A dor, que meu coração tulipa
é a dor da imaginação.
Quer dizer, se você mentia
então nada do que dizia era real?
Nem mesmo as singelas palavras
Nem mesmo, a intimidade das mãos.
Será? Que nada era real?
Que não mereço nem um pouquinho disso?
Será que peço demais?
É que o som vazio da minha voz
arde na parede solitária da minha alma.
E eu sei, que sou, nova demais
Mas esses tipos de coisas
Envelhecem o meu coração.
Aliás, se foi fantasia minha
Significa que eu não valho o real?
Que é tão difícil sentir coisas por mim?
Que de tudo que você poderia mentir
Tinha que me mentir sobre isso aqui?
Tinha que me provar que nada real?
Nem mesmo um desejo espiritual?
Nem mesmo um momento tão perto?
Nem mesmo um olhar discreto?
Nada era real?
Eu não sou real?
Eu não sou real!
Eu não sou real.
Amarrei uma fita na janela do quarto
Uma fita vermelha com um belo laço.
Senti que amarrava meus sentimentos para a próxima que virá.
É que me sinto tão traída, tão esquecida, tão longe.
Eu não sinto falta do pouco que você podia me dar.
Sinto falta de não cativar uma pessoa.
De não dar um pouquinho do quanto eu quero dar.
De você nunca ter visto a poesia que eu lhe fiz.
De saber agora que aquelas reações devo jogar fora.
Porque não eram reais.
Sinto pela falta de esperança que me da
Sinto pela falta que vou sentir de mim mesma
Agora que meu coração virou uma torre fantasma.
Cheias de espíritos e cadáveres
Que me matam na lembrança.
Eles foram as fantasias mais reais
E deixaram feridas reais fantasiosas.
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Oficina do Diabo
PoetryQuanto mais rápido alguém brilha, mais rápido ela pode se queimar. Compartilho por meio desse livro minhas palavras moribundas em busca do meu significado. Ainda não sou boa, nem má, mas definitivamente sou a vilã.