Bezerros

19 1 0
                                    

Das margens do rio, eu vejo um pato morrendo afogando.
Um pássaro que não conseguia voar.
E um sensação estranha, um formigamento
uma borda de água na pedra cinzenta.
Nao é conto de fadas e lhe digo o porque
eu gasto o meu tempo, olhando pra você.
Não é por causa de mágica
te respondo o porque
eu sou uma cascata, sem nascente, sem saber por onde deve correr.
Ficaremos trancados, em uma exibição
como bezerros cansados, esperando para sermos amarrados.
Quando a noite cair e a escuridão nos tomar
deitaremos na cama, transando sem parar.
Você me dá um motivo, para eu respirar
você é a luz do meu traço
o meu carinho palhaço.
Você é aquilo que eu quero, quando me ponho a acordar.
E quando vou dormir, só em ti consigo pensar.
Somos a multidão, em êxtase dourado.
O céu do meu inferno
o meu semblante cansado.
A tontura que me dá, quando sua voz eu escuto.
A gravidade da mesma deixaria um cego sem amar.
Nós somos boêmios.
rebeldes sem causar, aglomerar, disfarçar.
Brincar de se morder e se beijar.
Fósforos sem fogos
Grande amor da minha vida.
Não tem nada mais belo, do que te admirar.
Ridícula sou eu, por não te agarrar.
Perigoso esse nosso jogo
de brincar de se abandonar.
Posso ter um ataque
uma guerra fazer
O por do sol aqui me lembra ainda mais você.
A minhas feridas no peito
meus sentidos exóticos e serenos
te inflama por inteiro.
E os seus dentes e seus cabelos
dos dedos até a mais interna camada do cotovelo causam a minha paz desespero.
Então não vai embora, fica aqui só mais hoje
aperte a minha mão, me chupe no escuro no quarto.
Vou te beijar sem saber, vou te amar sem te ver.
De cinco a até um milhão
eu não pretendo largar sua mão.
Somos farinhas de um saco, com cores bem diferentes.
Ah o garoto dos meus sonhos
sempre esteve aqui na frente do lado.
Quem em dera ser um peixe
para poder me afogar
nas estradas do seu, oceano lindo mar.

Oficina do Diabo Onde histórias criam vida. Descubra agora