DYLAN KEPNER— Eu tenho uma pergunta.
— E eu tenho uma resposta.
Levei mais uma colher de sorvete até a boca antes de falar:
— Anna e Austin. — Sirena me encarou com a colher agora presa na boca — O que tá rolando?
— Eu não tenho uma resposta para isso.
— Você tem uma resposta para tudo.
— Que mentira!
— Você é a mãe.
— E quem disse que filhos contam tudo para a mãe? — Rebateu, deixando o sorvete de lado — Anna escolheu o seu time, ela é toda sua, se alguma coisa estivesse acontecendo você saberia...
— Não em relação a meninos, Sirena!
— Minha boca é de siri.
— Eu conheço meu garoto — Larguei o sorvete de lado também — Eu tenho certeza que ele faria fantasia em dupla com qualquer um que aparecesse na frente dele mas Anna não. Principalmente não de casal.
— Você tem provas que a fantasia é de casal?
— Eu colocava Austin para assistir hotel Transylvania quando ele tinha uns quatro anos, Sirena.
— Sem mais perguntas, juiz. Eu descanso o meu caso. — Revirei os olhos com a brincadeirinha.
— Amor, eles estão juntos ou não estão?
— Você nunca vai arrancar essa informação de mim, meu amor. — O sorrisinho divertido conseguiu me deixar ainda mais frustrado.
— Você não acha que se me confirmar o que eu já estou suspeitando...Anna não vai preferir? — Tentei meu último argumento, minha cartada final — Pouparia o trabalho dela me contar.
— Boa jogada, Kepner. — Seus olhos semicerraram em minha direção — Mas não vai funcionar.
Obviamente eu ia contestar. Ser casado com Sirena Kepner é entender que insistir na argumentação é o que a convence. Porém, a companhia tocou.
— Filho número três e filho número quatro chegaram. — Ela se levantou da mesa — Coloque os pratos na pia.
Obedeci, tirando os nossos pratos e o de Melanie e Jay que já tinham ido embora a algum tempo.
— PAAAAAAAAI! — O grito me fez sorrir e sair da cozinha, fui atacado por uma miniatura (não tão pequena) do capitão América, o abracei, rindo — Eu consegui tantos doces, a vizinhança da vovó é a melhor!
— E nós ainda vamos pegar doce no condomínio. Dia de sorte, hein? — Dei um beijo no topo de sua cabeça — Só vai precisar esconder tudo isso da mamãe pra comer durante a semana.
— Boa ideia! — Mathias voou escada a cima para guardar os doces e esvaziar a cesta para mais uma rodada — E onde está a palhacinha?
Entrei na sala, vendo Sirena tentando retirar a mochila das costas dela, parecia ter ficado presa no meio das diversas camadas da fantasia de Marina.
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SWELL HOUSE.
RomanceLuca e Anna Kepner sempre estiverem acostumados a viajar o mundo e conhecer novos lugares. Sendo filhos de uma diplomata renomada e um surfista profissional, a vida sempre foi longe de comodismos e constâncias. Entretanto, a hora de parar chegou qua...