Nada
É assim que a existência me consume
No momento em que nada surge
Nada eu, nada meu, nada nosso
Se do nada eu acordo
Do nada tenho sono
E de nada meu dia basta
Dentro da cabeça? Nada tambémO meu dia rende nada
Nada rende essa agonia
Marcas pelo corpo?
Marcas na cabeça?
Sinais de envenenamento?
Nada
Porque não fui nada ontem
E hoje também não sou nadaPoesia essa eu escrevo
Nada me basta tais palavras
Sentada no chão do banheiro
Ao meu redor?
Nada e o espelho
A figura do outro lado é feia
Nada adianta o meu nada
E deste vazio, criei asas
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Oficina do Diabo
PoetryQuanto mais rápido alguém brilha, mais rápido ela pode se queimar. Compartilho por meio desse livro minhas palavras moribundas em busca do meu significado. Ainda não sou boa, nem má, mas definitivamente sou a vilã.