Capítulo 23

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Maurizio

12 anos de idade

Onde ela está? Ela prometeu que sempre viria me ver, mas até agora não está aparecendo. Ela é perfeita! Tem olhos azuis, e um sorriso muito bonito. Corro, olhando por todos os lados, a procurando, mas só vejo flores e mais flores, e isso me enfurece. Eu preciso de ver ela. Irritei Nicola hoje de propósito, só pra ele me torturar ainda mais e eu desmaiar logo, pra vir me encontrar com Ela.

Nenhuma das meninas da famiglia se compara com Ela.
Ela é quem me dá forças pra resistir a tudo oque Nicola faz comigo. Ele me odeia ainda mais depois de eu ter matado Elizabeth, e está descontando toda a raiva dele em mim. Isso é ridículo. Ele nem gostava dela mesmo. Vivia xingando e batendo nela. Se ele fosse inteligente, veria que eu fiz um favor a ele. Ele está ficando fraco demais, e perdendo o controle. Ela o fazia perder o controle.

Ele acha que eu sou um idiota, e fica me chamando de merdinha, mas é esse merdinha que um dia vai acabar estourando a cabeça dele com uma bala bem no meio. Nicola acabou criando uma guerra com o chefe da máfia sérvia que causou muitos prejuízos para a Ndrangheta, e sei que foi por causa dela. Ela precisava ser eliminada, e foi isso que eu fiz. Biologicamente, ela era considerada como minha mãe, mas eu não sentia nada por ela. Sendo assim, puxar o gatilho não foi difícil pra mim.

Matar pessoas não é difícil pra mim. Eu gosto até. Me sinto bem sabendo que eu fui o responsável por mandar uma alma pro inferno. Gosto de saber que as almas deles estão sofrendo, gritando, chorando e implorando para voltar, para terem mais uma chance se se redimirem de suas vidas patéticas, mas elas nunca mais vão poder voltar pra esse mundo porque estão condenadas. Eu as matei. Eu as condenei.

Eu quero matar o máximo de pessoas que eu puder. Na verdade, eu quero matar todo o mundo, deixar ele vazio para que fiquemos só eu e Ela nele. Sem mais ninguém, apenas nós dois. E eu vou ter ela toda para mim.

Apenas para mim.

***

Ouço três batidas na porta do meu escritório, oque me irrita. Fecho meu laptop, ordenando que a pessoa por trás da porta se manifeste. É bom que seja alguma merda importante.
Estava assistindo minha querida futura esposa andar inutilmente pela mansão, tentando um plano de fuga mais inútil ainda. Ela jamais seria capaz de sair daqui sem que eu soubesse. Ela jamais vai sair da minha vista.

Estou dando a ela uma falsa sensação de liberdade. Faz dias que não fodo a boceta deliciosa que ela tem, e nenhuma puta foi capaz de me satisfazer mais do que ela, mas por enquanto vou me contentar com apenas isso, tendo um propósito maior em mente.
A mente humana é realmente algo interessante, e a do meu anjo é uma caixinha fascinante com a qual adorarei brincar e quebrar.

Charmaine, a mulher que cuida do seu avô, foi até a polícia dar uma queixa do desaparecimento dela. Eu já tinha alertado meus homens infiltrados que me avisassem caso algo do gênero acontecesse, oque infelizmente aconteceu. Infelizmente para a mulher, claro, porque agora ela está na minha mira. Ela colocou sua fodida vida em risco apartir do momento em que denunciou o desaparecimento do meu anjo, querendo levá-la para longe de mim.

Ninguém tira Alana de mim.
Qualquer um que for estúpido o suficiente para tentar, morrerá.

Margaret entra, parecendo nervosa.

── Sr. Caccioli, a senhorita Paola Salvatierra está lá embaixo, e deseja falar urgentemente com o senhor. ── Anuncia.

A queda do Imperador | Duologia: Submundo | Vol. 1 | +18Onde histórias criam vida. Descubra agora