Sei exatamente o que fazer!

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No capítulo anterior..

A noite que normalmente era fria, se tornou insuportável. Inquieta, levantei andando para lá e para cá. Não preguei os olhos. Virei em direção ao relógio no criado mudo e era duas da manhã. Não comi o que Prim trouxera para comer, os alimentos estavam intocáveis.

Abri a porta, descia as escadas abrindo a porta da cozinha. A brisa do mar batia sobre minha pele, fui até a beirada do mar, fechei os olhos ao sentir a água gelada entre meus dedos dos pés.

De repente, sobre minha nuca os dedos frios tocara minha pele quente. O toque era gentil, era tranquilizador. Virei para ver o dono do toque, era ele. Peeta Mellark.

Cap 26

Peeta Mellark POV

Deitado na cama, já ficando agoniado. Parecia que eu estava sufocando, abraçado, esmagado por aquele tecido fino que cobria meu corpo. Passei minha mão sobre meus fios de cabelos, os meus pensamentos estavam tomados pela imagem dela, Katniss.

Sentei-me rapidamente, perguntando se algum dia irei arrancar ela dos meus pensamentos e coração. Puxei o ar com força, meus olhos ardiam com as lágrimas contidas. Caminhei sentindo a madeira um pouco gélida do piso em meus pés. Na varanda, buscava um ponto para distrair a mente.

No entanto, lá, logo ali, parada sobre a orla, seus cabelos sobrevoavam os ombros. Poderia sentir aqueles fios deslizando sobre meus dedos enquanto me preparava para beija-la ferozmente.

Com os passos desesperados, descia as escadas rapidamente. Não podia deixar passar essa oportunidade de ficar a sós com ela. Meus dedos dos pés eram preenchidos com as partículas de areia. Caminhei lentamente em sua direção, meus olhos admirava a mulher a minha frente. Era ainda mais linda a luz do luar. Me atrevi a tocar sua nuca a assim que cheguei perto, sua pele quente se contraiu ao sentir meu toque e eu, uma corrente elétrica sobre o meu.

Katniss virara para ver quem a tocava daquele jeito tão íntimo. Seus olhos refletiam amor e ao mesmo tempo medo? Aquilo me assustou, ela estava.. engoli seco no mesmo segundo, retirei esses pensamentos da minha cabeça.

— Peeta?— ela chamou com a voz cansada.

A olhei analisando seus olhos cansados, segurei seu rosto.

— Meu amor — falei aproximando meu rosto do seu — Não sei o que posso fazer para te tirar daqui! — Sussurrei indignado.

— Não tem nada o que fazer. — ela falou sem emoção. Buscava em seus olhos o brilho radiante que neles haviam. Mas não encontrei, só seus olhos tristonhos.

Puxei seu braço com delicadeza, katniss me olhava com os olhos marejados. A morena se apertava com o braço livre, seu corpo juntando o tecido fino da seda a sua pele.

— Tem! Tem quer ter, Katniss. — meu pomo de Adão descia com dificuldade ao mesmo tempo que balançava minha cabeça eliminando os resíduos de pequenas lágrimas de impotência.

Abaixei o meu olhar. Katniss elevou sua mão tocando meu rosto, fazendo-me olhar sua íris.

— Peeta, por favor. Quero que fique seguro, é a única coisa que quero nesse momento— ,ela sussurrou com a voz falha — Eu.. — ela pausou, podia sentir a angústia que se instalava em seu ser.

A puxei para um abraço forte, ouvia ela chorar baixinho no meu peito. Sentei com ela na areia deixando ela ali, colocando tudo para fora. Ficamos ali o resto da madrugada, katniss sobre meu peito respirando mais calma. Olhavamos o amanhecer, os raios de sol batendo sobre o rosto. Comecei a imaginar como estaríamos se ela tivesse decidido fugir comigo, era uma sensação boa estar perto dela.

Ponto fraco-Jogos VorazesOnde histórias criam vida. Descubra agora