A cidade cheirava a família
Tudo naquele lugar era confortável
Seja pelas pessoas dançando
Ou pelas crianças correndo na noite estrelada
Tudo para ela, era familiarComo se já tivesse pisado naquelas ruas
Sentido aquele cheiro de terra e uva
Respirando o ar do Sul
Sentindo na pele aquela sensação
E foi aí, que a vida a matouAli estava ele, parado, conversando
O mesmo homem do metrô
O mesmo homem que invadia sua mente
O mesmo homem que a fizera duvidar de tudo
O mesmo homem, o seu homemDessa vez ela o tinha visto primeiro
Ele parecia estar em todos os lugares
Na estação, na sua visão, na sua vida
Mais bonito, menos preocupado, mais feliz
Como o infinito havia nascido daquele sorriso?E mais uma vez, ele a olhou
Novamente o mundo rodou
Todos os seus sentidos se ligaram
Juramentos de amor eterno começaram
Ela queria fugir, não para longe, para eleUm minuto apenas o encarando
Com os sentimentos a flor da pele
Com o seu espírito dançando
E como se tudo aquilo não fosse o suficiente
Ele se aproximou e ela soube ali, que o esperava
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Oficina do Diabo
PoetryQuanto mais rápido alguém brilha, mais rápido ela pode se queimar. Compartilho por meio desse livro minhas palavras moribundas em busca do meu significado. Ainda não sou boa, nem má, mas definitivamente sou a vilã.