30.

821 93 30
                                    

Rafaella escorou-­se no balcão da cozinha, desanimada, a última coisa que ela estava com vontade de fazer era cozinhar, ainda mais para Bianca. 

Com um suspiro, abriu a geladeira, procurando distraidamente, encontrou sua salvação, também conhecida como massa pronta para pizza. Colocou-a sobre uma forma redonda de alumínio e começou a procurar candidatos a recheio nos armários e na geladeira. 

–O que vai fazer para mim? – Perguntou Bianca, aparecendo na cozinha. 

–Não estou inspirada para a cozinha hoje. 

Bianca espiou o balcão e sorriu, satisfeita. 

–Adoro pizza, mas sem azeitonas por favor. Vou deixar você se divertindo na cozinha.

E saiu, enquanto Rafaella suspirava. 

x-­­­x 

Quatro tipos de queijo incluindo catupiry, peito de peru, azeite, orégano. Rafaella guardou-­a no forno, resolvendo assá-la mais tarde e aproveitar sua hora livre, parou na porta da biblioteca, Bianca não estava na sala nem saiu para a praia. 

"Não me interessa", Rafaella assegurou para si mesma, decidida, entrando na biblioteca, foi quando agradeceu por não ter saído para procurá-la, Bianca estava bem ali, sentada em uma poltrona, lendo um livro como se fosse a coisa mais natural do mundo. 

–Hum... Bianca?

–Sim? – Respondeu erguendo a cabeça do livro, parecendo tê-la notado pela primeira vez. 

–O que está fazendo? 

–Tricô – respondeu, a expressão sarcástica. – Lendo, é claro. 

–E por quê? 

–Para ampliar meus conhecimentos e expandir minha visão de mundo. 

Rafaella franziu o cenho. 

–Tudo bem, então. 

Rafaella pegou um livro na prateleira e se sentou na poltrona ao lado de Bianca, não chegou a ler vinte páginas quando a carioca pigarreou. 

–Na verdade... 

–Aha! – Exclamou Rafaella, erguendo o olhar para Bianca. – Eu sabia. 

A carioca riu. 

–É, eu não costumo visitar bibliotecas. Eu vim aqui porque eu sabia que você viria para cá. 

–Aham – respondeu Rafaella, mas como quem diz "e daí? ". 

–E eu não quero passar uma hora fazendo qualquer coisa em silêncio e sozinha. Vamos conversar. 

–Eu sou obrigada a passar 23 horas desse dia com você, Bianca. Não estrague minha uma hora de felicidade. 

A carioca arqueou as sobrancelhas. 

–Você poderia ser mais educada, se quisesse. Deixar sua companheira de casa entediada não é muito diplomático. 

–Companheira de prisão é um termo mais adequado. – corrigiu Rafaella.

Bianca deu de ombros, mas se surpreendeu quando Rafaella voltou para o livro. 

–Vamos conversar. – pediu Bianca após alguns minutos. 

–Não, não vamos. – respondeu sem olhá-la. 

Bianca puxou o livro de Rafaella e o colocou sobre o braço da própria poltrona. 

–Você desmarcou a página. 

O ExperimentoOnde histórias criam vida. Descubra agora