Dia de hoje fico inquieta
O mérito da contradição modifica o meu ser
Vivo hoje e agora, mas por dentro me vejo morta
A pedaços de mim por aquela sala
Físicos e psicológicos, como parasitas
Inundo a minha alma de tentações monstruosas
Aos poucos deixo-me cair sobre elasO vermelho do meu sangue vibra
Em uma eterna gritaria se acende
Corpo que tanto desprezo e torturo
Jogado, na margem da minha própria mente
Cresciam raizes de cabelos que não tive
Me puxavam, um pedido de desculpas queriam
Arrancavam cada fioDe amargura ficaram em mim
Podre por dentro grossa por fora
Rasgaram meu tórax me deixando exposta
Borboletas de lá saíram, miragem?
Era a mais pura dos divinos anjos
Tão santo que viria aquilo como milagre
O corpo por dentro era a raiz do que mantive
A beleza não estava na barriga ou nos olhosEra dentro que nascia a verdadeira cobra
Cintilante e transparente
Trocando de pele
Sorriso que tanto fiz, falso era?
A verdade é que a dor pintou o mais belo quadro
Uma fênix renasci das cinzas do meu fogo
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Oficina do Diabo
PoetryQuanto mais rápido alguém brilha, mais rápido ela pode se queimar. Compartilho por meio desse livro minhas palavras moribundas em busca do meu significado. Ainda não sou boa, nem má, mas definitivamente sou a vilã.