𝖠𝗉𝗈𝖼𝖺𝗅𝗂𝗉𝗌𝖾 // Levi Ackerman x Leitora.

28

Andou até as bordas, vendo que tudo aquilo era cercado por pessoas que cuidavam dos arredores, eles trocavam de turno de 5 em 5 minutos e você tinha um respaldo de 2 minutos para correr sem que eles percebam.

Você se grudou em uma das janelas, que tinham grades, ficando pendurada, você fez isso em 4 delas, então o momento exato, desceu, ficando praticamente imóvel em um parede, avistando vários carros qual seriam aqueles aonde você se esconderia atrás.

Quando os dois caras viraram de costas, você disparou, silenciosamente mas disparou, seu coração estava tão alto que você se xingava por isso.

—Acho que eu ouvi alguém correndo. — começou a ouvir os passos de um dos homens se aproximar

—Deixe disso, não saia do turno ou Zeke nos mata.

Os passos se afastaram, fazendo você deixar o ar sair, tinha um corte na cerca, em baixo, você teria que se arrastar.

E então quando ambos estavam longe de novo, se arrastou, se sujando um pouco, deu uma última espiada e então entrou na floresta que estava ao lado.

Você correu quando viu que estava longe e eles não escutariam, cerca de 30 minutos correndo, para encontrar uma rua e se achar no mapa, mal davam para ver as letrinhas naquela plaquinha que mostrava em qual rua você estava.

Mas conseguiu, sua visão era boa.

Pelo menos estava na direção correta, você percebeu que se cortasse caminho pela floresta, poderia chegar mais rápido, então foi isso que você fez, teria que permanecer em linha reta e quando começasse a conhecer o território iria sair da mata para caminhar por onde já conhecia por conta dos recarregamentos e reconhecimento de área quais você já havia participado diversas vezes.

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—Oque será que ela esta fazendo agora? — Jean questiona aos amigos.

—Eu não faço a mínima ideia, talvez bolando algum plano de fuga.. —Sasha coloca a mão no queixo, se balançando na cadeira.

—Provavelmente deve estar xingando alguém. —Connie ri.

—Será que ela tá bem? — A voz de Armin saiu trêmula, como a de alguém que estivesse prestes a chorar, Armim também sentia sua falta, ele te considerava uma irmã ou até mesmo te ligava como uma figura materna, Armim só teve Mikasa como amiga mas com você era diferente, ele já havia dito diversas vezes como amava você e seu jeito e que amaria que em outra vida ele pudesse ser o seu irmão caçula.

Armin pensava todos os dias em como que você estava, oque estava fazendo, se estava bem, se você voltaria bem por mais que ele não duvidasse da sua capacidade ele tinha medo de não vê-la novamente assim como todos ali.

No final todos tinham a mesma esperança, que você aparecia, mas no fundo todos estavam preparados para se você não voltasse mais.

Menos Levi.

Levi ficou muito pior, mais frio e mandão, você foi quem fez ele se soltar e ficar menos apreensivo, mas, agora Levi realmente não falava nada a mais que o necessário passando muitas vezes por grosso ou rude, muito mais vezes que o normal.

O moreno tomava seu chá na cozinha, escorado no balcão, com a xícara qual você usava ao lado, ele sempre deixava ela fora agora, mesmo que suas esperanças já estivessem mortas.

Levi percebeu hange escorada no batente da porta ele não a olhou, mas sabia que ela estava o olhando com pena.

—Ela não vai voltar né.. — proferiu baixo, tomando um gole.

—Não sabemos...eu espero que sim. — hange se aproxima —É algo imprevisível, por mais que algo em mim diga que ela não deixaria você assim eu não posso afirmar.

Levi fechou os olhos, suspirando fundo, tomando o último gole e então deixou a xícara de lado.

—Tomara que sua intuição de nerd esteja certa. —Hange riu, se afastando do mais baixo, então saiu da cozinha.

(...............)

Zeke e seus subordinados chegaram, Yelena subiu até a sua cela, vendo que "você" estava dormindo, deu de ombros descendo as escadas e avisando a Zeke que você estava calma como nunca.

—Acho que ela aceitou que tem que ficar aqui —Zeke se espreguiçou —Mais fácil do que eu pensei.

—Ela só foi cabeça dura no começo, depois ela aceitou as coisas — Yelena começou a anotar algumas coisas —Fácil até demais.

Zeke deu de ombros, não dando muita bola, então saiu da sala qual estavam indo beber ou algo do tipo.

(............)

A luz da lua batia no seu rosto, já faziam 12 horas qual você andava a passos rápidos pelo meio daquela floresta, felizmente a noite estava fresca e você não sentia calor, as ruas monótonas e sem algum perigo aparente, tinha que chegar lá o mais rápido que pudesse com certeza seu pai iria ir atrás, sorte que ele não sabia a exata localização da comunidade só a perto da onde ela ficava.

Você pensava o caminho todo sobre como ele te achou e como ele fez uma gangue, não entrava na sua cabeça o por que dessas pessoas o obedecerem elas tinham que ser livres.

Andava pelas ruas pensando no que iria fazer, eram tantas possibilidades mas com certeza a primeira seria dizer ao Levi que você tentaria até o último suspiro cumprir com a promessa que fez, aliás, você realmente queria.

Em toda a sua vida, você nunca sequer sonhou em gostar de alguém assim, com certeza você o ama mas não admitiria isso a não ser que estivesse prestes a morrer ou que uma iniciativa partisse dele, por algum motivo era como se o amor de ambos fosse muito para uma vida só, a palavra muito chegava a ser pequena perto do sentimento que tinham um pelo outro, foram quase um ano junto a ele, todos os dias, horas e noites dormidas, tudo estava gravado em você pra sempre. Sentia falta do mal humor que ele estava pela manhã em ter que cuidar do jovens, mas sentia ainda mais falta das noites quais vocês jogavam conversa fora.

Não poderia deixar de admitir que era um pouco medonho estar nas duas sozinha novamente, sempre atenta e sem fazer barulho algum, sentia-se angustiada vez ou outra com isso, mas logo espantava esse sentimento, você não queria nunca mais ter que experimentar viver sozinha, era muito mais que só solitário.

4 anos, sem falar com ninguém a não ser com si mesma era um castigo, não ter ninguém para conversar ou interagir com uma mísera alma viva, era com certeza uma das coisas que você jamais gostaria de presenciar novamente.

Nunca foi de acreditar muito em Deus, mas você pedia para qualquer coisa que existisse para que você realmente conseguisse chegar bem la, nunca teve medo de morrer e diversas vezes você até pedia por isso, mas agora era diferente.

Tinha algo para cumprir.