Capitulo dezenove.

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Possivelmente tem mais de uma hora que estou olhando para o teto

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Possivelmente tem mais de uma hora que estou olhando para o teto.

Depois de meu pai conseguir me acalmar o suficiente para eu poder ir para o carro, nós entramos em uma discussão até chegarmos em casa.

A discussão continua no quarto dos meus pais que fica no terceiro andar. Sim, é o quão alto eles estão gritando.

Foi só eu sentar no banco do carro que meu pai já foi falando sobre processar James e eu entrei em pânico.

Não me entenda mal, eu quero que ele pague pelo o que fez mas uma expulsão seria de bom tamanho. Processar ele seria quase como traçar o destino do garoto fora de qualquer faculdade. Quero dizer...uma expulsão e um processo ao mesmo tempo? É tirar todas as oportunidades que esse garoto teria um dia.

Isso me assusta.

Ser responsável por algo desse tipo é assustador.

Minha mãe acatou minha preocupação. Meu pai não está nem aí, ele quer processar e pronto.

Ouço a porta do quarto abrir e bater forte. Ou minha mãe ou meu pai está descendo a escada e pela passada eu adivinharia meu pai.

Não quero eles brigando, de verdade.

Por que isso está acontecendo? Justo comigo?

Deixei o celular longe de mim também, eu sei que tem milhões de mensagens querendo uma resposta porém não me sinto pronta para falar com ninguém. Além do mais que tem fotos minhas seminua em todos os cantos, me dá um aperto no peito só de pensar.

Ouço uma batida na porta e fecho os olhos, grunhindo.

– Já disse que não quero falar com ninguém! – Gritei – Vai embora!

O toque suave insistiu.

– Sério isso? – Murmurei para mim mesma.

– Anna...? – A voz de Marina ecoou do outro lado da porta.

Argh.

Não posso deixar uma criança do lado de fora, posso?

Me levantei a contragosto, destrancando a porta e a deixando entrar.

– O que foi, Marina?

Minha relação com minha irmã mais nova é um pouco estreita. Quando descobri que minha mãe estava grávida pela quarta vez, eu estava com doze anos e quando contaram que ia ser uma outra menina...eu fiquei meio enciumada. Não me julgue, eu tinha doze anos de vida sendo a única garota em casa. Minha cisma não foi em vão. Acontece que agora eu cresci e o ciúmes diminuiu um pouco porém não sei ser 100% a irmã mais velha que Marina, definitivamente, merece. Por isso não fico chateada quando ela deixa a entender que prefere Luca ou faz pirraça comigo. Eu pedi por isso.

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