Capítulo 21

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Maurizio

── Ontem, na madrugada de Sexta-feira, as forças policiais conseguiram deter o empresário Rosco Zanetti, suspeito de comandar uma das maiores redes de prostituição da América do Norte. Adolescentes com idades compreendidas entre os 12 e os 17 anos foram resgatadas de um bordel clandestino na cidade de Chicago, Illinois, e levadas para o hospital onde terão o devido acompanhamento físico e psicológico. A polícia também prendeu Luigi Zanetti, seu filho, quando este estava tendo uma festa em sua residência. Nesta festa foram apreendidas armas, inúmeros frascos contendo a droga extasy que estava sendo distribuída livremente pelos convidados, e 5 kg de cocaína escondidos em uma mala que foi encontrada em baixo de sua cama. A polícia suspeita de que Luigi Zanetti esteja envolvido nos negócios ilícitos de seu pai, e ele pode pegar entre 8 a 16 anos de prisão pela cocaína que foi encontrada em sua posse.
A família Zannetti...

Desligo a televisão rapidamente, e atiro o controle remoto, vendo a tela se quebrar. Cerro meus dentes de raiva ao ver a merda de notícia que é um prato cheio para esses jornais sensacionalistas do caralho. Mas que porra Rosco estava pensando quando fodeu uma garota que não era uma das putas do bordel, e deixou ela viva para abrir a maldita boca depois?

A garota não pode morrer agora, seria suspeito demais. Mas é bom que ela saiba que seus fodidos dias de vida estão contados. Não gosto de atrair atenção desnecessária, e esse imbecil conseguiu um show do caralho para a imprensa, junto com o idiota do filho drogado dele.

Rosco vai ter que morrer. Os dois vão. Rosco é um boceta do caralho que está se sentindo encurralado, e quando um boceta se sente encurralado, ele tende a tomar decisões tolas como dar com a língua nos dentes. O filho dele é fraco demais e não vai sobreviver um fodido dia sequer na prisão estadual de Illinois. Os policiais de merda vão entrar na mente dele, tentando convencê-lo de que denunciar quem está com eles é a melhor opção. Engano deles. Eles sempre veêm com a mesma ladainha de sempre:

"Eles estão lá fora, livres, enquanto você está aqui, preso. Você quer mesmo pagar por tudo sozinho?"

"Porquê você não os denuncia? Você vai ficar aqui apodrecendo enquanto eles vão viver a vida deles, gastando suas riquezas. É isso oque você quer?"

E o clássico que não pode faltar:

"Se você nos disser quem são seus cúmplices, a sua pena poderá ser reduzida."

Eles até podem reduzir a pena, mas não vai haver pena reduzida para ser aproveitada pelo denunciante, se por algum acaso ele acabar morrendo, certo?
Eu posso até mandar matá-los depois que eles forem burros o suficiente para denunciar um de meus homens, mas aí o estrago já estaria feito.

Eles não sabem quem eu sou. Apenas me conhecem como o Imperador ou o Chefe. Pouquíssimas pessoas sabem minha verdadeira identidade no submundo do crime, e eu pretendo que continue assim.

Quando eu achava que as coisas não poderiam piorar, recebo uma chamada de Piero dizendo que eu preciso de voltar para a Itália urgente. Ele sabe que não deve falar de assuntos extremamente importantes pelo celular, mas pela dica que ele deu, já sei que terei uma dor de cabeça do caralho quando voltar pra lá.

Mas essa viagem repentina veio a calhar mesmo. Vou anunciar meu casamento para a famiglia, e me casar com meu querido anjo em uma catedral na Calábria. Mais uma forma de prendê-la para sempre a mim.

Saio de meu quarto, indo em direção ao quarto trancado e sem iluminação. Indo até a aplicação de meu celular, faço as luzes voltarem, vendo os olhos de meu anjo se fecharem rapidamente, doendo pelas luzes que a muito não entravam no cômodo.

A queda do Imperador | Duologia: Submundo | Vol. 1 | +18Onde histórias criam vida. Descubra agora