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Rafaella estremeceu quando Bianca roçou os lábios em seu pescoço, mas afastou-se, uma distância suficiente para poder olhá-la. Os olhos de Bianca estavam serenos, sem necessidade ou desejo.

Como se algo natural e casual estivesse acontecendo.

Bianca sorriu ao ver Rafaella fechar os olhos quando se aproximou, roçando seus lábios. A beijou lento e perfeitamente, sem pressa alguma. Aproveitando cada segundo.

Rafaella acariciou-lhe a nuca com uma mão, eventualmente enroscando uma ou duas mechas do cabelo castanho nos dedos. Podia sentir sua mão apertando sua cintura, mas sem machucá-la.

Mal percebeu quando Bianca a escorregou para debaixo de si, se apoiando nos joelhos e nos antebraços, sem parar de beijá-la.

Rafaella podia ouvir as falas do filme e as batidas do coração de Bianca ao mesmo tempo. Se não estivesse tão entorpecida, teria ouvido o próprio coração disparar também.

Bianca se separou de Rafaella, mas ainda com os narizes colados lhe deu um selinho.

-Eu amo você. - sussurrou, os olhos brilhando com uma ternura morna.

-Eu também amo você.

Bianca percorreu sua bochecha com beijos contidos e carinhosos, fazendo Rafaella semicerrar os olhos, a mineira se sobressaltou quando sentiu as mãos de Bianca dentro da sua camisa, acariciando sua cintura sem restrições. Talvez com medo de Rafaella se afastar, Bianca a beijou, estimulada ao sentir a pele quente e macia contra suas mãos.

Seus dedos roçavam em suas costas eventualmente, a fazendo se arrepiar e erguer o corpo. A pele de Rafaella não deveria ser tão macia e tão quente, seus lábios não deveriam ser tão sedutores e suas mãos em seu cabelo não deveriam ser tão persuasivas. Se não fosse por isso, talvez Bianca não a beijasse tão intensamente a ponto de deixa-la sem ar.

A carioca separou seus lábios de forma relutante, a observando entreabrir os olhos lentamente, seus cílios negros cheios e curvados revelando olhos brilhantes.

Bianca abaixou o rosto, mordendo seu pescoço. A sentiu se contrair em suas mãos, e sabia que não era de dor.

-Vampiro...? - Sussurrou Rafaella, fazendo Bianca sorrir.

-Melhor.

A mineira sorriu rolando os olhos.

Bianca teve que rir, desabotoando a própria camisa. Rafaella mordeu o lábio, mas não disse nada.

A mineira se afundou no sofá quando Bianca a beijou, seus lábios parecendo urgentes, a carioca era quente, ela estremeceu quando sentiu o tecido da sua camisa se afastar de forma curiosa... até perceber que Bianca havia desfeito todos os botões.

Rafaella parou o beijo, tentando se afastar instintivamente, mas o braço do sofá a fez ver que não havia saída.

-Eu não resisti. - confessou Bianca. - Você é linda.

-Não me venha com isso agora. E eu achando que você seria capaz de me beijar por mais de três minutos sem querer me agarrar!

-Não consigo, e a culpa é toda sua. - respondeu Bianca, olhando para os seios de Rafaella. Eram perfeitos, cobertos apenas por um sutiã branco meia taça.

Bianca ficou com uma vontade bizarra de passar o nariz por entre eles.

Em um ímpeto, Rafaella escorregou as mãos da nuca de Bianca para a camisa, fechando-a.

A carioca suspirou chateada.

-Recapitulando, você é uma tarada e a culpa é minha? - Perguntou Rafaella.

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