado tomando um café. Trocamos um olhar e seu maxilar trava quando vê Michel.
- Você? Michel questiona e segura meu braço me puxando para o canto.
- Não me disse que era o seu amigo de infância o pai de Alice. Fala em um tom arrogante e respondo seca.
- Você não perguntou. Digo incomodada com seu tom e seu aperto no meu braço, quando olho pra frente Ruggero esta com os olhos no meu braço que está sendo segurado por Michel. Pigarreio olhando para Michel e ele solta meu braço.
- Bom senhores, sentem-se isso aqui não é uma audiência e sim uma reunião amigável.
- Bom aqui está, o que meu cliente pede a respeito da menor Alice Sevilla. Mike passa um documento para Michel que está lendo.
- Registrar a menor com seu sobrenome, assumir suas despesas e a guarda compartilhada.
Meu coração relaxa, ele não quer toma-la de mim só quer ter um momento com a filha.
- Não aceitamos. Michel fala e arregalo os olhos.
- O que? Michel....
- Não podemos aceitar isso Karol.
- Como não? Desculpem me dêem um minuto por favor, Michel vem comigo. Saiu da sala e ele me segue.
- O que está fazendo?
- Pensando em nós, quando te pedir em casamento foi de verdade e quero ser o pai de Alice não posso permitir que ele chegue agora e queira registra-la, muito menos ter direito a guarda compartilhada.
- Ele é o pai dela, não sei se isso está claro pra você, e eu ainda não aceitei me casar. Ele me encara furioso mais não me detenho.
- Você disse que iria me ajudar, e não quero entrar em guerra com Ruggero por Alice, ele quer o que tem direito e não vou colocar barreiras para isso, eu sou a errada na história, ele não sabia da existência dela e agora que sabe só quer passar um tempo ao lado da filha e não vou tirar isso dele, se não for pra me ajudar então não atrapalhe.
Vou para passar por ele que segura meu braço com força novamente e isso já está me deixando possessa.
- Solte o meu braço. Falo ríspida.
- Desculpe linda eu não queria chatear você eu só pensei...
- Olha tudo bem Michel você veio aqui na maior boa vontade, mais eu sou a mãe de Alice e sei o que é melhor para minha filha, mesmo assim obrigado por vim, mas eu me viro sozinha.
Ele arregala os olhos.
- Você não está falando sério?
- Sim estou, nos vemos mais tarde.
- Tudo bem. Ele se dar por vencido mais antes segura meu braço novamente e me puxa pra ele plantando um beijo nos meus lábios me pegando totalmente de surpresa e sei que todos na sala assistiram a cena porque é tudo vidro aqui, um buraco, cadê um buraco para colocar minha cabeça, ele vai embora e respiro fundo voltando a sala, me sento.
- Onde eu assino Mike? Pergunto.
- Está tudo bem? Ruggero pela primeira vez fala. Só aceno um sim com a cabeça e Mike mostra onde tenho que assinar.
- Os dias vocês tem que entrar em um acordo, e as despesas Karol o Ruggero vai depositar na sua conta uma quantia todo mês. Respiro fundo e olho para Ruggero.
- Acho que podemos dividir, ela também é minha filha e eu já sustento ela sozinha.
- Por isso mesmo acho que tenho o dever de fazer isso, você já tem as despesas de casa para se preocupar eu não.
- Tudo bem, enquanto os dias só tenho uma exigência a fazer as quartas, ele arqueia a sobrancelha.
- É o dia da Valentina, toda quarta ela fica com Alice desde quando nasceu não queria tirar isso dela.
- Por mim tudo bem.
- O resto ela está sempre na sua casa mesmo por conta da minha mãe e da sua elas nunca permitiram que Alice fosse para creche, paguei três meses e Alice não foi nenhum.
- Elas sabem ser bem duronas quando querem.
- Pois é, só com a gente né, porque com a neta. Reviro os olhos.
- Bem se não tenho mais nada para assinar e você não tem mais nenhuma exigência, eu já vou.
- Mike, foi bom revê-lo.
- Para mim também Karol. Me viro e saiu da sala, estou para entrar no carro quando escuto meu nome.
- Karol espere. Paro com a mão na porta do carro aberta.
- Esqueci alguma coisa? Pergunto.
- Não... Eu só... porra aquele cara, ele estava machucando você. Ele diz.
- Acho que isso é um assunto meu Ruggero.
- Sim você tem razão.
- Olha agradeço por não querer tirá-la de mim.
- Eu jamais faria isso.
- Não foi o que disse.
- Eu sei, estava com raiva, e peço perdão pelo que falei no calor do momento.
Fico surpresa.
- Tudo bem eu entendo, bom até mais Ruggero.
- Até Karol.

A noite estava preparando o jantar, Alice estava na cadeira esperando e assistindo tv quando minha campanhia toca, e paro para atender.
Michel invadi meu apartamento já me beijando com uma furia e não consigo para-lo, ele aperta meu corpo no dele.
- Michel para, você está me machucando.
- Relaxa.. ele beija meu pescoço e sobe a mão apertando meu seio.
- Michel pare... Só pare.. grito. E ele me encara e se afasta um pouco.
- O que? Não está bem?
- Minha filha está na sala em primeiro lugar, segundo eu não te dei essa liberdade. Ele rir.
- Vai bancar a santinha agora Karol, está me negando a quanto tempo?
- Você ficou maluco, porque está agindo assim?
- Pensa que eu não vi a troca de olhar entre você e seu amiguinho, está dando pra ele não é? Por isso sempre me nega é com ele que está dormindo.
- Vá embora Michel, saia da minha casa, eu me enganei com você.
Ele se aproxima e agarra os meus dois braços com força.
- Me largue está me machucando.
- Você não passa de uma vadia, se faz de boa moça mas não vale nada, eu me enganei você, não serve para casar é só uma boa diversão.
- Você é babaca, cretino filho da puta.
- Repete cadela.
- Filho da pu... Ele não deixa eu terminar e tudo acontece muito rápido, ele me dar um tapa estado no rosto que perco o equilíbrio virando a cadeira de Alice que está bem atrás de mim, meu corpo vai de encontro ao piso num baque e sinto o gosto de ferro, e Alice grita, passo a mão na boca e o sangue escorre, me arrasto até a cadeira sentindo meu corpo doer e tiro Alice da cadeira olhando todo o seu corpo para ver se ela tinha se machucado, acolhendo-a em meus braços e ela se acalma, foi só o susto ainda bem que ela estava amarrada, pego seu amiguinho Joy e coloco em seus braços ela se senta no tapete e com muito custo consigo me levantar, lanço um olhar mortal para Michel que está parado na porta esfregando as mãos na cabeça como se estivesse nervoso.
- Fora da minha casa, esqueça que eu existo.
- Kah me perdoa, me perdoa eu não queria te machucar eu perdi a cabeça me perdoa.
- Kah é o caralho saia daqui agora ou vou dar uma queixa sua, esqueça que eu existo Michel, quando estiver na empresa não me dirija nem mesmo o olhar, ou eu juro que acabo com você, eu sou uma boa moça sim ao contrário do que você pensa, mais quando eu quero ser ruim eu viro o diabo e o que fez aqui hoje eu nunca vou te perdoar, nunca.
- Por favor Karol...
- Minha filha poderia ter se machucado, eu nunca trouxe homem algum para minha casa por proteção a Alice e no momento em que deixei você entrar pensei que seria diferente mais foi o maior erro da minha vida e isso não vai se repetir, eu te disse minha filha vem em primeiro lugar na minha vida e se um filho da puta como você tenta fazer qualquer coisa que posso machuca-la eu não respondo por mim, então seja homem e vá embora.

Ele dar um passo em minha direção, mas passo por ele, segurando a porta e ele sai, pego o interfone.
- Dona Karol, posso ajudar?
- Sim, seu João o único homem que tem acesso ao meu apartamento é o meu pai mais ninguém.
- Seu pai, certo.
- Obrigado.