Sonhos de uma infancia dourada

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Eu era criança e me deixei levar
Por fantasias, melodias
Achei que seria feliz no momento agora
Achei que estaria plena
Sendo a melhor das minhas memórias
Deixei a crença da música me levar
A essas cantigas de tarde que me ponho a cantar

Não vejo mais passarinhos a voar
Nem canto letras que acabei de criar
Vejo o tempo passar e a vida mudar
E me vejo tão parada no trânsito
Em um momento tão desgastante
Não me quero triste
Eu me amo mas não vejo tanta fé
Ando descalça pelas minhas mágoas
Eu me isolo no canto da minhas falas

Me entende
Eu perco a cabeça pelos outros
Me sinto traída, tão traidora
A tentação do pesar invade as veias do meu corpo
Quando eu brigo, sozinha comigo
Transformo em um castigo
Mas basta eu olhar pra lá
Ver as nuvens no céu
E a fantasia volta

Vivo em um conto de fadas
Quando sozinha em casa eu fico
Canto para as paredes
Paredes sem ouvidos
Digo verdades secretas
Meus medos e meus momentos
Deito e me calo no tapete
Sinto cheiro de mim

Ah meu Deus, ah meu deus!
Como vai o futuro meu?
Devo será que devo ir?
Ou cogitar ficar aqui?
Me leva embora para qualquer lugar
Eu finjo ser quem eu quero ser
Mudo a voz e o jeito de andar
Mudo tudo pra caber nessa vida
Sem sentido termina então
Outra poesia sobre solidão
Solidão de tudo e de nada
Corpo encontrado na estrada

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