POV LOUISE:
Frio. Arvores. O som oco da floresta silenciosa. Estava sozinha… Deveria estar…
Seus olhos sanguinários me observava famintos. Dentes arreganhados, rosnando baixo e ameaçadores. O lobo preto, enorme estava a menos de dez metros de distância de mim. Sua pelugem estava suja, de vermelho. De sangue. Ele me observava, observava sua mais nova vitima.
Lambeu os dentes afiados e os caninos brancos ficando depostos. Ele estava com fome, e eu era sua próxima refeição.
Então ele atacou. Eu corri.
Os galhos das arvores rasgavam meus braços deixando marcas, mas eu não podia parar de correr, meu coração doía, mas eu não podia parar de correr, ele estava a poucos centímetros atrás de mim, porém eu não podia parar. Acabo não vendo um tronco no chão, meu pé se agarra no galho, caio, um gruido de dor saí da minha garganta.
Um rosnado me faz tentar fodidamente levantar e lutar pela minha vida, mas antes que eu consiga realizar qualquer movimento ele me abocanha. Grito. Chuto seu focinho que agora estava manchado com meu sangue, levanto em disparada, correndo frenéticamente sem rumo, meu calcanhar lateja. Penso que não dá pra ficar pior, mas logo amaldiçoo minhas palavras ao deparar-me com uma muralha enorme de pedras, não tenho para onde correr, esse será o meu fim.
Sinto minha respiração oscilar, fecho os olhos para que o meu fim chegue mais rápido, para que a dor seja suportável, seus passos são leves, como se bailace em uma corda bamba e sua única miragem para se manter em equilíbrio fosse a minha respiração descompassada, que estava em um ritmo agitado como se meu coração queresse sair, e se proteger por conta própria.
Preciso. Sair. Daqui.
Num segundo tenho a certeza: agora ele vai me matar.
Surpreendo-me quando algo afaga meu rosto, não me permito abrir os olhos, temendo ser a última visão que teria, a fera copulava cada centímetro de minha face, seu toque queimava, ardia, bronzeava. Ainda sim, eu permanecia de olhos fechados, alcançando o ápice de minha curiosidade, lutei bravamente contra qualquer desejo, sucumbi todos os meus instintos, contudo não pude ter o desprazer de não ouvir sua voz, o som carregava um sotaque britânico, ou algo assim, sua voz rouca e maléfica, me fazendo ficar anestesiada com sua doce e horrenda, melodiosa voz.
(…)Ouço água caindo em algum lugar. Sequer me movo.
Abro meus olhos, tendo a consciência de que tudo não havia se passado de um pesadelo. Observo ao meu redor, vejo que ainda me encontrava na clínica, o moreno me olhava de uma forma que era visível saber até meu maior pecado já cometido. Não digo uma palavra sequer, ele também não fala, permanecia imóvel como se estivesse focando em alguma coisa, ou melhor em uma pessoa. Em mim.
_Deaton? -ele parece despertar do seu transe, o doutor me olha com um ponto de interrogação no meio da testa, o que me faz prosseguir: -Todos, estão bem? Jennifer ela… -sou interrompida por alguém.
_Esta morta, havíamos deixado o corpo dela no galpão, mas quando voltamos, ela não estava mais lá.
_Deucalion? -o veterinário pergunta.
_Poupamos a sua vida. -Scott me olha com cara de quem quer pedir algo, mesmo eu já sabendo que ele queria ficar a sós com Deaton, não deixo que ele peça, apenas invento qualquer coisa e saio, apesar de que eu realmente precisava de um banho, eu estava fedendo…
______________________Dia seguinte:
Ouço o barulho estridente do toque do aparelho ao meu lado, acordo em um sobressaltos, ao pensar que poderia ser uma ligação do Salvatore, mas não havia nada, só ó despertador me avisando que haveria mais um dia de aula. Levanto-me com preguiça, e tento me concentrar em conseguir ir para o colégio. Porém descido fazer um caminho diferente.
Estou no meu lugar de sempre, no fundo do refeitório, meu copo de suco na mão, enquanto observo ao meu redor, bem, eu estava a quase dez minutos tentando juntar as palavras certas para fazer uma despedida, porém, nada vinha.
E agora sentada nesse banco da escola, penso, como eu iria ir embora? Era a primeira cidade que haviam me aceitado, e eu os abandonaria mais cedo que o previsto, contudo eu precisava saber como Damon estava, pois já se passava algumas semanas que o mesmo não retornava minhas ligações, sempre caía na caixa postal quando eu tentava amenizar a minha saudade e preocupação, mesmo assim, eu só a aumentava cada vez mais.
Observava minha alcatéia adentrar o local em que eu estava, seus olhos brilhavam de forma radiante, seus risos eram ecoados por todo o ambiente, logo me avistam, eles se aproximam se sentando na mesa, sorrio meio triste, não queria deixá-los, mas era um escolha complicada demais.
_Vamos Loló, sorria, não é todo dia que a gente salva a cidade. -Stiles fala debochado, o que me arranca um sorriso.
_Eu estou indo embora, preciso saber o que aconteceu com meu amigo, e não sei se voltarei para Beacon Hills. -escuto alguns suspirarem, mas logo eles entendem que eu realmente precisava ir.
_Nunca será um adeus para a gente, até por que você é da família, e a família ajuda uns aos outros.
_Eu já falei que eu odeio despedidas? Vocês são tudo que eu tenho, jamais esquecerei de vocês. -minha visão embaça dando o aviso que iria chorar.
_Não vamos chorar, por que vai ser muita maquiagem borrada -rio baixinho da Martins.
_Lidya -vejo quando a mesma é repreendida pelos amigos.
_O quê? Só disse verdade. Vou sentir sua falta Lise.
Abraço meu grupo, sinto cada um me entregar algo que jamais pude ter: amor, carinho e afeto. Eles me fizeram viver, acreditaram em mim, quando nem mesmo eu acreditei. Saio da escola indo em direção a saída, me dirijo até o estacionamento, pegando meu carro, e o ligando logo em seguida indo rumo ao meu único destino: Mistyc Falls.
___________________Oiioii meus amores💚
_Como vocês estão?💚
Bom! Vcs estão gostando da história?
Quero que saibam o quanto o voto é comentário de vocês são importantes, e espero que os deixe aí, não sejam anônimos, quero saber o que vocês estão achando do enredo skskk.
Obrigado💚🤩
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Mixtures Supernatural
FanfictionSinopse... Quando somos pequenos nós aprendemos a diferença entre o vilão e o herói, entre o bem e o mal, um salvador e uma causa perdida, más e se a diferença for em quem está contando a história... Louise Johnson é só mais uma entre tantas outras...