27.

805 102 43
                                    

Bianca saiu do banho poucos minutos depois, cinco ou dez. 

Sentou-se na cama, se espreguiçando. 

–Que sono. – murmurou. 

– Ainda temos mais um castigo diário.

–Eu sei. Me lembrei no banho, mas vai ser rapidinho.

–E super agradável.

–Bom, para mi­...

–Calada.

Bianca riu.

–Você fala assim por que quer esconder seus sentimentos por mim.

–Muito engraçadinha.

–Estou falando sério. Vamos terminar isso mais rápido do que você pensa.

–Que ótimo. – murmurou Rafaella dando de ombros.

Bianca sorriu, descobrindo-­as e jogando as cobertas para o pé da cama.

–Ei! – Exclamou Rafaella surpresa.

–Lençol só atrapalha. – disse Bianca ficando de joelhos.

Rafaella fez menção de se sentar, mas Bianca balançou a cabeça.

–Não, pode ficar assim.

E a carioca se aproximou, passando uma perna por cada lado de Rafaella e aproximando seus rostos, um sorriso se insinuando em seus lábios.

–Você está se divertindo. Eu não acredito. – constatou Rafaella chocada.

–Ah, qual é. Como já conversamos antes, acontece alguma coisa quando a gente se beija.

Bianca já estava perto demais; A mente de Rafaella se entorpecendo ao fitar tão de perto aqueles olhos, ao sentir aquele cheiro de sabonete que ela aprendeu a classificar como de Bianca.

–Já conversamos sobre isso então? – Foi só o que Rafaella pôde perguntar, a voz falhando.

Bianca riu baixinho, apoiando as mãos na cabeceira da cama e beijando de leve seus lábios.

–Não sei. – sussurrou, antes de beijá-la novamente, ainda de forma suave.

- E o que acontece quando... nos beijamos? – A voz de Rafaella estava fraquinha; Os lábios de Bianca eram tão macios.

–Observe. – sussurrou Bianca, segurando-­a pela cintura de repente.

O coração de Rafaella pulou um batimento, só para depois acelerar como nunca. Suas mãos se entrelaçaram por trás de seu pescoço, trazendo Bianca ainda mais para perto.

A pele de Rafaella era muito macia. Deslizava facilmente sob seus dedos, mesmo que coberta por um milhão de tecidos ou era o que lhe parecia.

Bianca não tinha pressa como na noite anterior, percebeu Rafaella, tão bem quanto poderia perceber qualquer coisa com Bianca a beijando. A carioca parecia querer fazer as coisas o mais demoradamente possível, aproveitando cada toque.

Quando sentiu que Rafaella mal respirava, Bianca interrompeu o beijo e percorreu seu pescoço com os lábios, quase sem encostar. Trilhou um caminho de beijos até seus lábios novamente e a beijou da forma mais lenta que conseguiu, encaixando-­as perfeitamente. Podia sentir o coração de Rafaella acelerado, e a sensação era maravilhosa.

Quando Bianca desfez o laço do roupão de Rafaella, ela se afastou e era inegável o susto em seus olhos.

–O que foi? – Perguntou Bianca.

O ExperimentoOnde histórias criam vida. Descubra agora