Maurizio
Sorrio sem humor para oque Fiorella acabou de dizer. Ela realmente acha que o facto de estar grávida vai me impedir de matá-la? Que ela vai tocar meu coração ou alguma merda do tipo com essa informação?
Azar o dela.
Pressiono a arma com força em sua cabeça, minha mandíbula cerrada de raiva. ── Você está seriamente pensando que você estar grávida de um bastardinho vai me fazer desistir de enfiar uma bala em sua cabeça?
Fiorella fecha seus olhos com força, mordendo o lábio inferior. ── Não é um bastardo... É seu filho. ── Ela sussurra, sua voz trêmula.
Eu rio. Foram poucas as vezes em que eu ri tanto em toda a minha vida, e suponho que devo agradecê-la por tal feito. Mas o riso que está saindo de minha garganta e ecoando por todo escritório, não é regado com diversão. É sombrio, escuro, e creio que está realmente a assustando já que seu corpo parece frio em meus braços.
E ela tem toda a razão em estar com medo. Foda-se ela deveria estar se urinando nesse exato momento, porque antes de matá-la, eu vou mandar arrancar essa coisa de dentro dela por ela ter tentado estupidamente me fazer de idiota.
── Não brinque comigo caralho. Pensa que eu não sei que você anda dando sua boceta para Emiliano Garcia junto com informações para que ele e o fodido Hernández possam usar contra mim? ── Rosno furioso contra o seu ouvido.
Ela enrijece, oque me deixa satisfeito.
Fiorella cometeu um erro enorme. Mesmo que eu pudesse ter filhos, eu não gostaria de tê-los. Estou com 38 anos e sei que algum dia teria que tê-los para dar continuidade ao meu legado, mas gostaria que fosse quando eu achasse conveniente.
Talvez Nicola tenha me feito um favor quando danificou a capacidade que eu tinha de poder gerar filhos.Não quero crianças, nem se a mãe fosse meu querido anjo. A obrigaria imediatamente a fazer um aborto. Uma criança desviaria sua atenção de mim, e isso é algo que eu jamais poderia permitir. Um serzinho minúsculo roubaria todo o seu amor, e teria todos os sorrisos e palavras doces que deveriam ser somente para mim. Alana é minha, e jamais aceitarei dividi-la com qualquer coisa que seja.
Deslizo lentamente a arma pelo pescoço de Fiorella, e paro em direção a sua barriga coberta pelo vestido onde empurro a arma, fazendo um gemido de dor sair de seus lábios.
Piero se levanta com um semblante sério, suas mãos cerradas em punho. ── Maurizio. ── Diz em tom de aviso.
── Saia daqui. ── Ordeno, mas ele não se move, me irritando ainda mais.
── Eu mandei sair merda! ── Esbravejo entredentes, furioso.
Piero ainda permanece parado, e eu sinceramente acho que ele perdeu a porra da vontade de viver.
── Você está me desafiando? ── Minha voz não demonstra emoção alguma, mas estou a ponto de mover a arma da barriga de Fiorella e mirar entre os olhos dele, estourando seu crânio.
Vejo seu olhar passar de mim para Fiorella e permanecer nela por mais tempo, antes de me olhar por uma última vez, e sair do escritório fechando a porta com força.
Cerro minha mandíbula. Essa merda não vai ficar assim.
Eu sou o Capo, e ele me deve obediência. Poderia muito bem matá-lo por essa afronta, e sei que ele sabe disso. Eu não sinto arrependimento, culpa, ou alguma merda parecida. Esses sentimentos idiotas nunca fizeram parte de mim. Eu gosto da sensação de matar. Sinto prazer em tirar uma vida, em ser aquele que é responsável por mandar uma alma mais cedo para as chamas eternas que me esperam. Esse é quem eu sou, e nunca mudarei.
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A queda do Imperador | Duologia: Submundo | Vol. 1 | +18
Romance•R O M A N C E D A R K• AVISO: Este é um livro recomendado para maiores de 18 anos. Contém linguagem inapropriada, cenas de sexo explícito, tortura, e abuso físico e psicológico que podem ser um gatilho para alguns leitores. Sipnose Eu sou o Capo c...