Raiva contida

239 19 21
                                    

Peeta POV

Quando senti o calor de sua pele, uma confusão se formou dentro de meu ser. Seus olhos brilhantes, a bravura que esbanjava, a autoridade e o instinto protetor que teve ao deferir um soco em um homem para proteger a sua amiga. Essa mulher é incrível!! Ao entrar novamente naquela boate, me peguei pensando em seus olhos e , em como macia era a sua pele. Magnífico.

Voltei para o local barulhento, olho em volta, as mulheres não eram nem um fio do cabelo de Katniss. Com as mãos nos bolsos, observei Finnick, ele não deixava a Anne em paz e logo segurei seu braço.

— Finn, deixe- a em paz, ela não gosta de bêbados — falei em seu ouvido — Se quiser conquistar a garota, não beba mais.

Segurei o copo e pedi para que o segurança o levasse para cima, área privada da boate. E assim, sentei-me onde estava, as mulheres na minha volta começara a deslizar suas mãos sobre os músculos escondidos. Com Katniss na cabeça, o borbulhar do meu estômago em apenas pensar nela era desconhecido, mas a sensação era muito boa. Incomodado com aquelas mulheres logo, sai de lá.

Duas da manhã, a festa estava longe de acabar, já estava de saco cheio de tudo. E foi aí que o vi, entrando todo despojado e sorridente. Levantei de onde estava e fui receber o amigo que há muito tempo que não o via. Com o sorriso largo, bati minha palma com a dele, abraçando em seguida.

— Quando chegou!!?— gritei entusiasmado para ele que não tirava o sorriso do rosto.

— Hoje — disse recebendo um copo— Quanto tempo Peeta!!! O tempo te fez muito bem — falou segurando com as mãos no meu ombro, apertando-os.

— Eu tenho que falar isso para você, porque eu era bem mais bonito que você, na verdade ainda estou — respondi sorrindo.

Gale virou o copo e ficamos colocando a conversa de muitos anos em dia. Risadas, parecíamos bêbados, no entanto estávamos longe disto. A música soava e assim o abracei quando me disse que ia se casar daqui a uma semana.

—.... E quero que seja o meu padrinho —Concluiu rindo.

— Que honra, aceito com o maior prazer —respondo desfazendo o abraço —Quando foi isso? — perguntei engolindo o líquido do meu copo.

— Estava em busca de minérios lá em um dos distritos da família, o sinal de telefone pegava de vez em quando — continuou — soube que o pai dela estava com dificuldades na empresa e fiz um acordo com ele — falou orgulhoso —Se eu pagasse todas as dividas de sua família, ele oferecida a sua filha. Me casarei com ela. — falou com o peito erguido.

Não sabia como me sentia, não fiquei nada feliz em saber.

— Gale, não vai casar por amor? —perguntei indignado.

— Amor? — ele já gargalhava alto — Não, pensa comigo, vai ser ótimo para os meus negócios — sorriu com malícia— Essa é a diferença entre você e eu, não vou pela emoção. Amor não vale a pena, pra que amor se eu posso ter o que quiser com uma boa quantia de dinheiro.. Você é o romântico, não eu. — terminou batendo nas minhas costas.

—Um dia Gale, vai se apaixonar e quero ver você dizer que o amor não existe. — Falei seco.

(...)

Parado, observando seu carro ir para longe. Refletindo sobre tudo, como chorou por seu pai ser um babaca com ela. Meus lábios ainda sentia a maciez dos seus, foi a melhor sensação do mundo. Estava fora de mim, poderia ter levado um tapa na cara por ser tão afrontoso, e pior, desrespeitoso com ela. Vê-la chorar foi a pior coisa, pior que queimar meu próprio corpo, como fiz da última vez.

Ponto fraco-Jogos VorazesOnde histórias criam vida. Descubra agora