capitulo treze.

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Tw⚠️: aviso de gatilho para qualquer pessoa que tenha sensibilidade com o tópico distúrbio alimentar. O capítulo não possui cenas fortes mas aborda de forma explícita problemas com o corpo e compulsão alimentar. Se não quiserem ler, sintam-se à vontade para me perguntar de onde começar a ler ou o que aconteceu no capítulo.

Se apaixonar é um saco

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Se apaixonar é um saco.

Totalmente desgastante e insuportável.

Principalmente quando a menina que você gosta mora no mesmo condomínio com você e é quase da sua família.

Ter uma paixão por Anna quando ela morava em outro país era tão mais fácil! Eu via ela só algumas vezes no ano e o fato de não conseguir nada com ela não incomodava tanto por que existia a distância.

Mas agora não tem distância. Apenas tem o fato de que ela não gosta de mim de volta. E isso é pior do que qualquer outro fator.

Entendo as implicâncias dela (quer dizer algumas, outras são simplesmente bem ofensivas) e sei que mesmo assim ela me vê como um amigo. O que me confunde! Quando ela não está querendo me matar, Anna age de forma carinhosa comigo...por exemplo: me dando aquele abraço tão apertado depois do jogo e me dizendo que eu fui "demais".

Sim, toda essa crise existencial está acontecendo por conta de um abraço.

É tudo que se passa na minha cabeça enquanto sigo para o treino de futebol. Por algum motivo, o treinador me chamou mais cedo e eu fui liberado da aula. Mesmo eu tendo três testes no final dessa semana.

Bem...prioridades.

– Treinador. – Chamei ao chegar no campo.

– Bryant. – Ele respondeu, apontando para o banco em sua frente – Sente-se!

Larguei a mochila na grama e fiz como mandado, sentando no banco.

– Vou ser direito. – Treinador Benson largou a prancha de anotações dele e me encarou – O jogo na sexta.

Engoli em seco, assentindo para ele continuar.

– Nós ganhamos, não ganhamos?

– Ganhamos, treinador.

– E isso foi ótimo, não vou tirar a conquista de vocês. – Ele mexeu na barba e logo depois apontou para mim – Mas não foi um bom jogo. Foi sorte.

Sorte?!

– E meu time não joga com sorte, Bryant. Não posso deixar que vocês entrem em campo e joguem de forma medíocre para ganharem com um touchdown de sorte.

Foi um ótimo lançamento...

– Sei o que você está pensando e sim, garoto, foi um ótimo lançamento. E seria melhor se tivesse sido acompanhado de um jogo bom, com emoção e não tão empatado. – Senti meu corpo murchar com sua fala – Luca, James e David foram os meus destaques. Você fez um ótimo papel segurando o time, como um bom capitão precisa fazer. Entretanto, Austin, você não é capitão por ser, preciso do meu quarterback.

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