Alana
Quando abro os olhos, percebo que estou mais uma vez em uma cama de hospital.
Todo o meu corpo dói pra caralho, principalmente na zona de minhas costelas, mas só tenho uma preocupação em mente. Meu bebê.Coloco instintivamente minhas mãos em minha barriga, a acariciando, e afastando qualquer merda negativa.
Meu filho ainda está dentro de mim, crescendo e se desenvolvendo. Minha barriga vai crescer, e eu vou sentir meu bebê se mexendo e chutando.Olho para o lado e vejo meu Paul sentado, com um semblante abatido, e sinto um mau pressentimento tomar conta de mim. Ignoro, continuando a fazer círculos em minha barriga.
Ele se levanta rapidamente quando vê que acordei, e segura minha mão, a levando até seus lábios, deixando um beijo demorado na palma. Ele fecha seus olhos com força, e sua mão treme levemente.
Ele engole em seco, abrindo os olhos novamente. ── Como você se sente princesa? ── Seu tom é sombrio, e um arrepio sinistro passa por mim. Mais um que ignoro.
Tento falar, mas minha garganta arranha e faço uma careta. Ele, percebendo, rapidamente se move rapidamente para encher um copo com água, me ajudando a beber logo em seguida. Devolvo a ele e reflito a pergunta, enquanto ele pega minha mão na dele novamente, fazendo círculos carinhosos com seu polegar.
Como eu me sinto?
Não sei responder ao certo.
Era para ser um dia normal. Iria ao casamento da filha do presidente, cantaria para o casal, ficaria com a família Walker na festa, até que eles decidissem ir embora. Depois que eles me trouxessem para o apartamento, eu vestiria uma camisa de meu Paul, tomaria um banho, assistiria um pouco de tv, deitaria no lado da cama dele enquanto sentia o cheiro de seu perfume, ansiando para que ele voltasse logo, e e eu pudesse dormir abraçada a ele em nossa cama enquanto ele faz um cafuné gostoso pra mim, que me faria dormir.Ao invés disso, fui agarrada a força por um fodido maníaco sexual, quase sendo estuprada por ele, tive que sentir sua ereção nojenta roçando contra mim, me causando náuseas, e estava a ponto de vomitar enquanto sentia sua língua áspera invadindo minha boca, me obrigando a aceitá-la. Depois, quando eu menos esperava, fui baleada e caí dura no chão, perdendo meus sentidos segundos depois.
Eu sempre tive noção de que ser atingido por uma bala devia ser uma dor enorme. Mas não tinha ideia do quanto, até realmente acontecer comigo.Suspiro, fixando meu olhar no seu que me olha com amor, preocupação, e... Uma dor profunda nadando sobre a superfície. ── Eu realmente não sei. ── Crio coragem para fazer a pergunta que está me matando. ── Como está o nosso bebê?
Ele pára com os círculos que estava fazendo, seus olhos tristes como nunca vi antes nele, e eu sinto meus lábios tremerem, enquanto lágrimas se formam em meus olhos. ── Princesa... ── Seu tom de voz é desolado.
Puxo minha mão da dele, me sentando na cama com dificuldade. ── Não. Dá pra você chamar um médico por favor? Diz pra eles que eu já acordei, e que quero fazer um ultrassom para ver o nosso bebê. Quero ter certeza de que ele está bem com meus próprios olhos.
Uma lágrima rola por sua bochecha, e o olhar que ele me dá, me faz gelar por dentro. ── Porquê você ainda está parado aí? Chama um médico Paul, você não ouviu que eu quero ver o nosso bebê? ── Minha voz sai estrangulada, pelo bolo enorme que se formou em minha garganta.
Ele cerra os dentes, e murmura, sua voz rouca. ── Não existe mais bebê, ele não resistiu.
── NÃO! ── Grito, sacudindo a cabeça negativamente várias vezes. ── Porquê você está dizendo uma coisa dessas Paul? Vai chamar o médico! Nosso bebê está vivo sim! A gente ia comprar mais roupinhas pra ele e um bercinho bem bonito, lembra? ── Lágrimas grossas escorrem por meu rosto, caindo e manchando a roupa do hospital.
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A queda do Imperador | Duologia: Submundo | Vol. 1 | +18
Romance•R O M A N C E D A R K• AVISO: Este é um livro recomendado para maiores de 18 anos. Contém linguagem inapropriada, cenas de sexo explícito, tortura, e abuso físico e psicológico que podem ser um gatilho para alguns leitores. Sipnose Eu sou o Capo c...