Rafaella havia se deitado no sofá esperando os trailers passarem. A televisão era grande e se elas fechassem a porta que ia para a copa e cerrassem a cortina, ficaria assustador. – o ambiente perfeito para um filme de terror.
Só que a mineira odiava assistir filmes de terror. Principalmente esses em que pessoas vomitavam, suas cabeças rodavam trezentos e sessenta graus e eles ficavam deformados fisicamente.
–Já começou? – perguntou Bianca descendo as escadas.
–Não, trailers.
A carioca fechou a porta e cerrou as cortinas, perfeito.
–Por que você fez isso? – perguntou Rafaella.
–Porque é um filme de terror.
–E?
–E filme de terror se assiste no escuro. – respondeu como se fosse óbvio.
O menu apareceu, não consolava Rafaella o fato do plano de fundo ser uma garota possuída.
Ela apertou o “Iniciar Filme” e se preparou para a tortura.
–Rafaella? – chamou Bianca. – Você sabe que temos que ficar abraçadas.
Argh. Ela havia se esquecido da outra tortura.
Bianca colocou mais almofadas sobre o braço do sofá em que Rafaella estava deitada e se deitou atrás dela. Colocou-a um palmo mais baixa, para poder assistir o filme sem interferência.
Passou uma mão por sua cintura, sentindo-a se contrair a esse toque.
O filme até que era bom, engraçado, na opinião de Bianca. A garota gritava obscenidades, blasfemava contra a Igreja e tentava matar todo mundo. Realmente, muito engraçado.
Rafaella não gostava nem um pouco. Em uma cena, por exemplo, a garota descia as escadas em uma série de acrobacias, parava ao pé da escada, sua cabeça girava 180º graus e, nessa posição, com as mãos e os pés virados para fora como um curupira, vomitava uma gosma verde. Suuuper simpática.
Em suma, não era bem o filme preferido de Rafaella. Ela se perguntou para quê os cientistas iriam querer fazê-las ver isso. Se fosse para ficarem abraçadas, poderia ser qualquer filme. Para elas apagarem as luzes e – ela estremeceu – ficarem no escurinho? Não, ou eles teriam pedido nas observações para elas apagarem as luzes. Então, por quê?
–Bianca? – sussurrou olhando para cima.
–Hum? – respondeu sem desgrudar os olhos da televisão.
Rafaella manifestou suas dúvidas acima mencionadas – Por que cargas d’água elas tinham que assistir um filme de terror?
Bianca pensou por alguns segundos.
–Talvez eles pensem que, à noite, você vai ficar com medo e pedir que eu te abrace e deixe você dormir no meu colo.
–Nunca sei quando você está falando sério ou brincando. – resmungou Rafaella.
–Não estou falando sério, nem um pouquinho. – respondeu Bianca, sorrindo. – Estou apenas tentando entender.
A mineira tentou se manter reta por si só, mas exigia esforço demais, então ela simplesmente caiu para trás e deixou que Bianca lhe apoiasse. O que a carioca fez com muito cuidado, Rafaella tinha que admitir. – apoiando o braço em sua cintura sem a apertar, evitando aquele encontro clichê de pés e respirando suavemente no topo de sua cabeça.
É... fora realmente bom, mas o maior elogio que ela podia fazer a qualquer coisa que envolvia Bianca era “suportável”, então ela nunca diria isso. Ou pensaria, já que ela estava começando a se impor uma censura de pensamentos.
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O Experimento
FanfictionUm milhão de dólares, esse era o valor do prêmio que a maior rede de cientistas do mundo estava oferecendo para duas pessoas que fossem escolhidas para fazer parte de um experimento social. Esse experimento se baseava em colocar duas pessoas de pers...