— Eu vou destruir você. — Avisei a Darcy que semicerrou os olhos para mim, tomando o último gole da bebida dela.— Você só pode ter esquecido que eu sou uma criança do teatro.
— E você se esqueceu que eu sou o Troy Bolton da peça que você vai participar. — Devolvi, largando minha bebida também.
— Vocês vão ficar discutindo ou podemos começar? — O garoto vestido de Léo Valdez, que pegou Darcy por sinal, perguntou com uma expressão de tédio.
— Pois é! — David concordou, chegando na sala com a irmã ao lado — Anda com essa porra.
— Boa sorte, ruiva. — Estendi a mão para ela que aceitou com uma revirada de olhos.
— Boa sorte, Dylan mirim.
— Isso é jogo sujo e você sabe! — Acusei, ganhando um dar de ombros como resposta e as gargalhadas do pessoal que se juntou na sala para assistir.
— Que seja bom, por que vocês vão tirar minha música! — Kaylane gritou, claramente ainda chateada por decidirmos parar o DJ.
— Primeiros as damas. — Falei para Darcy que sorriu bem falsa para mim.
— Vai, Camilo! — Descobri que o Léo Valdez do Walmart se chama Camilo no exato momento que ele atendeu a ordem da minha melhor amiga e colocou material girl para tocar no formato de Karaokê.
Darcy é, inegavelmente, uma criança do teatro. Para ela, não basta apenas cantar, é preciso fazer uma performance. Eu terei problemas para fazer um karaokê melhor que o dela, até por que já tem gente aplaudindo e cantando junto. O poder da ruiva, pelo visto.
— Cuz we're living in a material world... — Arregalei os olhos quando ela puxou minha blusa, me obrigando a ir para o meio do palco improvisado do DJ — And I'm a material girl.
— Golpe baixo. — Murmurei, o que não adiantou de nada, por que continuei sendo usado como uma extensão da apresentação dela.
Darcy se afastou de mim para cantar para a plateia animada e eu pude observá-la. Mesmo com uma fantasia bem realística da Jesse, ela parece ser a garota mais bonita da festa inteira. E acredito que ela estar fazendo o que tanto gosta, cantar, a deixa ainda mais gata.
Mesmo teoricamente sendo rival dela nesse momento, precisei aplaudir a ruiva, por que ela foi incrível dançando, cantando e principalmente se divertindo.
— Boa sorte, perdedor. — Levantei o dedo do meio para ela que me cedeu o centro no palco.
— VAI, MINI DYLAN! — David gritou com as mãos em formato de concha na frente da boca. Foi a segunda vez que dei o dedo do meio em menos de dez segundos. Pedi para o DJ colocar o karaokê do mashup de it's my life e confessions que a série Glee fez. Mamãe me viciou nessa música de um jeito não saudável alguns anos atrás.
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SWELL HOUSE.
RomanceLuca e Anna Kepner sempre estiverem acostumados a viajar o mundo e conhecer novos lugares. Sendo filhos de uma diplomata renomada e um surfista profissional, a vida sempre foi longe de comodismos e constâncias. Entretanto, a hora de parar chegou qua...