2.

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Bianca então tirou o roteiro do bolso o lendo em seguida.

“2º – Almoçar fora, uma escolhendo o almoço da outra.”

– Hum! Gostei, almoçar fora. Estou morta de fome. – Ela disse.

– É... Só que eu vou escolher o seu prato e você o meu. Eca, quem faz isso hoje em dia?

– Provavelmente esses cientistas loucos. – respondeu Bianca, chamando um taxi.

– Para onde? – perguntou o taxista.

– Humm... Não conhecemos muito a cidade, então o senhor poderia nos indicar um restaurante? – perguntou a carioca. O taxista pensou por alguns segundos, avaliando-as até encontrar suas classes sociais. Provavelmente nobres milionárias, a julgar pelos traços aristocráticos. Ele não via garotas lindas assim desde o último ensaio fotográfico da Vogue.

– Há o Valmont, é um dos melhores.

– Que seja.

O taxi acelerou enquanto Rafaella fitava a cidade pensativa.

Alguns minutos depois, o táxi parou. Bianca pagou ao motorista e desceu, sendo seguida por Rafaella.

– Sabia que pessoas educadas abrem a porta e ajudam as outras a sair? – Disse a mineira.

– Que bom que eu sou mal-educada, então. – replicou Bianca.

Rafaella revirou os olhos.

Bianca riu enquanto deixava a mais alta ir na frente pela porta que o maitre segurava aberta.

– Por que está rindo? – perguntou Rafaella, escolhendo uma mesa e se sentando.

– Você revira tanto os olhos quando está com outras pessoas ou é só comigo?

A mineira pensou por alguns instantes.

– Nunca reparei nisso. - acabou respondendo enquanto folheava o menu que o maitre havia acabado de entregar. – Frutos do mar? – perguntou, fazendo Bianca tirar os olhos do próprio menu e a olhar fixamente, as sobrancelhas erguidas. – Tudo bem, esqueça, isso foi maldoso.

– Por que você não escolhe o que você quer, me diz e eu finjo que escolhi isso? – sugeriu Bianca.

– Porque os cientistas malucos vão descobrir e vamos perder um milhão de dólares.

- Acha que eles estão vendo agora? – Perguntou Bianca.

- Com certeza! – Rafaella respondeu. – Devem ter câmeras nas nossas roupas, ou alguém nos seguindo.

– Oh. Ok, isso não é bom. Então, eu vou escolher para você um... Er... Droga, não faço ideia.

– Eu gosto de massa. – sugeriu Rafaella, sem tirar os olhos do cardápio.

- Você prefere macarrão ou lasanha?

- Macarrão.

– Hum, acho que escolhi.

– Bom, eu também já escolhi.

– Mas você não me perguntou nada. - Bianca protestou surpresa.

– Eu tenho super poderes. – retrucou Rafaella, dando de ombros.

Bianca franziu o cenho.

– Então tá... E para beber?

– Eu só bebo vinho. – a mineira disse.

– Oh, a fresca. Tenta adivinhar o que eu bebo, então.

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