Luca e Anna Kepner sempre estiverem acostumados a viajar o mundo e conhecer novos lugares. Sendo filhos de uma diplomata renomada e um surfista profissional, a vida sempre foi longe de comodismos e constâncias. Entretanto, a hora de parar chegou qua...
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– LUCA, EU NÃO ACREDITO NISSO! – Gritei assim que me senti, realmente, acordada. Corri para o banheiro, xingando o momento que Luca foi concebido ao notar pasta de dente no meu cabelo e no meu rosto.
Tantas maneiras de se acordar a sua irmã. Porra.
– PAI! – Desci as escadas, correndo após me livrar de uma parte da meleira de pasta em mim. Cheguei na cozinha, batendo pé e encontrei meus pais dançando, animadamente, enquanto preparam o café da manhã.
– Princesa, você acordou! – Papai sorriu ao notar minha presença, ele soltou minha mãe, me abraçando rápido e dando um beijo no topo da minha cabeça – Achei que fosse dormir mais, por conta da viagem...
– Eu até ia mas o desnaturado do filho de vocês me acordou! – Reclamei, puxando uma mecha do meu cabelo para mostrar o estrago de Luca.
– O que aconteceu com seu cabelo? – Mamãe tocou nos meus fios meio brancos por conta da pasta. Revirei os olhos.
– O que você acha? Luca! Todos os meus problemas começam com esse nome. – Falei – Quando não começam com A!
Meus pais se entreolharam, suspirando e me pediram para sentar na mesa, já que, eles já iam servir o café da manhã. Obedeci só pelo meu estômago estar roncando.
– LUCA! – Minha mãe gritou – COZINHA, AGORA!
O desnaturado apareceu segundos depois, o sorriso culpado nos lábios. Ele nem consegue fingir inocência!
– O que eu falei sobre brincadeiras com pasta de dente, huh? – Sirena perguntou, com uma careta feia enquanto diminuía a música tocando, reconheci a letra de "You're still the one" e automaticamente meus olhos reviraram. Claro que meus pais iriam estar as oito e meia da manhã, dançando no meio da cozinha ao som de uma música dessas.
– Foi só uma brincadeirinha inocente! – Luca, o fingido, disse – Que drama, Anna!
– Ei! É a última vez que vou reclamar sobre essa brincadeira! – Mamãe nem me deixou responder – Quer brincar com pasta de dente? Passe no seu cabelo.
– Argh, tudo bem. – Luca revirou os olhos, sentando no lugar dele na mesa – Desculpe, rainha.
Minha mãe revirou os olhos, começando a colocar a comida—que ela obviamente não fez, meu pai é o cozinheiro da família—na mesa. Papai desceu com Marina no colo e Mathias ao seu lado, ambos com cara de sono. Afinal, fomos dormir bem tarde ontem por conta do nosso jantar de "boas vindas."
– Bom dia, Ann. – Mathias sentou ao meu lado e me abraçou. Sorri, dando um beijo na cabeça dele.
– Bom dia, pirralho. Estava morrendo de saudades de tomar café da manhã comigo, huh?
– Sim. – Ele disse, bocejando e me largando. O cabelo castanho claro está todo bagunçado, combinando com a carinha amassada. Olha, eu sei que sou bastante parecida com o meu pai mas Luca e Mathias ultrapassam os limites, é como olhar para a mesma pessoa só que em três idades diferentes.
